segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tá todo mundo nessa droga de contexto - parte 1

Ultimamente estou bem estressada e desanimada com questões feministas. Na verdade, com questões machistas. E acredito que por conta da correria e também por estar tão afastada do Coletivo de Jovens Feministas e de outros grupos onde fazemos discussões e reflexões. A real é que estou muito cansada com algumas pessoas e seus preconceitos. Porque eu sou uma feminista muito, mas muito sensível às palavras machistas, racistas, homofóbicas e por aí vai. Estando as pessoas conscientes ou não do quanto são preconceituosas, eu sempre me torço inteira quando vem uma criatura falar "homossexualismo" na minha frente. Ou "bando de macumbeiro" ou mesmo fazendo piadas racistas sobre o cabelo do meu namorado.

É que ele nestá deixando crescer a cabeleira, e os cachinhos tão bem, bem cheios. Quando tá assanhado fica black, e dia desses fiz trança-raiz nele. Pra mim, tá muito massa, principalmente porque é uma questão muito forte de assumir a negritude e enfrentar as pessoas que vêm dizer que o cabelo dele tá sujo e não sei o que mais. Porque negro não tem direito de ter cabelo, né? Mal cresce, toca raspar! Já o branco não: pode deixar um pouco maior, com topete, arrepiadinho ou mesmo um pouco abaixo do pescoço porque é muito descolado. Uma questão de "estilo". Afinal, é um cabelo liso, macio e brilhante. Já o cabelo "de nêgo", mal cria dois dedos que o povo já manda-logo-ir-aparar-essa-moita.

Com as negras, o lance é alisar ou conseguir-domar-os-cachos. Minha irmã adolescente,por exemplo, parece que percebeu há algum tempo que é negra e o quanto isso é bom. Daí parou de se preocupar tanto com o volume e amarrar o cabelo naqueles coques-bolinha que amassam os cachinhos e deixavam o cabelo dela super oprimido. Agora, a guria curte deixar os fios soltos e eles ganharam um volume lindo. Mas aí vem meu pai (que é negro,porém racista mas não percebe nem um nem outro) e diz que a menina tá com uns cabelo-muito-espatifado. Se ela chegasse com aquele liso igual ao de todo mundo, completamente artificial e pregado na cabeça, aí é porque ela estava "se cuidando". Tenha dó!

Mas realmente o campeão de me fazer engolir sapos, com certeza é o machismo. E derivados dele, misoginia e homofobia/lesbofobia/transfobia.

Porque em todo canto que eu vou,tem alguém que fala absurdos e acha que é só brincadeira! E isso é vindo de gente que não deveria ter tanto preconceito, como comunicadores (daí uma mídia tão discriminatória), educadores e até militantes do movimento LGBTT! É loucura!

Tá todo mundo nessa droga de contexto - parte 2

Mas eu acho que o pior mesmo é quando se tratam de pessoas da família ou amigos. São seres que ocupam em minha vida lugares estratégicos e bem poderosos, e portanto, exigem cautela no trato. Alguns exemplos: Parentes do meu namorado; parentes meus que vem de um contexto complicado e sem discussão, ou seja, o diálogo é muito complicado; gente teimosa que só fala absurdos porque sabe que eu vou me esquentar; pessoas que ocupam cargos hierárquicos mais altos que eu, ou que podem representar oportunidades profissionais futuras; e por aí vai.

Ou seja, não é sempre que dá para travar um debate, e também não é sempre que a gente quer conscientizar o povo. Nem sempre eu quero enfrentar a taxação de ser a-chata-feminista-paranóica-sem-senso-de-humor. E uma outra coisa que precisa ser levada em consideração é que está todo mundo inserido num contexto forte e cheio de preconceito. Ou seja, não é porque a pessoa é má. Para ela, simplesmente é normal achar que uma criança realmente é explorada sexualmente porque gosta, por exemplo. Às vezes também a gente não se percebe sendo preconceituoso (vide diálogo no fim do post, se é que vc leu tudo até aqui).

Mas também tem gente escrota meeesmo. Sabe tudo o que tá dizendo e só se importa em defender seus próprios privilégios, explora mão-de-obra-barata sem dó nem piedade. Como um grande amigo-quase-irmão do meu namorado que é tudo que eu detesto: patrão, machista, racista e homofóbico. Mas é uma pessoa importante para ele, então é preciso que haja alguma convivência. Sem falar, que apesar de tudo, não é uma pessoa de todo ruim. Eu sei que é MUITO difícil de entender ou acreditar, mas apesar de tudo algumas pessoas preconceituosas são pelo menos um pouco legais, e se eu for deixar de falar com todas por causa de algum preconceito, não vou mais me comunicar com ninguém! É ou não é de desanimar?

E olha só como até esta blogueira pode dar uma bela mancada. Ontem eu e o namoradim estávamos descansando e assistindo TV. Daí começou o Criança Esperança e apareceu a filha do Renato Aragão.

EU: -Nossa, tinha tanto tempo que eu não via essa menina! E ela tá muito bonita, antes ela era tão feia...
Potô (jogando verde): -Ué, deve ser porque ela tá mais magra, não?
EU: -Acho que sim, ela cresceu, deu uma espichada...
Potô: -Quer dizer que você está reforçando padrões de beleza????
EU:Caraca! é mesmo! Não acredito que eu pensei e disse isso!
Potô(com ar de reprovação): - Logo você?
Eu(arrasada): -Eu sei, é foda.
Potô: -E é porque tá fazendo a monografia sobre padrões de beleza na adolescência...
EU: Tá bom, amor. Não precisa passar na cara.

Tem que ter humildade para admitir que até eu tô nessa droga de contexto.

Encontro com Lolinha


Sábado à noite fui conhecer a Lola Aronovich, a blogueira-tudo-de-bom que escreve o Escreva Lola Escreva, blog feminista, anti-preconceito e outras cositas mas.Que pena que ninguém tinha câmera... :(
O encontro (que foi no Dragão do Mar) foi muuuito legal, embora sinceramente eu tenha ficado com vontade de ouvir um pouco mais as idéias dela. É que nós meninas(5 no total) que fomos conhecê-la simplesmente não nos calávamos! Acho que tava todo mundo tão ansioso e feliz com o encontro que o efeito colateral foi uma bela diarréia verbal. Era um falatório sem fim!

Conversamos sobre cinema, TV, os problemas de Fortaleza e o Ronda do Quarteirão (não sei como ela não desistiu de morar aqui), animais de estimação - gente,tem a Iolanda que tem mais de 40 animais em casa! É que ela é sócia de uma ong que cuida de animais carentes, então quem quiser adotar, me manda um e-mail (sherrylopesz@yahoo.com.br) que eu passo o contato dela. Aliás, ela ganhou váários pontos comigo, porque é quase impossível não gostar de gente que salva animais.

E quanto à Lola, bem ela é muito, muito fofa (no sentido coloquial de fófis, porque ela nem é tão gordinha como sempre diz no blog)! Adorei o encontro! Tô torcendo muito que ela passe no concurso e venha morar aqui na terrinha. Venha, Lola venha! Torcida!Torcida!

domingo, 23 de agosto de 2009

E a saga da monografia continua (mas muito lentamente)

Conheci a Lola pessoalmente e foi muito muito massa! E ela nem foi chata ou indiferente como o Ney! Só que hoje não vai dar para escrever sobre isso, porque meu querido sobrinho tá praticamente sentando em cima de mim pra ficar no computador, então vou ficar devendo. Mas só por enquanto.

Então, continuo na luta, correndo de lá pra cá e tentando estudar para a monografia nos raros momentos que tenho vagos. E isso é péssimo, porque como o momento de estudar é AQUELE rola uma pressão e eu mal consigo me concentrar. Sério, é muito, muito péssimo. Sem falar na dificuldade imensa que tenho de escrever "cientificamente", pois me dediquei pouco ou nada à pesquisa no decorrer da graduação. Sempre pensava que isso ia me prejudicar, mas faltou tempo e grana (a Faculdade é particular, e como já tenho bolsa integral, não pude concorrer a uma ajuda de custo ou coisa parecida) para me dedicar à parte de produção acadêmica. Então fiz o máximo de cursos, participei de encontros o máximo que pude e aproveitei diversas oportunidades de estágio. E meu currículo até que não é ruinzinho não. Só que para escrever o Trabalho de Conclusão de Curso agora eu to me f*&¨%$# sem tesão. Leio as coisas que a professora passou, me preocupando em fichá-las, ou seja, interrompendo para anotar. Ou então vou lendo direto, curtindo e tentando me preocupar no que o autor está dizendo. E quando termino percebo que pouca coisa ficou na memória. Tá complicado. Em comunicação eu poderia escolher um outro trabalho como TCC, tipo uma vídeo reportagem, mas sinto que ficaria devendo à sociedade um trabalho acadêmico sobre relações de gênero e padrões impostos. Não que essa seja a única forma de conhecimento válida, mas acho importante ter coisas sistematizadas para contribuir com pesquisas futuras. Pesquisas melhores que a minha, provavelmente. Além disso, conseguir horários no estúdio de TV da Faculdade é um verdadeiro inferno. Nas disciplinas em que precisamos dele teve gente que até contratou serviço particular de edição por causa disso. Enfim, quero muito produzir uma pesquisa, nem que seja só a que preciso para me graduar. Então não vou desistir. Mas que ta difícil, ah isso tá.

Quanto ao estagio que eu ia ficar só um mês... Bem, como a primeira semana foi tudo-de-bom com um acompanhamento super-perfeito, resolvi aceitar ficar os 3 meses que o chefe de reportagem me convidou para ficar. Como vou passar por três fases do telejornalismo (produção, edição e reportagem de rua), um mês apenas significaria poucos dias em cada uma delas. E como o acompanhamento tá sendo muito bom, porque o meu supervisor tá realmente muuuito a fim de me ensinar as coisas, vai valer a pena fazer esse sacrifício. Serão três meses corridos, mas acho que vai me ajudar muito a adquirir experiência para-o-mercado-de-trabalho-me-abrir-portas. E aí a Sheryda não vai mais poder nem se coçar direito.

E oficialmente eu desisti do curso de inglês pelo menos por este semestre, e provavelmente vou ter que fazer o mesmo com o balé. Isso significa um ano parada, pois não pude ir no semestre passado também. Também estou completamente por fora do movimento feminista, não sei de nada que tá rolando. Pois é, e tudo pela ciência. E pelo diploma.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sher tá cansada, mas tá correndo atrás

Sério, ainda são 15h e eu estou completamente moída! É que hoje comecei um novo estágio :) pela manhã. Se trata do estágio supervisionado numa TV daqui de Fortaleza. Tô muito feliz porque apesar de ser só um mês, acho que vai dar para aprender bastante. E é massa porque é numa coisa que eu realmente adoro:telejornalismo. Não que não esteja aprendendo no meu estágio em assessoria, mas entrei na Faculdade sonhando mesmo é com o ritmo de trabalho de produção de notícias. E em 2006 passei um tempo no estúdio de TV da Faculdade e gostei muito de tudo. Principalmente de ter uma equipe comigo, a de técnicos. Eu só não gostava mesmo era de ter que me maquiar sempre e viver preocupada em fazer escova ou chapinha. Mó chatice.

O pessoal desse novo estágio parece muito legal, competente e bem-humorado. Espero aprender bastante. Por exemplo: as pessoas estão super-hiper-mega informadas! Claro que eu sei que jornalista tem que ser assim mesmo, mas eles são demais! Sabem os nomes de todas as fontes, as siglas e dados, tudo de cabeça! Quer dizer, uma coisa é você saber que teve aumento de alguma coisa na economia, e outra é saber a porcentagem, com quem falar e o número do telefone! Já vi que vou ter comer muito arroz com feijão...
Só que tem algumas desvantagens: É num lugar super longe/contramão de qualquer uma das minhas duas casas (a da minha mãe e do meu namorado) e eu tenho que estar lá às 8h. Ou seja, mesmo madrugando, que é uma das coisas que eu não sei fazer muito bem, encarar o Grande Circular 1 no terminal da Messejana (quem mora em Fortaleza deve saber do que estou falando) e conseguir chegar no terminal do Papicu para pegar outro ônibus demora meio assim, por cima, uma hora e meia. E bote mais um tempinho para chegar o ônibus que me leva até a TV, aí temos 2h. E lá vai a Sheryda ter que sair de casa quando tá-escuro-e-ninguém-te-ouve...

Próxima desvantagem: Estágio curricular não é remunerado então vou ter que gastar com transporte e almoço e tirar do meu magro orçamento mesmo. E como lá é super longe do meu segundo estágio, que é longe da Faculdade (para onde vou à noite) com certeza vou gastar bastante com transporte. E entre um estágio e outro não dá tempo de almoçar, então vou viver de açaí com sanduíche em agosto e setembro. Ou seja, meus magros e escassos 50kg vão sumir! Principalmente se eu tiver que andar tanto quanto já andei hoje, pelo menos umas seis enooormes quadras. Tudo para não ter que passar pelo terminal, porque não daria tempo.

E depois é arrumar tempo e ânimo para a monografia. Pelamor-de-deus(com todo respeito ao meu ateísmo), alguém me explica a semiótica. Na monografia que tô lendo, tava adorando o capítulo sobre a história da moda, das revistas femininas e claro, da luta das mulheres, mas quando chegou a parte de semiótica eu só bocejava. Muito cansativo e sacal. Acho que vou pular essa parte chata e ir direto para as figuras. Vamos ver o que minha orientadora acha dessa minha metodologia.

E por último, acho que vai rolar do meu computador voltar a funcionar esta semana. Aêêê!! Espero conseguir ficar acordada para usá-lo...

sábado, 8 de agosto de 2009

Resultado do concurso da Lola

Saiu o resultado do concurso de posts sobre feminismo que a Lola fez (na verdade, saiu faz é tempo eu é que esqueci de postar). O meu ficou em oitavo lugar, não é legal? Agora o novo concurso é de posts sobre maternidade. Quem souber de algum bom, indica no Escreva Lola Escreva. E quem votou no meu, muito obrigada!

E eu meio que vou dar uma de tiete na semana que vem (rs!). É que a Lola vem a Fortaleza para participar de um concurso e eu vou aproveitar para conhecê-la! Acho que vai ser a primeira vez que conheço alguém virtualmente-depois-pessoalmente e estou bem ansiosa. Acho que vai ser divertido, tô até pensando em alguma coisa-legal-e-barata para a gente curtir aqui na cidade. Sou fã dela por causa do blog que visito todos os dias, exceto nos fins de semana, quando não tenho acesso a Internet.

Mas não quero criar expectativas como quando conheci o Ney Matogrosso pessoalmente e ele foi frio. Não que eu esperasse que ele começasse a cantar, dançar, ou me dissesse porque o Secos e Molhados acabou. Só que eu contei um lance muuuito íntimo (que envolve eu, namoradim e os dois discos do Secos e Molhados) e o Ney só fez uma cara de e-eu-com-isso e disse:"Ué, normal!". Fiquei mó tá-eu-conheci-o-cara-e-aí? Acabei até perdendo o autógrafo depois... Não sei o que a gente espera das pessoas famosas, tipo, se a gente conhece elas de pertinho. Sei lá, são gente como a gente né? Só que ricas(algumas), famosas(algumas) e talentosas(algumas). O Ney é tipo assim, os três.

Ué, normal!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação + Sher não quer ser boi (ou melhor, vaca)

Imagem tirada do blog do Encontro

Nem vou me desculpar pela desatualização dessa vez (rs). Mas vou me justificar. Durante toda a semana passada participei do 30º Enecom (Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação) e gostei muito. Bem, confesso que não gostei taanto como achei que gostaria, mas ainda assim foi muito bom. Dentre as melhores coisas posso destacar a visita a uma comunidade quilombola meio-perto-meio-longe de Fortaleza e ter assistido Transamérica (de novo) e Stonewall com debate em seguida. Se bem que o que era para ser “gênero e identidade sexual na mídia”, virou direitos “LGBTT e luta feminista” (e eu tive um pouco de culpa nisso). Dentre as atividades, não posso deixar de comentar o quanto as festas foram massa. Ótimo rever pessoas queridas e curtir música boa (tirando um dia lá que tinham uns CD’s meio sinistros rolando).

Agora assim, uma coisa muuuito chata que aconteceu por lá foi pessoas ligadas ao Sindjorce (Sindicato dos Jornalistas do Ceará) terem aparecido de última hora no dia em que os estudantes estavam se preparando para um ato pró-Conferência de Comunicação. O Sindicato queria "aproveitar" (essa foi a palavra usada) para incluir na pauta do ato a luta pela obrigatoriedade do diploma, sendo que isso não era consenso entre os estudantes no encontro e também não havia sido discutido. Houve muitos protestos (eu fui uma que fiquei indignada) pois um ato não pode ser realizado dessa forma. As pautas que estão colocadas numa manifestação precisam ser construídas coletivamente com o grupo envolvido, para que as pessoas não saiam por aí levantando bandeiras que desconhecem, para que elas não sejam manipuladas nem levadas feito boi.

Eu mesma não fui à manifestação não só por ainda não ter opinião formada sobre o diploma, mas também porque achei muito feia a intervenção do Sindicato. Desrespeitosa mesmo. Parece que alguém pensou “olha lá um bando de estudantes se reunindo para uma passeata! A gente dá um monte de camisas, faixas e cartazes para eles e pronto!” Eu sabia que minha imagem poderia ser usada inclusive para legitimar uma luta da qual não participo.

E a cereja do bolo nessa história foi a matéria que saiu no site do sindicato falando sobre o ato. Uma matéria muito esquisita, que manipula e maqueia (ou maquia?) informações. Desmerece a pauta inicial que havia sido construída, não informa que a posição da Enecos (Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação) não defende a obrigatoriedade e que a mesma pediu que o Sindicato retirasse a proposta de pauta no ato. Além disso, também dá a entender que uma grande maioria dos encontristas aderiu à manifestação-dentro-da-manifestação. Quando eles dizem “Dezenas de estudantes de Jornalismo de todo o Brasil” escondem que A GRANDE MAIORIA DOS ENCONTRISTAS REPUDIOU A ATITUDE DO SINDICATO. Ou seja, quantas dezenas em meio a 300 pessoas representam grande apoio? Esse recurso de deixar números meio abstratos pode servir para dar impressões erradas numa notícia e isso é antiético (aprendi isso na faculdade, viu?). Soube que estudantes do país inteiro estão muito revoltados com o que houve o que não é pra menos.

Tensão pré formatura + tensões outras

Inicio este semestre cheia de medos e inseguranças. Terminei o curso de web segunda-feira, mas ainda tenho que estudar muito para dominar os programas para valer. E não tenho tempo nem lugar para isso, já que meu computador não liga e o do namoradim é super requisitado na casa dele. E também preciso de computador para trabalhar na minha monografia (imagine minha cara de pânico e desolação enquanto escrevo isso), sendo que eu ainda nem consegui fechar um tema pra valer, não tenho certeza se a pessoa que eu queria vai me orientar e sinto que sou uma figura ínfima que não representa nenhuma contribuição ao mundo acadêmico.

E somando ao medo de não conseguir terminar o trabalho de conclusão de curso, ainda tem o fato de a pessoa estar apavorada por estar terminando a faculdade. Quer dizer, depois que a gente se forma, o que acontece? Fiz estágios e cursos suficientes? Estou mesmo preparada? Terei emprego? Devo trancar tudo e adiar a formatura? Devo tentar vestibular de novo, fazer outro curso ou estudar jornalismo mais uma vez para revisar as coisas que tenho a sensação de não ter aprendido? O que é mestrado? O que é pós-graduação? (medo medo medo) Tento também não me torturar tanto pois sei que me esforcei bastante durante o curso, mas a sensação de pânico não me larga. Será que é assim com todo mundo?

E a última agonia-impaciência tem a ver com planos que estão impossibilitados no momento por conta de dinheiro. Mas nem posso comentar muito do que se trata porque é segredo. Quem souber do que se trata... Bem, aceitamos doações! :)