quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cartucheiras

Continuando na vibe das comprinhas realizadas, e tal como prometido, apresentando meu novo acessório útil para andar de skate. Com vocês: a cartucheira.


A modelo de tênis vermelho é a Carolys e a cartucheira preta é do Gandra


Lembra das pochetes? Mesmo que não admita, quase todo mundo já teve uma e adorava. A minha era rosa e tinha vindo de brinde junto com uma sandália da Barbie. Hoje em dia a pochete é considerada a cara da breguice e geralmente quem a utiliza são profissionais que precisam carregar dinheiro e outros pertences mas tem que manter as mãos livres. Motoristas e cobradores de ônibus, entregadores, mototaxistas, etc. Pois é, as cartucheiras são suas bisnetas. Elas mantém a inegável praticidade de suas antepassadas mas assumem um visual mais sequinho, sexy (eu acho) e moderno. Na minha opinião, o melhor das cartucheiras é que os modelos geralmente tem pouco volume e são mais discretas. Dependendo da roupa e do modelo escolhido, dá até para esconder pertences mais valiosos. Veja uns modelos interessantes aqui.

Eu já tinha visto a peça pela Internet e também lembrava dela quando esteve na moda há uns 10 anos atrás. Achava lindo, mas não cheguei a comprar nenhuma. No contexto atual, vi uma cartucheira por conta do meu coleguinha de trabalho, o Gandra. Ele usa uma que tem o estilo bem rock e combina com o visual do rapaz (a Carolys que está usando porque o moço é thimidú e não quis tirar fotinha). É um modelo que permite que a parte de baixo seja presa na perna, e portanto, não fica solta como as com correias somente na cintura. Na hora em que vi, chega veio uma luz na minha cabeça: skate!

Geralmente eu ando de skate depois do trabalho, então estou sempre carregando alguma coisa. Só que é muito ruim praticar as manobras com mochila nas costas, pois tira a mobilidade. E por outro lado, eu sempre tenho medo de soltar a mochila em algum lugar.

A minha eu comprei na feira livre do Antonio Bezerra. Ela custava 10 reais e saiu por 9, se não me engano. Adorei a estampa militar. Fiquei me achando a Lara Croft.

E o teste drive da peça foi com a minha amiga Candice, que deu suas primeiras voltinhas de skate. Depois de um tempo aluguei uns patins e dei o meu carrinho para ela treinar, e até que a moça foi bem. Mas eu já disse pra ela e vou repetir aqui: de vestido não, Candiceeee!

A Candice morta de lady e eu toda suada. Iga!

#manobrafake



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sherviajando é gay




Está rolando uma mobilização nas mídias sociais contra a homofobia e toda a violência que ela gera. Quem não ficou sabendo das declarações cretinas do deputado Jair Bolsonaro? Ou de mais um assassinato por motivações homofóbicas, que foi o caso da adolescente de Goiás que foi morta pela família da namorada? Pois é, tristes exemplos de uma sociedade terrivelmente homofóbica, que ainda alimenta um ódio latente à diversidade.

A idéia da campanha é a seguinte: Tire uma foto sua, ou com amigos, familiares, até mesmo namorado ou namorada segurando uma plaquinha com a hash tag #eusougay. Depois, envie a foto para projetoeusougay@gmail.com. As fotos recebidas serão utilizadas num video clip no final da campanha. Idéia boa, né? Uma forma divertida e pacífica de passar uma mensagem de tolerância. Visite o blog do projeto e confira algumas fotos que já foram enviadas. E claro, participe.



Atualizando...

Eu achava que era desnecessário dizer isso, mas por alguns comentários a respeito da campanha (não aqui, em outros lugares), lá vai: Não precisa ser gay para aderir.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Quem tem medo de ser fashion?

Brüno, com Sacha Baron Cohen. Sátira com o mundo da moda, homofobia e outros assuntos polêmicos. Crítica aqui e aqui.


A moda é um fenômeno que me fascina. Às vezes eu a odeio. Acho fútil, superficial, e um completo estímulo ao consumo alienado e desenfreado. Já em outros momentos, ela me seduz e me oferece possibilidades de expressar através de meu próprio corpo traços de minha personalidade. Se em alguns momentos isso é apenas pretexto para o consumo, em outros se torna um estímulo para reinventar antigas peças e acessórios.

Antes o meu olhar sobre a moda era completamente nojento. Achava tudo um monte de besteira e odiava o jeito como as mulheres se iludiam, se achando as poderosas por causa de um sapato novo, por exemplo. E isso com toda a violência contra as mulheres truando, a lógica do patriarcado tomando de conta. Quer dizer, você fica se achando porque pintou as unhas de vermelho mas não consegue contestar por que as obrigações domésticas são prioritariamente suas? Ou não aceita a própria aparência, não contesta os padrões de beleza impostos? Grande poder. Para mim, gostar de moda era sinônimo de gente alienada.

O meu olhar sobre esse fenômeno social mudou na época da minha monografia. Li muito sobre relações de gênero durante esse período e também sobre moda. Não só as revistas femininas que eram o objeto da minha pesquisa, mas livros a respeito da moda, seus fundamentos e sua trajetória no decorrer da história.

Dessas leituras, uma das que mais gostei foi História da moda: uma narrativa, do professor de moda João Braga. De uma forma rápida, fluida e interessante, o autor mostra como a moda reflete o contexto socioeconômico e político em que está inserida. Além disso, ela reflete de forma bastante significativa a história das relações de gênero, às vezes reprimindo as mulheres, às vezes libertando-as. Infelizmente tive dificuldades de encontrar o livro na Internet, mas neste site tem pelo menos o preço, caso alguém se interesse.

Um dos pontos mais importantes a serem observados em relação a moda e ideologia, na minha opinião, é que uma não anula a outra. E mesmo a pessoa mais anti-moda e anti-consumo do planeta escolhe o que vai vestir. Sabe aquele roqueiro barra pesada que anda sujo e diz que não liga para a aparência? Dê para ele uma camisa do Aviões do Forró e veja se ele gosta. Ou talvez o comunista assumido e que prega o reaproveitamento e o sentimento anticapitalista não queira usar uma camisa com a estampa da Coca-Cola. Nem de graça. Inclusive, expressar idéias através de mensagens nas camisetas é uma forma válida e interessante de se colocar politicamente, não acha?

A moda permite um exercício de criatividade muito interessante. Pode ser divertida, pode ser irônica. Pode até ser over, se quiser. Não tem nada de errado em escolher o que se quer usar. O fato de gostar de moda não necessariamente quer dizer que a pessoa é vazia, alienada. Isso é besteira.

Você pode sim, querida, ser doida por sapatos. Isso não depõe contra você. Mas reflita sobre esse consumo e sobre sua situação no mundo. Você está com um sapato incrível, mas ainda anda na rua com medo de ser estuprada, é expulsa de universidade por usar um vestido curto demais, e ainda apanha do marido? Pois não pense só no pretinho básico, veja se seus direitos básicos estão contemplados e aja. Porque sapato por sapato, o único que conheço que já salvou alguém foi o da Doroth , de o Mágico de Oz. E ela teve que dar uma ajudinha.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Comprinhas de fim de semana


Não lembro qual autor li durante a graduação em jornalismo, mas ele levantava a teoria que existe uma vaidade dentro de nós que nos dá vontade de compartilhar coisas de nossas vidas para desconhecidos, e a mídia é o ambiente perfeito para isso. Daí o status meio privilegiado de quem de alguma forma recebe a atenção da mídia, a vontade de divulgar para todo mundo se você é citado em algum veículo, etc.

Pois para satisfazer essa vaidade, vou compartilhar por aqui algumas coisas que comprei no fim de semana. :P

A primeira delas é o livro Marley e Eu, que depois de muito tempo eu finalmente adquiri. Tive muita vontade de ler a obra que deu origem ao filme por alguns pontos: o livro é sobre amor aos animais de estimação, o autor é um jornalista, e a história é baseada na coluna que ele escrevia em jornal. Acho que adoro filmes baseados em colunas e blogs porque me dão esperança de ser uma jornalista/escritora de xuxesso no futuro. hehehe Comecei a ler no mesmo dia em que comprei, e estou adorando. Engraçado como é muito mais fácil, e em alguns casos mais prazeroso, ler best-sellers que clássicos da literatura. Talvez por a linguagem ser mais contemporânea, não sei. Não é querendo desvalorizar os clássicos não, mas enquanto estou devorando "Marley e Eu", para ler "O retrato de Dorian Gray" foi um parto normal com fórceps. Será que devo me preocupar com isso, ou o importante é ler?


Nas primeiras páginas, algumas fotinhas com o Marley de verdade e sua família. Fofo.


Também comprei uma mochila jeans na feira livre do Antonio Bezerra. Nada de especial, apenas tava sem mochila e elas são úteis principalmente quando você quer sair de tênis e só tem bolsas mais formais. Consegui pechinchar 3 reais (de 15 saiu por 12)! Agora estou ricah!


E a outra aquisição foi uma bonequinha de biscuit que comprei para enfeitar minha mesa no trabalho. Comprei na feira do Antonio Bezerra, após adquirir as frutas da semana. Consegui pechinchar 1 real e ainda encomendei uma skatistazinha e uma bailarina negra. Quero enfofurar minha mesa. O mais legal que achei na bonequinha foi o cabelo dela que é muito macio, parece de verdade. Também gostei da cor, misturinha de preto com marrom. Um artesanato bacana.

A outra compra foi de um acessório bastante útil para quem está a fim de andar de skate, e que custou só 9 reais na mesma feira livre. Fico devendo a foto, porque está difícil conseguir modelos. Povo tímido.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

E é sexta-feira!

Passando para desejar a todos um ótimo fim de semana e agradecer por estarem respondendo a minha enquete aí ao lado.


Um xêro! :)



Vai, Ayrton!

Eu já assisti a esse vídeo uma dezena de vezes, mas sempre me arrepio toda e sinto vontade de chorar. Triste domingo, aquele de 1994...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

IBGE do Sherviajando




Só lembrando que está rolando uma enquetezinha aí do lado para eu conhecer melhor as pessoas que lêem este blog. Responde, gentem! :)

Bandido solto, skate preso


Hoje pela manhã, entre os vídeos mais vistos do You Tube está o registro de um Policial Militar apreendendo um skate no Rio de Janeiro. Enquanto os skatistas argumentavam com o policial, uma menina chega chorando dizendo que o namorado acabara de ser assaltado ali perto. No momento em que ele vai conversar com a menina, um garoto aproveitar para tomar de volta o carrinho. Daí o policial esquece a garota e volta para os skatistas, dessa vez com o cassetete em punho.

A revolta dos skatistas em questão é porque o policial deixou de ir atrás do ladrão, ou até mesmo de prestar socorro a algum possível ferido (pela forma que a menina chega chorando, me parece que aconteceu algo sério com o namorado dela) para ameaçar os garotos. E não duvido de alguma agressão se não houvesse alguém filmando, ou se eles não estivessem num grupo tão grande.

Me pergunto:

O policial tem direito de tomar o skate de alguém?

Onde é proibido praticar esse esporte?

Mesmo sem saber a resposta dessas perguntas, e mesmo que o skatistas tenham dito coisas nada agradáveis para o policial, estou do lado dos garotos.

Porque:

O lugar onde eles estavam não me parece inadequado para a prática do esporte.

Achei a postura do policial abusiva.

A prioridade em ameaçar os skatistas e deixar a moça sem socorro foi ridícula.

Já chega de ver o skate com preconceito, afinal o Brasil já está entre os 5 melhores do mundo nesse esporte. Inclusive cresce a adesão de mulheres na prática.


Parabéns a vc!



Hoje é aniversário do meu amiguinho @livito, um cara gente fina que trabalha comigo e só me passa som legal. E quem melhor para homenageá-lo do que os Ramones, né?

Felicidades, little boy!


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quem é você?

Gostaria de conhecer melhor as pessoas que visitam este blog. Se é que tem alguma, rs. Por isso, vou começar a colocar enquetes aqui ao lado para entender melhor quem seriam esse viajantes. Peço que respondam, por favor.

:)

Preconceito afeta saúde de mulheres lésbicas e bissexuais


Que o preconceito não está com nada todos nós estamos carecas de saber. Mas as consequências para quem sofre discriminação podem ser mais sérias do que pensamos. O site Delas publicou uma excelente matéria sobre como as mulheres lésbicas e bissexuais tem mais problemas de saúde e menos acesso a exames ou hábito de irem ao médico.

Segundo a matéria, devido ao preconceito que sofrem elas tem mais tendência em utilizar cigarro, álcool e drogas ilícitas, pois encontram nesses caminhos uma válvula de escape. E com a auto estima baixa, os entorpecentes tem efeitos devastadores. Além disso, as mulheres lésbicas e bissexuais costumam ir menos ao médico porque sentem-se constrangidas por a maioria dos profissionais estarem despreparados para atendê-las. As consequências são perigosas, pois esse fatores as tornam mais suscetíveis a adquirirem câncer de mama, obesidade e HPV, entre outros males.

Fora que existe uma grande falta de informação. As campanhas de prevenção às DSTs, por exemplo, são fortemente voltadas a relações heterossexuais. As lésbicas não são orientadas sobre como se prevenirem, nem tem recursos próprios para elas. Tanto que elas precisam adaptar a camisinha masculina para se prevenirem. Sabia que as lésbicas precisam ter uma camisinha masculina e uma tesoura para fazer sexo seguro? Pois é, precisam. Elas precisam cortar a camisinha em forma de quadrado para formar uma barreira na frente da vagina, para evitar o contato direto. Muita logística e pouca humanização.

#Ficadica para as pessoas que não entendem as relações sociais como um contexto complexo e cheio de facetas, e como o preconceito está relacionado inclusive à morte dos que sofrem discriminação. E como muitas vezes essas pessoas estatisticamente corretas só acreditam em dados e números, a matéria está rica em estatísticas. Para ninguém dizer que é frescura e paranóia dos politicamente corretos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Que tal um novo membro na família?




Adote com responsabilidade! É no próximo sábado, no Shopping Benfica, aqui em Fortaleza.

Critica – Julie&Julia (parte 3)


Confira as partes 1 e 2.

Um brinde à igualdade!


Claro que sei que cozinhar e servir o marido é um papel instituído para as mulheres. Acho que é o mais clichê deles, inclusive. Mas o filme trata de algo para muito além disso. Julie e Julia se casaram com homens incríveis, absolutamente maravilhosos. Eles as apoiaram em todos os momentos e não se sentiram nem um pouco ameaçados diante do brilhantismo das esposas. Eram verdadeiros companheiros, não apenas maridos.

A história de Julia Child é mostrada de forma muito perfeita, porque tem um pouco do que seria a Julia que Julie Powell imagina. Por isso, não é retratado nenhum momento de conflito entre ela e Paul, o marido. Uma das cenas prediletas da diretora Nora Ephron (assisti com comentários também), é o momento em que Julia Child diz ao marido que vai aprender a fazer chapéus. Primeiro ele faz uma cara de quem pensa "que que tem a ver", mas em seguida resolve deixar a esposa curtir e diz: "Você gosta de chapéus". Tudo que ele queria era que ela fosse feliz, e às vezes isso é raro numa união, um homem querer ver sua esposa feliz. Principalmente se a felicidade dela depender de uma boa dose de autonomia.


Já Julie é muito mais humana e vulnerável. Ela faz drama quando a comida queima, é obcecada, teimosa e um pouco individualista. Inclusive nesse momento a interpretação de Amy Adams (Encantada) é perfeita, porque ela é aquela coisa linda e pequenininha com cara de chata. Dá vontade de dar um beijinho no nariz dela só para ver ela irritada. Num momento de conflito, ela e o marido brigam e ele chega a sair de casa. Mas a briga não tem fundo machista.

Em todo o filme as mulheres são protagonistas. Tudo é sobre as personagens principais. Tem até um momento em que Julie comenta que não gosta das amigas e a amiga dela, Sarah, diz que isso é absolutamente normal. Daí o marido de Julie diz "Os homens gostam dos maridos". Ao que Sarah responde: "E quem aqui está falando dos homens? Ningém está falando de homens aqui." Acho que foi uma alfinetada da roteirista.

O filme mostra dois exemplos do que acredito ser um casamento perfeito: uma relação onde as duas pessoas (ou mais, dependendo da situação) se ajudam mutuamente a crescer, sem disputar o domínio sobre a outra. Vale ressaltar que são dois casais sem filhos, então não sei como seria se houvessem crianças. Em Marley e eu, por exemplo, A personagem de Jennifer Aniston abre mão da própria carreira para cuidar dos filhos. Não que o marido a tenha obrigado a isso. Já em De pernas para o ar, recente longa brasileiro, o marido de Ingrid Guimarães pede divórcio devido à obsessão da esposa pela própria carreira. E será que alguém notou que em Sr e Sra Smith, a Angelina Jolie parece uma viciada em trabalho neurótica? Como se só assim ela pudesse se tornar uma espiã assassina competente, embora eu adore o filme e muitos traços da personagem interpretada por ela.

Óbvio que é difícil que uma relação sobreviva quando um dos dois é um workaholic. Só que no cinema há muito mais personagens masculinos e bem sucedidos do que mulheres. E quando elas são as bem sucedidas, geralmente o cinema as ilustra como mal amadas, insensíveis e anormais. A clássica megera. Enquanto isso, existem vários personagens homens bem sucedidos profissionalmente e felizes na família. Eu poderia citar muitos exemplos aqui, mas prefiro indicar um ótimo post que a Lola escreveu sobre a imagem das mulheres no cinema, baseado num instituto fundado pela Geena Davis, de Thelma e Louise.

Para a representação das personagens, o elenco demonstrou uma química incrível. Fora que tinha pelo menos duas figuras que eu adoro e ainda por cima nos papéis principais. Amy Adams e Meryl Streep foram sensacionais. E é incrível a versatilidade da Meryl. Basta contrastar A Julia Child com a Miranda Priestley, de o Diabo Veste Prada. A mulher é uma camaleoa!

Foram três posts bem robustos para falar de Julie & Julia, e talvez até surjam outros no futuro. Mas por enquanto desejo que tenham gostado da minha trilogia póstica e se interessado pelo filme. Será que os outros posts sobre filmes do meu coração serão grandes assim?

Bon appetit!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Critica – Julie&Julia (parte 2)

Na semana passada comecei a contar porque amo o filme Julie & Julia. Agora, continuando.

De encher os olhos.


É um filme sobre comida. Eu sou uma pessoa que come muito (já to pegando até má fama na agência) e adoro cozinhar. Então filmes sobre culinária estão na minha lista dos prediletos. E se é sobre comida, então prepare-se para a fotografia, porque provavelmente é maravilhosa.

No caso de Julie e Julia, o cuidado da produção e a absoluta exigência da diretora Nora Ephron são evidentes. Tudo é colorido, real e apetitoso. Quase é possível sentir o cheiro do que é preparado e ficar com fome é inevitável. Até porque a diretora fez questão que a comida fosse ótima e os atores comessem de verdade durante as filmagens.

Em relação à parte gastronômica, só posso reclamar de algumas cenas nada vegetarianas, como o momento em que Julie vai preparar lagostas e as escalda vivas. Apesar de a cena ser cômica, é ruim imaginar o sofrimento dos bichinhos, e me incomoda o humor sádico de algumas cenas. Além disso, tem muita exibição de carne crua e carcaças de animais. Bem desagradável, mas é preciso entender que se trata da culinária francesa, então fica difícil ser de outro modo. Não gosto menos do filme por isso.

Além da quantidade de carne nas comidas, a quantidade absurda de gordura (quase tudo leva muita manteiga), também me surpreendeu. Como os franceses podem ser tão magros? Achei que tudo era no vapor e a base de vegetais, mas na verdade é manteiga e carne até a tampa. Isso é outra coisa: por ser baseado em livros de pessoas que realmente entendem de comida, tem muita informação interessante. A lição de "não aglomerar os cogumelos, senão eles não douram", me deixa com água na boca. Sou louca por cogumelos.

E tem coisas no filme que só quem ama comer e cozinhar compreende. O prazer de escolher ingredientes frescos, sentir o cheiro e observar suas cores, por exemplo. Claro que para uma pessoa não vegetariana esse prazer talvez não seja tão intenso, afinal eu geralmente compro vegetais, que são coloridos e cheirosos. #ironiafeelings

Em uma cena, Julia Child escreve para sua melhor amiga: “Creio que sou a única americana em Paris que acha mais divertido comprar comida do que vestidos”. Já Julie Powell gasta quase metade do próprio salário comprando ingredientes para uma das receitas. Há um momento em que ela pega um ramo de vegetais e cheira. Toda vez que vejo isso me dá vontade de sair e comprar uma porção de espinafre para um bom creme com batatas.

Potô e eu passamos pelo processo de compra de ingredientes sempre que resolvemos preparar alguma receita interessante. E é muito divertido fazer feira juntos, numa feira mesmo, com barracas e vendedores recitando preços. Já até fiz um pequeno ensaio fotográfico, porque, na minha opinião, não existem cores mais bonitas do que as de uma feira popular.

Além do prazer de comprar ingredientes, o filme também ilustra a sensação maravilhosa que é preparar um bom prato com carinho e compartilhar com quem se ama. Também ilustra como uma pessoa mais humana e menos fada do que Julia Child pode ficar enlouquecida caso algo queime ou desande.

E como Julie e Julia cozinharam muito e serviram os maridos, que adoravam toda a comida, talvez alguém ache que é um filme machista. Mas no próximo post direi porque considero Julie e Julia um filme feminista.

Bon appetit!

sábado, 2 de abril de 2011

Bebê do reggae

Postei por aqui os links de alguns bebês rockeiros. Mas quem disse que o reggae também não conquista as crianças?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Colar de borboleta da @ararapink


No meu novo trabalho me sobram colegas cheios de criatividade e estilo. Uma dessas pessoas é a fofa Carolys, uma estudante de publicidade VEGETARIANA (ponto p ela!!) que monta bijuterias bacanas e vende pela Internet através de seu Facebook. Ao conferir as peças me encantei por várias. Mas se encantar não é se apaixonar, né? Pois é, me apaixonei pelo colar com pingente de borboleta, que segundo ela fazia tempo que estava à venda e ninguém comprava. Tipo o Marley, saca? Cãozinho de liquidação. rs

Pois é, mas a razão pela qual me encantei meeesmo pelo colar é porque ele é idêntico ao da Alice, do livro Para sempre Alice, que eu já li umas 10 vezes. O colar é uma relíquia herdada pela personagem principal, deixado pela mãe dela. O livro a descreve de uma forma tão legal que eu sempre quis um similar. O colar é representado por uma borboleta na capa, já que o pingente é uma borboleta azul feita de resina.



Não é parecido? E quando gosto de uma obra ou me identifico com a personalidade de algum personagem quase sempre quero obter alguma peça de seu figurino, ou de alguma forma me inspiro com seu estilo. Até porque o trabalho dos figurinistas não é aleatório. Eles escolhem elementos que reflitam a personalidade das personagens que estão criando e é um trabalho que exige muita sensibilidade e pesquisa. Já até cheguei a fazer uma oficina sobre isso no ano passado, e gostaria muito de estudar mais a respeito do tema.

E quem estiver a fim de conhecer as coisas fofas da Carolys é só seguir @ararapink no Twitter e dar uma olhadinha lá pelo Facebook. #propagandadosamigos