terça-feira, 31 de agosto de 2010

Papai, eu quero me casar...



E LOGO!!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Feira de adoção da APATA, Raimunda na Fábrica


Atenção, atenção! Se você está se sentindo só e deseja um amiguinho para cuidar (bem) e amar (muito), eis a oportunidade:

No próximo sábado, 28 de agosto, a APATA CE realiza uma feira de adoção no Shopping Benfica. Quem estiver interessado em adotar um bichinho deve levar carteira de identidade (xerox e original) e comprovante de residência. No local a organização também estará recebendo doações de notas fiscais, ração, medicamentos ou outros itens que ajudem na manutenção dos animais.

Quem quiser disponibilizar animais para adoção, eles precisam ser cadastrados antes e estarem saudáveis, esterilizados, vacinados e vermifugados. Caso os animais não sejam adotados na feira, eles retornam para seus protetores pois a APATA está sem condições de acolher mais bichinhos. Para maiores informações, inclusive a respeito de esterilização e também para o cadastro, entrar em contato com Flávia no telefone 9981.5766.

E falando em bichinhos e em adoção, olha só quem chegou por aqui na semana passada e está super linda! A Raimunda! Ela estava muito tímida no começo, toda chorona e medrosa, mas agora que está se acostumando ao ambiente e a cirurgia de esterilização está sarando, dá pulinhos e brinca bastante. Tive que prendê-la para ela não rolar na areia e machucar o lugar da operação, só para vocês terem idéia. Toda-toda! Tomara que o povo desista de mudar o nome dela...

E abaixo, as fotinhas de chegada da fofa! :)


Chegando ao novo lar...
Reconhecendo o ambiente...
De novo...

Descansando para sarar bem direitinho...


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Beijo gay passa na Tv brasileira... e em todos os canais ao mesmo tempo!

Fiquei sabendo que o Psol exibiu em sua propaganda eleitoral de São Paulo o "primeiro beijo gay da TV aberta". Ponho entre aspas porque parece que outros beijos já foram exibidos, na verdade. Tipo no Big Brother Brasil perece que o povo já deu uns selinhos de brincadeira (isso é beijo gay?), e em algum programa da RedeTV, por exemplo. Ou mesmo no filme "O segredo de Brokeback Mountain", que já foi exibido pela Rede Globo. Mas acho que a idéia de "o primeiro beijo gay na Tv aberta" é mais por conta das polêmicas que acontecem toda vez que tem um casal de gays ou lésbicas em alguma telenovela. Parece o famoso "quem matou...", uma expectativa enorme por conta de um simples beijo, enquanto cenas de sexo e milhares de beijos heterossexuais são exibidos cotidianamente na programação brasileira. Já entre LGBTT não pode existir beijos, pois nossa sociedade careta e homofóbica acha que isso é imoral, mas tudo bem a imagem ridicularizada que os programas de humor constroem em torno dessas populações. Francamente, ô atraso.

E abaixo, a campanha do Psol. É bom deixar claro que não se trata de propaganda eleitoral por parte deste blog (embora talvez o efeito seja inevitável), mas se eu coloquei por aqui até o link da campanha hilária do Tiririca, não tem porque não mostrar o beijo lindo do casal de homossexuais, né? E é lindinho mesmo, um beijo mordido, gostoso e fofo. E rápido, muito rápido. Aliás, rápido mas suficiente para chocar e fazer tremer nas bases esse povo que não é preconceituoso não, imagina.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pior que tá num fica!

Gente, pelamordedeus, é pra rir e não para votar, ok? Por favor!



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Boas notícias!

Conversei com Flávia da A Pata CE e a querida #CadelaRaimunda está bem. Ela fez um hemograma e está tudo certo (acho que a injeção contra carrapatos ajudou). Já foi esterilizada, vai tomar vacinas e vermífugos ainda esta semana. Provavelmente a Flávia vai deixar ela na Fábrica na quarta-feira. Aliás, em nome da Fábrica de Imagens, de todos os protetores de animais, e claro, da Raimunda, quero agradecer à A Pata CE pelo apoio veterinário. Thanks!
Um esclarecimento: a Andreia, de SP, que ajudou na articulação via Twitter não tem nenhuma amiga na Imobiliária do Mal. A pessoa com quem ela conversou é apenas um contato, não uma amiga.
Outra informação: O Ítalo Arruda, vocalista da banda The Fly, disse que não há nem nunca houve um integrante no grupo que se chamasse Toni (o desalmado que abandonou a cachorrinha).
E agora eu quero lançar por aqui duas campanhas:
A primeira é tipo "Ajude a Raimunda". Quem puder nos dar uma mão com um pouquinho de ração para cachorro, jornais, paninhos velhos para fazer caminhas, brinquedinhos de cachorro, vasilhas, essas coisas, nós da Fábrica agradecemos. Acho que a prioridade agora é aquele kit inicial do novo pet, né? Tipo Plasil infantil, anti-tóxico para emergências, seringas descartáveis, Rifocina para passar nos pontos da cirurgia e shampoo para cachorro do tipo neutro. O endereço da Fábrica você encontra no site da Instituição. Qualquer dúvida, fala aí nos comentários. Aliás, priorize outros grupos que abrigam milhares de animais, afinal a gente vai fazer vaquinha para ajudar só um, né? Mesmo assim, quem puder nos ajudar a gente agradece.
A segunda campanha é tipo "Não deixe a Raimunda mudar de nome". Gente, alguns colegas da Fábrica querem que a bichinha deixe de se chamar Raimunda e mude o nome para "Fabrí"! Como assim? Como o resgate da cadelinha teve apoio internético, acho que vocês tem direito a opinião. A minha é que Raimunda é um nome muito simpático, eu não vou conseguir chamá-la de outro jeito e acho que uma mudança agora vai causar uma crise de identidade na bichinha. Por favor, me ajudem a convencer meus colegas a não mudarem o nome dela! É sério, eu tô perdendo feio na votação!


No mais, eu estou com muita saudade da cadelinha! Até sonhei com ela! E quem tiver interesse em conhecê-la fique à vontade para uma visita lá pela Fábrica. É só dar uma ligada.

sábado, 14 de agosto de 2010

Liberdade!!

Tô muito feliz gente! A Raimunda está indo para o veterinário agora no carro da Flávia, que é da A Pata CE. Ela alertou muito a gente que não podia pular, só com a polícia ou com a imobiliária, mas como eu disse aqui e aqui, não havia agilidade. E a cadelinha não podia continuar lá de jeito nenhum. Aí agora no final da tarde, que é o horário que a Flávia podia porque estava num mutirão de castração, algumas pessoas da Fábrica de Imagens nos mobilizamos para o resgate. E o legal era a torcida da Raimunda, balançando o rabo e fazendo mó barulho. Será que ela estava fingindo que tava fraquinha só pra gente salvar? Ah, e também teve ajuda da vizinhança, que estava alimentando a cadelinha, torcendo também pra gente conseguir e até deram água para lavarmos a mão depois. Teve também um vizinho que emprestou um cavalete, hehe! Um mói de cúmplice! Todo mundo sem entender como que alguém abandona um bichinho assim.

E aqui, o registro fotográfico de todo o nosso ato ilícito. Se prenderem a gente eu quero campanha no twitter, viu? Tipo "#SoltaASheryda". A propósito, o Rodrigo, que ajudou no resgate, já criou até a tag #CadelaRaimunda.

Agora é comemorar e se esconder da polícia!



Como faremos?


Medo de cair!



Se equilibrando com o short novinho da Lara Croft.


Pose!
Ô coisa feia hein, dona imobiliária?

Ajudinha da vizinhança.

Repare na torcida da Raimunda.


Tamo dentro!
Raimunda livre e ganhando carinho!


Agradecendo?

Thê!




Flavia chega para levá-la ao veterinário.


Manda prender esse povo que é perigoso!


Indo pro carro...

Bem acomodada.

Depois eu volto boa!

O mundo é pequeno, mas a Internet é grande

Gente, primeiro eu quero agradecer a mobilização e o apoio que está rolando para a Raimunda, e pedir desculpas pelo meu desaparecimento mas é que realmente eu fiquei sem net desde ontem. Fiquei sabendo através de mensagens da Andréia, que viu o post passado lá de São Paulo que tem uma galera grande no twitter doida para saber como tá a cadelinha. Alguém pode me dar o link para eu ver essas coisas? É que eu sou meio burrinha com twitter.
Ontem a articulação rolou e eu só fiquei sabendo através de mensagens de celular. Mas soube que foi mais ou menos assim: a Andréia viu meu post em São Paulo e conhece uma amiga que trabalha na maldita imobiliária Fiducial que pôs a casa à venda com cadela e tudo. Então ela procurou alguém no twitter que fosse aqui de Fortaleza para ajudar na articulação, e encontrou a Mayara, que passou a tarde inteeeeira ligando para a imobiliária pedindo providências. Antes de ontem eu liguei pra lá também e falei com um dos funcionários que não quis dizer o nome do dono do imóvel, e disse com muita calma e ironia que o proprietário está em São Paulo, já sabe o que está acontecendo e está voltando a Fortaleza. Detalhe: eu encontrei a casa para vender no site da imobiliária! E tenho a impressão que a cadela está na foto! O código da venda é 797, caso vocês queiram mandar mensagem fofas para eles. Outra informação que eu tive é que o dono, um tal de Toni, parece que é ou foi ligado à banda The Fly, que é cover do U2 aqui em Fortaleza. Sei não, mas acho que o Bono Vox não faria isso com a cachorrinha dele.
Pois bem, como a Mayara já explicou nos comentários, o combinado era que a pessoa da imobiliária viesse hoje soltar a cadela. Combinei já com as meninas da A Pata que na hora que isso acontecesse elas viriam pegar a cadelinha de carro para levar ao veterinário. Só que já são mais de 15h e ainda não há contato. A Mayara está tentando falar com a imobiliária e não consegue, parece até que eles sabem que ela quem está ligando.
Eu estou desesperada. Passei lá agora na hora do almoço e a pobrezinha da Raimunda está numa agonia muito grande como que pedindo socorro. A gente vai dar um jeito de tirar ela de lá com ou sem imobiliária, com ou sem polícia. Não tem como deixar ela sofrendo desse jeito.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Homem se muda e abandona cadela no imóvel


Quem caminha cotidianamente pela rua Luis Torres, localizada no bairro Maraponga em Fortaleza, talvez não perceba dois olhos tristes aos pés do portão da casa 295. São os olhos de uma pequena prisioneira que sofre devido ao abandono e total isolamento. Trata-se da cadela Raimunda, que há cerca de dois meses foi abandonada pelo seu dono. De acordo com testemunhas, o proprietário do animal é conhecido por Toni, e disse que venderia a casa mas iria todos os dias deixar comida e água para Raimunda. De fato a casa agora exibe uma placa de "vende-se", mas ao que parece seu dono não retornou. De acordo com vizinhos, a cadela só não morreu de fome e sede porque um dos moradores teve compaixão pelo animal e vai todos os dias deixar comida e água pelas frestas do portão. Além disso, graças a seu benfeitor (que prefere manter-se anônimo), Raimunda tomou uma injeção contra carrapatos, mas devido à sujeira no local foi novamente infestada. "Antes ela ficava muito alegre quando eu chegava, mas agora está muito triste e fraca. Parece que a pata está machucada, os carrapatos voltaram e ela chora muito", afirma. Um funcionário da imobiliária que divulga a venda da casa esteve no local no último 10 de agosto, mas segundo testemunhas disse que não poderia libertar a cadela pois somente o dono pode fazê-lo.

A situação de Raimunda está a cada dia mais precária. Os carrapatos passeiam por seus pêlos enquanto ela permanece deitada aos pés do portão e observa a rua pelas frestas. O ambiente onde se mantém presa está repleto de fezes e poeira, o que deixa clara a situação de abandono.
De acordo com a organização não governamental A Pata, nesses casos somente a polícia pode entrar na casa e tomar as devidas providências. Mas de acordo com vizinhos, ao entrar em contato com a polícia a informação que tiveram foi que a casa não poderia ser aberta sem a autorização do proprietário.

Entrei em contato com a Polícia Militar Ambiental através do telefone 3101.3577 e conversei com o soldado Sávio. Ao fazer a denúncia perguntei que punições o dono do animal pode sofrer por cometer o abandono. Surpreendentemente, a resposta foi que a Polícia Militar não pode fazer nada porque não tem certeza sobre quem é o dono do imóvel, portanto apenas verifica a situação do animal. “Aqui nós colhemos as denúncias e passamos para a viatura, que vai decidir o que será feito em relação ao caso. Mas em relação ao dono do cachorro nada acontece porque a gente não sabe quem realmente é a pessoa”, afirmou o soldado. Questionei se a situação fosse outra, a denúncia de um assassinato por exemplo, e a única informação sobre o suspeito fosse o antigo imóvel onde ele morava, como seria o procedimento. O soldado afirmou que nesse caso as informações seriam repassadas para a Polícia Civil para que ela fizesse investigações. “A Polícia Militar não investiga, apenas a Polícia Civil”.

De acordo com o militar, uma viatura seria enviada ao local em tempo proporcional à demanda, provavelmente na manhã do dia seguinte já que a denúncia foi feita no final da tarde. Até agora, 12h do dia 12 de agosto, a cadela continua presa na casa.

A presidente da A Pata CE afirmou que pode ajudar com o amparo veterinário, mas não tem condições de acolher a cadela depois de tratada.

De acordo com o artigo 32° da lei 9.605/98, os maus-tratos a animais devem ser punidos com pena de 3 meses a 1 ano de prisão e multa.





segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A mais nova foca!



Acabou a saga da monografia, enfim! Aliás, acabou uma caminhada muito importante na minha vida: terminei a faculdade de Jornalismo! Agora sou uma foca, que é como o jargão chama os novos jornalistas no mercado. Agradeço muito a todos aqueles que de alguma maneira contribuíram para esse feito, seja através de conselhos ou empréstimo de livros (aliás, tenho que marcar de devolver) ou mesmo das pessoas que comentaram e deram apoio enquanto contei a respeito dessa saga aqui no blog. Inclusive aos milhões de leitores silenciosos (porque eu sei que vocês existem), meu super super muito obrigada!
E aí eu acho que estou devendo contar como se deram algumas coisas.

O dia D... de Defesa
Eu estava muito ansiosa porque eram três grandes emoções no mesmo dia. A defesa do boy seria
pela manhã, às 11h com uma banca muito semelhante à minha. Depois do almoço, às 14h, seria a defesa da Thaty Nascimento, grande amiga nossa, banca de defesa gêmea do Potô. Só depois, às 15h, a minha defesa, somente uma integrante diferente das bancas anteriores. Ou seja, eu tive o almoço mais ansioso de toda a minha vida, e depois mais 2 horas de interminável apreensão.

Pela manhã, o Potô fez uma apresentação ótima, com direito a elogios muito pomposos, do tipo “um trabalho de grande importância acadêmica”. Hein? My boy, baby! Após a apresentação e comentários da banca, sai todo mundo da sala, abraços, beijos, calma meu amor... Banca chama todo mundo de volta e informa que o meu futuro marido tirou... 9!!! Gritos de alegria, família do Potô comemorando, amorzão super emocionado chorando e eu quase papocando de orgulho. Muita felicidade!

Depois, a agonia do almoço. Engoli minha macarronada (só com molho e queijo) enquanto enlouquecia nosso amigo Antoniel que foi a única companhia para o almoço, já que Potô precisou sair. E eu ficava lá, tagarelando, enquanto o coitado ia ficando um pouco mais nervoso que eu. Pense numa criatura se tremendo todinha, morrendo de medo de estourar o tempo da apresentação, excluindo um monte de slides, incluindo outros, e relendo monografia enquanto engolia uma macarronada... Ai, ai!

Aí, às 14h, Thaty chega. VERDE. Ela sempre fica verde quando tá nervosa e para a defesa não
poderia ser diferente. Chegou em comitiva com a família, na medida em que iam chegando também vários colegas para assistir às nossas apresentações. Um dos grandes medos dela era o mesmo que o meu: estourar o tempo. Porque a gente passa 1 ano escrevendo o babado, pesquisando, estudando feito condenados, para ter que apresentar em 20 min! Se estourar, perde-se um ou dois pontos na nota, não lembro bem. E como na Estácio FIC só vão para a biblioteca trabalhos com notas iguais ou superiores a 9 (queria tanto que eles fossem mais exigentes em outros aspectos também), estourar o tempo significa que os alunos na Faculdade não veriam nossas monografias no acervo, o que seria uma grande decepção depois de tanto esforço.

Aí nossa amiga fez sua apresentação. Com medo de ultrapassar o tempo, começou a falar feito um foguete. A orientadora pediu que ela se acalmasse e falasse mais devagar. Não adiantou taaanto mas melhorou o entendimento do que estava sendo dito. E o trabalho da bicha ficou genial. Depois que ela terminou, a sala quase foi abaixo de tantos aplausos. Silêncio que a banca vai falar, elogios, comentários, sugestões, mais elogios, peço licença a todos que agora a banca vai decidir a nota, sai todo mundo, abraça Thaty, beija Thaty, Thaty verde feito o Hulk, pronto, podem entrar. Thaty aprovada com nota... 10! Quase que a sala explodiu.

E lá fora, minha orientadora aguarda. Pergunta como eu tô, se já chequei os slides, se está tudo bem. E eu apavorada: tá tudo bem. Por que???? Não parece??????? O carinha do áudio visual vai na sala, instala notebook. Eu abro os slides, graças à deusa o negócio tá prestando, a platéia se prepara para assistir à minha apresentação. Minha orientadora pergunta se eu já poderia começar. Depois do arraso de Potô e Thaty, eu estava me sentindo como alguém que fosse tocar num show de rock depois do Elvis. Pedi mais uns minuti
nhos pra pôr os nervos no canto e comecei.

A apresentação foi muito mais calma do que achei que seria. Como se tratava do tema gênero (eu analisei algumas matérias que foram publicadas na revista Capricho este ano) fiquei muito à vontade, inclusive quebrando quase que completamente a formalidade. Quando já tinha passado da metade dos slides, a orientadora avisou que ainda tinha 10min, então eu fiquei muito tranqüila até o último slide. Achei a apresentação gostosa até. E divertida também.

Só que aí a banca falou. E como falou.

Fizeram muitos elogios, destacaram pontos legais do meu trabalho, parabenizaram a orientadora. Até aí, blz. Mas quando começaram a pontuar as discordâncias eu fui murchando, murchando, me preocupando, me encolhendo... Quer dizer, estava levando todas as observações na boa porque escolhi muito bem os integrantes da banca. Gente muito competente, grandes profissionais. Sei que tudo estava sendo dito muito seriamente e que só contribuiria para meu aprendizado. Mas a real é que eu achei que ia tirar um 2. Muito medo da nota. Anotei todas as sugestões, destaquei que várias ressalvas seriam realizadas, agradeci aos comentários, respondi a algumas questões, e saí com a platéia para aguardar a sentença.

Enquanto esperava, a tensão era total. E acho que não tinha ninguém otimista ali, porque eu estava sentindo aquela aura sinistra de quando alguma coisa dá em merda. Algumas pessoas vieram falar comigo, foi a vez do Potô abraçar, dando aquele carinho gostoso de quem protege a gente.

Quando a banca chamou todo mundo de volta eu estava muito apreensiva. A orientadora toma a frente e “Sheryda Lopes, a banca aprovou sua monografia [ai, que bom pelo menos eu me formei] para graduação em Jornalismo com nota máxima: 10!”. Enquanto algumas pessoas aplaudiam, eu não conseguia fechar a boca, e só saiu a mesma coisa de quando soube que o Michael Jackson tinha morrido. “Valha!”.

Depois de muitos abraços e algumas fotos, eu com a sensação que tinha tomado uma garrafa cheia de pedra hume diluída, fomos comemorar numa churrascaria (me entupindo de feijão verde e macaxeira, fique claro). Chamamos os professores mas somente minha orientadora pôde ir. Quando contei que esperava uma nota ruim da banca, ela disse, muito carinhosa: Tu é brôca? Eles só te elogiaram nos comentários!
É, acho que a monografia acabou com o que me sobrava de juízo e senso de percepção. Mas ao menos agora eu não preciso mais sentir inveja da Reese Whiterspoon!