quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pessoalzinho acolá, vcs não me atingem!

Eu estava planejando fazer dois posts felizes, um sobre o seriado Aline, que começa amanhã e que eu quero muito ver, e o outro porque o líder da Frente Parlamentar pela Vida, que defende a criminalização do aborto, saiu do PT, pois a posição oficial do partido é a favor da legalização.

Mas vou fazer apenas um rápido desabafo: tem muita, mas muita gente antiprofissional e incompetente nesse mundo. E algumas ainda por cima são medíocres, pois tentam a todo custo colocar a culpa de seus erros nos outros, ou tentam derrubar os que querem trabalhar bem e direito. E apesar de minha TPM não ajudar nem um pouquinho no exercício da tolerância, à medida em que ganho experiência nas coisas começo a lidar melhor com esse tipo de gente e não me deixar abater tanto. Vou levando tudo na superioridade e sem arrogância.

Exemplo disso é que apesar de todo o estresse e irritação, ontem à noite fiz uma prova da Faculdade e acho que me saí muito bem! Ou seja, tô só na moral!

Beijo, me liga!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Fim de semana do ócio



Nada de útil. Isso define com perfeição o que foi meu fim de semana. Até li alguns textos da faculdade, só que não escrevi nada (apenas este post e dei uma atualizada no meu diário). Não escrevi uma linha sequer para minha monografia, não li nada da bibliografia. E olha que opção não falta, porque acabo de pegar mais sete livros sobre gênero e feminismo com uma amiga. Além disso, esta semana preciso entregar dois trabalhos e ainda tenho uma prova. Só pode ser um autoboicote inconsciente.


Porque aconteceu de eu simplesmente sentir uma vontade irresistível de dormir, bocejar, me revirar na cama... Daí eu dormia e acordava, e dormia de novo... Fora a imensa sessão de filmes bobos e anti feministas: Legalmente Loira, Legalmente Loira 2 e O Diabo Veste Prada. Ainda bem que desisti de assistir As Patricinhas de Bervely Hills pela 50ª vez, porque quando eu vejo esse tipo de filme começo a sentir uma vontade imensa de ir na manicure e no cabeleireiro. Fazer o que eu não sei, porque meu cabelo tem poucos centímetros e a única coisa que faço é cortar. Mas a preocupação com minha beleza é compensada enquanto escrevo meu nome enlouquecidas vezes na revista da Avon. Ê sisteminha sedutor...

E enquanto eu e minha gata ronronávamos preguiçosas em minha cama, eu me sentia fraca e invejosa. Afinal, até a Reese Whiterspoon se formou em Direito na Universidade de Harvard. Já eu, nesse ritmo, tão cedo não verei meu diploma em Jornalismo.
 

Desculpa aê!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Aniversário de namoro



Hoje meu amor e eu completamos 1 ano e 8 meses de namoro, não é nhendo?? Pois é, a gente comemora aniversário todo mês! Será que mais alguém faz isso? Mas o importante é que estamos muito felizes e depois vamos arrumar um tempinho para comemorar, porque ultimamente a dona Monografia não deixa. E para o meu nêgo, que é leitor assíduo deste blog (mas não é comentador assíduo, não entendo por quê) eu deixo um recadhenho:

Amo! E muito!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Post de moda: como uma jornalista deve se vestir?



Semana passada terminei a primeira parte no meu estágio na TV. Foi a parte de produção, onde fiquei um mês, e gostei muito. O previsto era que eu continuasse mais dois meses, um como repórter de rua (oba!oba!) e outro na edição. Mas como a redação está lotada de estagiários e eu já cumpri minha carga horária da disciplina de estágio supervisionado, então a diretora de jornalismo disse que eu não poderia ficar mais dois meses. Na verdade, era para eu já ter acabado na semana passada, mas dei uma choradinha e vou ainda ficar duas semanas, uma na rua e outra na edição. O bom é que logo terei mais tempo para a monografia.

Confesso que fiquei um pouco insegura, pensando: “ Será que foi por isso mesmo (lotação) ou fiz alguma besteira e o povo agora quer me ver longe?”. Bom, acho que não foi algo que fiz de errado, até porque durante o mês passado ficava pedindo feed backs ao chefenho de reportagem (ah, e hoje é niver dele! Parabéns, chefenho!), e parecia que tudo ia bem. Então é melhor eu relaxar.

Sobre a rua, comecei ontem. Noooossa, como é cansativo! Muita correria, trânsito na hora de ir de uma pauta para outra... Bastante estressante. Mas ao mesmo tempo é tão, tão legal! Sem falar no contato com a equipe, que eu acho uma delícia. Cinegrafista, assistente, a repórter e o motorista, todos uns amores. E eu lá, acabando com a imagem da classe estagiária...

É que ontem eu achava que não ia gravar nada, então fui com uma blusinha simples, regata, até mesmo pensando no calor. E a primeira coisa que a repórter diz quando me vê é: “ESTAGIÁRIO COMIGO GRAVA PASSAGEM E ISSO NÃO É BLUSA DE GRAVAR PASSAGEM!!!” Para quem não conhece os jargões (expressões) jornalísticos, passagem é quando o repórter diz as informações num local, quando ele aparece. Off, é o texto do repórter com outras imagens cobrindo, entende?

Mas voltando ao meu traje não-apropriado-para-a-função, eu disse que não sabia que já ia gravar algo, por isso tinha ido mais simples. Mas aí ela e o chefenho me esclareceram que a gente tem que estar sempre preparado. Ok, lição anotada.

E adivinha qual era a primeira pauta-da-minha-vida-como-repórter(estagiária)-de-rua? A inauguração da sede do Programa Ronda do Quarteirão! E adivinha quem seria um dos entrevistados? O governador Cid Gomes! Muito beeem, Sheryda! Porque você não foi logo de chinelo?

Confesso que fiquei muito constrangida naquela cerimônia cheia de homens sérios, usando terno e gravata e mulheres ornadas de jóias, e tal, e tal. E eu com minha blusinha lilás com estampa psicodélica. Mas o episódio serviu de lição e acabamos nem podendo esperar para entrevistar o governador, pois tínhamos outras pautas urgentes e estávamos atrasadas. E ele só iria conversar com os jornalistas depois da cerimônia.

Aí que eu senti (na verdade, já tinha notado) que eu tenho que comprar umas roupas um pouco mais formais para mim, tipo terninhos e tal. Mas a verdade é que eu detesto usar essas roupas porque geralmente são quentes e desconfortáveis (embora eu fique lindinha nesses modelitos). Além do mais, esse tipo de roupa é meio cara, pelo menos mais caras que as sainhas de feira que eu tanto gosto. Calça comprida, então, eu detesto. Esquenta muito e uma vez um ginecologista me disse que elas fazem muito mal para a saúde feminina. Acho que desde então simplesmente parei de comprar calças e investi em milhões de sainhas de feira, todas com o mesmo modelo.

E veja bem a diferença de preços: enquanto váárias roupas minhas foram compradas na praça da Sé, feiras de artesanato e no Beco da Poeira (que eu adoro, mas não vou lá há anos por falata de tempo), custando uns 7 reais a peça, uma blusinha mais ou menos formal, de gola-pólo por exemplo sai tipo uns quinze ou vinte. E sim, eu acho caro dar vinte reais numa blusa, afinal eu poderia levar pelo menos duas ou três peças pelo mesmo valor! E acredite, para uma estagiária que recebe uma bolsa-auxílio que mal dá para as despesas de transporte, livros, Xerox, comida, diversão e arte, 13 reais podem fazer toda a diferença. E tem também o fato de que todo ano tem que trocar as lentes dos óculos, e pelo menos a cada três anos, a armação, que é mais cara ainda.

Tudo é dinheiro e não gosto de pedir a ajuda aos pais. Sem falar que para mim, roupa não é tanta prioridade, prefiro gastar com livros, cinema ou mesmo uma ida ao sushi com o meu nêgo. Mas confesso que adoro bolsas, de preferência artesanais e sandálias. Das mais populares, porque as chiques são tão caras! Não é pão-durisse é liseira mesmo. E também um pouco (bastante) de cultura anti-consumista.

Mas acredito que quando eu for contratada (perceba o otimismo) por uma redação de TV, rádio, web ou redação de colégio, eu comece a gastar mais com umas roupas mais chiques. Enquanto isso, vou acessando bloguinhos de moda que gosto, achando várias coisas bonitas ao mesmo tempo em que me pergunto: Como assim a blusa foi duzentas pilas?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Suicídio na Castro e Silva

Encontrei este texto ao acaso, mexendo no meu computador. Devo tê-lo escrito há mais de dois anos, e foi numa época em que estagiava no Comunicação e Cultura, que fica na Castro e Silva, no Centro. Acontece que os prédios dessa rua são bastante antigos e conta-se que as pessoas costumavam subir até lá para se matarem. E eu sempre tive um encantamento meio estranho com isso, ficava observando o prédio e imaginando tudo, dava uma tristeza misturada com fascínio. Sei lá, bem esquisito e bastante canceriano. Já nem me lembrava mais deste texto e fiquei até um pouco surpresa com o quanto é sombrio. E só para esclarecer, não pretendo me matar, até porque tenho uma monografia para fazer e muitos planos para realizar. 

As paredes cinzentas, as janelas quebradas... A escuridão e o silêncio... Tudo isso inspirou de uma forma tão trágica e romântica a decisão de muitos de acabar com a própria vida. Imagino que tenham percorrido todo o caminho do Centro, passaram pela Praça do Ferreira, pelas pessoas apressadas, o relógio que parece mais apressado a cada dia. Solidão de quem passa por muitos e não é visto ou ouvido.

Talvez tenham vindo do Mucuripe, olhado o mar pela última vez na praça do Passeio Público. Sentido a brisa, ouvindo o convite das prostitutas... Quantos não devem ter parado e observado o mar enquanto choraram suas lágrimas de melancolia, tristeza, solidão... Para depois subirem até a Castro e Silva – por qual rua terão ido? Floriano Peixoto ou Major Facundo?

Talvez tenham passado antes e entrado na Catedral da Sé. Rezaram em busca de conforto ou mesmo avisado a Deus que estavam chegando. Que guardasse para eles um lugar mais confortável e acolhedor que aquele mundo onde não encontraram paz. Ou talvez tenham ido com raiva e desespero. Cobraram de Deus a felicidade que não tiveram... Ou mesmo alguns desistiram do fim depois de algumas horas de dúvida e reza – será? Ou o momento da confissão, de pedir perdão pelo grave pecado que estava prestes a cometer...

Dos que não desistiram imagino como foi a escolha do túmulo no asfalto. Em qual prédio entrar, qual andar, qual janela? Terão aberto os braços? Fechado os olhos? De costas ou de frente para o destino escolhido? Terão gritado antes de medo, arrependimento? Em frente ao Edifício Oriente e ao Cartório Cysne, talvez tenham pensado... “O Oriente deve ser um lugar tão bonito... Quero ser um Cisne e voar até o Oriente!” E talvez tenham aberto os braços e voado como cisnes até a incerteza assustadora mais aparentemente tão aconchegante... O consolo de quem não encontra o rumo...

E quando caíram? Todas aquelas pessoas apressadas interrompendo sua rotina diante do horror e do espetáculo sangrento. Observando os miolos espalhados pelo chão, gritando ou sentindo pena. Ou terão visto e gritado antes? Será que acompanharam com os olhos a queda? Será que viraram o rosto no momento do baque? Talvez alguns tenham gritado: “Pula! Pula!” – pedindo por um momento de emoção ao vivo. E tendo o pedido atendido, terão chorado de arrependimento e remorso? Ou terão observado e se deliciado com tal sadismo que os olhos tornaram-se cerrados de tamanho prazer? Se fosse hoje, talvez alguém filmasse tudo para pôr no You Tube ou espalhado por e-mails. E estando o episódio já em rede mundial, uma vida cheia de sentimentos intempestivos, pessoas, lugares, lembranças e emoções, se resumiria a um breve entretenimento de alguns milhões de seres que querendo interromper o ciclo medíocre de suas próprias correrias cotidianas, se deleitariam com o breve vôo (ou terá sido queda?) de um cisne triste, esmagado e sangrento.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Blog censurado

Sinto admitir, mas este blog é autocensurado. Nem tudo o que  penso e gostaria de dizer ou denunciar ponho aqui, muitas vezes por medo de me prejudicar. E isso pesa e arde em mim como se tivesse engolido de uma vez uma bateria de carro.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Menininhas apaixonadas

Este desenho eu comecei durante uma aula no curso de webdesign. Era junho, e eu estava pensando no quanto as propagandas voltadas ao dia dos namorados eram predominantemente heterossexuais. Então pensei em como seria um cartãozinho de "Dia das Namoradas" e comecei a rabiscar no Corel (engraçado lembrar um coleguinha na turma escandalizado com o desenho) e depois da aula tentei mudar umas coisas, fazer cenário e roupinhas diferentes. Ficou bem bonhethenho.

Ele era assim...
E ficou assim
Tão romântico...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Bye, bye, Patrick!


Ontem à noite, depois de assistir X-Men 3 na Globo, eis que recebo uma notícia muito triste. Morreu Patrick Swayze, de “Ritmo Quente”, “Para Wong Foo, obrigada por tudo”, “Ghost”, entre outros.

Eu não sou uma pessoa que sabe lidar com a morte. Não consigo me conformar que ela vá acontecer um dia e entro em desespero quando penso nas pessoas e animais que amo morrendo. Planejo envelhecer junto do meu namorado, e já avisei que quero ir primeiro, pois sou covarde demais para agüentar enterrá-lo. Penso agora na viúva do Patrick Swayze e tenho dó dela.

Quando saíram as notícias de que o Patrick estava muito doente no ano passado, soube que ele morreria logo, pois descobriu o câncer muito tarde. Daí acho que comecei a me preparar e a torcer para que sua partida fosse tranqüila, com o mínimo de sofrimento possível. Hoje estou muito triste, mas ao mesmo tempo encarando o fato com um pouco de doçura e carinho, pois ele foi um ator com presença muito forte na minha adolescência. Não costumo ter essas relações com pessoas famosas, mas o Patrick representa horas e horas voltando a fita (isso mesmo, a fita) para assistir a última coreografia do Ritmo Quente. A mesma coisa com “A última dança”, pois embora o filme seja muito ruim, as cenas que ele protagoniza com a esposa são lindíssimas.

Lembro também de assistir “Para Wong Foo, obrigada por tudo” e ficar confusa com o filme, onde ele interpretou uma travesti. Eu era novinha demais e ainda não entendia essas coisas de diversidade, mas Patrick e o restante do elenco plantaram uma sementinha de tolerância na minha cabeça.

Em Ghost, do outro lado da vida (e tá todo mundo na imprensa usando as imagens em que ele é fantasma para ilustrar sua morte), o povo choraaaava com as cenas românticas e dramáticas com a Demi Moore. E eu choraaava também, mas não agüentava mais as reprises na Globo aos domingos.

Hoje estou nostálgica e não me importaria em fazer uma sessãozinha de filme com as meninas do balé (todo mundo de luto, menos aprofessora), só para homenagear o querido Patrick. No mais, a vida continua e junto com ela a torcida pela cura do câncer, da Aids, dos preconceitos e outras moléstias que assolam essa humanidade doente.

domingo, 13 de setembro de 2009

Adote um bicho!

Ai, que vacilo que eu dei em não divulgar isto antes! Esta semana pedi que a Mariana Baraldi, que faz parte da UPAC (União Protetora de Animais Carentes), me mandasse um e-mail com informações a respeito da próxima feira de adoção, que será realizada dia 20 de setembro. Caso você more em Fortaleza, e queira ajudar na feira, HOJE às 15h tem treinamento para voluntários, lá na praça da Igreja de Fátima (13 de Maio). Só poderá ajudar na feira quem tiver feito treinamento. Espero que dê tempo de algum interessado ler este post.

E caso você tenha um animalzinho e não possa ficar com ele, a UPAC recebe cadastro de animais sadios e vermifugados através do e-mail upac.contato@gmail.com. O prazo vai até sexta-feira, dia 18, e animais não cadastrados não poderão ser levados para adoção. A UPAC espera que em média 60 animais (30 cães e 30 gatos) sejam levados.

Então, se você é uma criatura RESPONSÁVEL E QUE REALMENTE AMA ANIMAIS (e não os trata como brinquedo, tipo prendendo numa gaiola, amarrando numa árvore e amaldiçoando o bicho toda vez que ele caga), vá à feira e adote um animalzinho. Por favor, não faça a BESTEIRA de comprar um bicho, tendo tantos precisando de um lar. Eu pretendo ir à feira, mas só passear e tirar fotos para o blog (caso eu consiga uma câmera emprestada), pois já tenho uma gatinha nhenda e moro em apartamento. Não dá para criar outro bicho, infelizmente. Porque se eu pudesse, acho que tinha vários.

Divulgando
  • Orkut da Mariana, com fotos de cães e gatos precisando de um lar. Eu vivo olhando essas fotos, porque são todas muito lindas!!
  • Blog da UPAC
  • Maiores informações - (85) 8845 6739 ou 9118 0906

Não é só chegar e levar, tem que ter responsa!

sábado, 12 de setembro de 2009

Sherdesenhando no Corel - negra e drag, travesti ou transformista

Durante as férias fiz alguns desenhinhos no Corel Draw e resolvi agora colocar alguns no blog. Se alguém quiser dar a opinião a respeito de minhas little artes, eu agradeço! Mas lembrem que é coisa de amadora.

Esta eu fiz depois de participar de algumas discussões sobre racismo. Depois que peguei o jeito, adoro fazer cachinhos e black power no Corel Draw.


E esta eu fiz no mesmo dia, só que pensando mais em retratar uma trans (mas fiquei indecisa entre uma transformista, travesti ou drag queen). Acho que ficou legal, e deixem que ela decida qual é a orientação.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bruno (sem trema por causa da reforma ortográfica) – parte 1

"A segunda vez em menos de um século que o mundo se volta contra um grande herói austríaco"


No feriado do 7 de Setembro (Dia do Grito dos Excluídos e Excluídas) dei uma pausa nos estudos e fui assistir “Bruno” com o namoradim. Juro que eu pensava que esse filme não ia estrear aqui em Fortaleza, porque já estava em cartaz em todas as cidades do Brasil. Mas aí, eis que na sexta-feira passada ele estréia!! Mas tipo assim, só em uma sala. Isso mesmo, apenas uma sala de exibição em toda a capital cearense. Por que será que isso aconteceu? Será que por ser polêmico não foi bem aceito pelas empresas de cinema? Mas eu só sei que a sala de cinema estava lotada, então talvez os grandes empresários dessa indústria de exibição tenham errado a aposta.

No geral, gostei muito de Bruno. Ri praticamente o filme inteeeiro e fiquei muito, mas muito surpresa com o final. Aliás, o desfecho do filme mostra que Sacha tem patrocínio certo para seus filmes de humor incisivo e politicamente incorreto. Sério, tá rolando muita grana. Mas eu não vou contar o final, porque não gosto quando fazem isso comigo, de falar o final antes que eu tenha visto.

Achei Bruno melhor que Borat, mas confesso que o filme do gay-afetado-fashionista-doido-para-ser-famoso perdeu o elemento surpresa. Quando assisti Borat, juro que fiquei indecisa se deveria rir ou não, porque tinha horas que eu simplesmente ficava muito chocada com o que estava acontecendo (imagine minha cara na cena em que ele conversa com as feministas). E principalmente: não sabia se era real ou encenação.

Já em Bruno, é óbvio que muita coisa é encenada, até porque Sacha já é bastante conhecido, então seria muito difícil não ser reconhecido pelas pessoas . Mas também há os momentos de dúvida, o que é muito bom. Mas creio que esse tipo de comédia escrachada-e-sem-noção vai ficar bastante manjada. E repito: muita grana vai rolar disso aí.

Bruno (sem trema por causa da reforma ortográfica) – parte 2

Outro detalhe sobre Bruno: a exibição da criança negra no filme. Teve momentos em que fiquei pensando se era mesmo uma criança ou um boneco muito bem feito, mas é real sim. Eu sempre fico muito incomodada quando menores de idade são exibidos em situações constrangedoras, mesmo que para criticá-la.

Em Se beber, não case, que eu assisti há algumas semanas, tem umas cenas em que um homem simula que um bebê de menos de um ano está se masturbando. Em outras, ele bate o mesmo bebê na porta do carro de forma violenta (e o povo do cinema morre de ri). Esse tipo de coisa é nojenta e expõe crianças, então perde pontos comigo. E nem vem me chamar de conservadora, porque não tem coisa mais antiga nesse mundo que violência física, simbólica e sexual contra crianças e adolescentes. Conservador é tu!

O bebê negro em Bruno chega aos EUA dentro de uma caixa de papelão. Em fotos, ele aparece praticamente coberto de abelhas e até crucificado por um monte de bebês brancos vestidos de romanos. É uma crítica forte à indústria de adoção e ao tratamento meio que leviano que a mídia faz em torno da adoção de crianças africanas por celebridades. Uma crítica bem incisiva mesmo, mas que expõe o bebê. Além disso, também critica o estereótipo do negro no contexto americano-do-norte.

Mas as minhas partes prediletas com certeza são as que remetem à questão da homofobia. São muito, mas muito engraçadas e bem dedo na ferida. As conversas dele com o pastor que promete “curar” gays (um dos passos é não ouvir Village People, viu gente? ) e a aulinha de defesa pessoal para quando você for atacado na rua por um homossexual (vocês, heteros que se sentem perseguidos por LGBTT e acham que cantadas vindas deles são ofensas terríveis, assistam a essa aula). Tem também uma cena em que um bando enoooorme de homofóbicos meio que são obrigados a assistir a uns tremendos amassos gays assim, de platéia. Quase morro de rir. ADOREI!!!! Quando sair o DVD, vou copiar para mim para assistir a essa cena milhões de vezes. É de lavar a alma.

No mais, recomendo demais que vocês assistam Bruno, porque é uber, uber legal!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Autonomia

Neste momento
Algo em mim grita
Uma energia, uma fera
Que mal me cabe
Insistindo no capricho de se libertar.

Ela é laranja e marrom
E tem longos cabelos cor de fogo
E olhos em brasa. Amarelos.

Trata-se de uma fera doce.
Não é má, nem mal-intencionada.
Ela apenas não se conforma
Nem compreende
Porque precisa ser privada
Do que é seu de direito: a liberdade.

Minha fera tem algo de fada
Com asas finas e delicadas
Transparentes e azuis.
Uma fera amável e furiosa,
Com longas mãos cujas pontas dos dedos
São afiadas e espinhosas
Como pontas de faca mortais.

Mas minha fera não quer causar dor.
E como ela teme machucar!
Me promete que se eu a soltá-la
Vai se comportar bem – seja lá o que isso signifique –
E tocará nas coisas com delicadeza.

Porque minha fera não quer sangue.
Ela só quer vento, flor, brilho e sorriso.

E eu, que sou sua carceireira,
Clamo por libertá-la.
Mas não o faço.
Mantenho minha fada em seu cativeiro
Que é meu coração.
A mim pertence a chave, sou eu quem a tenho,
E (ah!) como quero dar a ela a chance de alçar vôo!

Mas se não o faço
Não é à toa.
É porque dentro do coração do meu outro
Também vive uma fada.
Só que ela acredita (e ele também)
Que quando surge o amor
As fadas-feras precisam ser trancadas.
Porque feras livres matam o amor.

Eu e minha fera-fada não acreditamos nisso.
Para nós, o amor não vive porque está atado.
Ele vive porque vive, e para viver
Não se alimenta
De corrente nem de cadeado.

Ele vive dos sorrisos, da alegria.
De todo o brilho e felicidade
Que exala de cada riso e alegria que se realiza.
Ele respira o cheiro bom de carinho, de respeito e de ternura.

Meu amor não come esse negócio que chamam de “exclusividade”
Embora queira comer ciúme de vez em quando.
Mas ele sabe que ciúme nem é tão bom assim e ainda por cima dá cárie.
Minha fera gosta de jambo e de jambo tem o gosto.

Libertar minha fada,
Seria algo assim como matar a fada do meu bem.
Eu sei que é estranho, pois minha fada não é má
E tão pouco a dele.
Só que a fada dele acredita
Que só sobrevive se ambas
Estiverem presas.
Se eu soltar a minha
É como se machucasse a dele, como se a matasse.

E fadas não devem morrer.

E eu, mesmo sabendo
Que não pertenço a ele e também não o possuo,
Tenho tanto medo de não ser mais dele
E de que ele não queira mais meu...

E é por isso que minha fera-fada laranja e marrom está presa.

Até que (quem sabe um dia)
A fada dele perca o medo de voar.
E note que voando o amor não vai embora.

Minha fera continuará presa
Com seus cabelos em chamas
E seus doces olhos amarelo-brasa.
Ela não ficará calada, acredite.
Continuará gritando, arranhando grades e me implorando por um bater de asas.

E eu (por mais que não a liberte)
Estarei sempre a ouvi-la
Pois jamais hei de negar sua existência.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dia do veterinário


Uma pequena (e tosca) homenagem feita nos 15 min que faltam para eu entrar no estágio.

Um grande abraço a essas pessoas maravilhosas que cuidam tão bem dos animais e muitas vezes não têm seu trabalho valorizado, ou acabam abrindo mão do dinheiro apenas por compaixão aos bichos.

Caso você queira fazer essa homenagem também, e não sabe usar o Corel tão bem quanto eu, pode copiar. Mas por favor, não esquece de botar o crédito, ok?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O preço da ciência

Será que o Lázaro Ramos copia uma grana pra mim?

Continuando a correria rumo ao diploma e a-uma-vida-profissional-próspera-e-cheia-de-oportunidades. Como se não bastasse a ruma de dinheiro que estou gastando com transporte e alimentação, ontem levei um belo susto. Minha orientadora levou para a faculdade os livros indicados por ela para eu tirar cópia, e o total foi quase 60 reais de xerox! Quer dizer, olhei na Internet e apenas um dos livros custaria esse valor, então é relativamente barato. Mas tipo assim, ainda é muito apertado! A sorte é que fiz um negócio com o dono da Xerox e ele deixou eu pagar em 2 vezes (alguém aí já parcelou cópias antes?).

Já tinha feito o pedido do livro A Beleza Impossível da Rachel Moreno, no Estante Virtual que vai sair 10 reais mais barato do que se eu o comprasse novo na livraria. Também é um bom negócio, mas fazendo as contas, vou pagar uns 80 reais só de coisas para ler para minha monografia!! Sem falar na nova placa mãe para o meu querido PC, porque pelo jeito vai precisar trocar (de novo). Mais adiante também serão cartuchos novos de tinta para a impressora. E isso tudo vai sair da minha humilde bolsa estágio, de onde sai também o dinheiro para transporte, comida, diversão e arte. Acho que eu deveria ter feito uma poupança só para este semestre.

Mas fora isso, estou animada porque terei muuuito material para ler e mandar ver na monografia durante minhas poucas horas livres. Os livros dos quais tirei cópias parecem ótimos, e já vi referências deles em outras monografias sobre mulher e mídia. Além do mais, peguei também obras sobre imprensa, opinião e manipulação. Ou seja, estudar, estudar e estudar!

Afinal, para que comer, se eu posso morrer de inanição e virar um cadáver sabido?