quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Por que sou tão canceriana?


Apesar de me considerar uma pessoa laica, às vezes me irrita que meus conflitos interiores sejam assim tão do meu signo. Sério!


Extraído do site Astrologia Real


Horóscopo de hoje:

26 fevereiro 2009

"Ninguém é verdadeiramente obstáculo para você satisfazer suas fantasias. Acontece apenas que sua alma não conseguiu decidir se o resultado dessas vai ser positivo ou não e, enquanto pensa, precisa distância de tudo e de todos. "


Horóscopo de fevereiro:

Você pressente o perigo no ar, mas não sabe como traduzir esta sensação. Saiba que sua alma, sempre mais antenada do que o resto, recebe impressões do estado do mundo e, com certeza, o mundo não anda lá essas coisas. Por isso, apenas sinta o que sente, sem se dedicar a personalizar suas sensações, como se o perigo iminente fosse acontecer com você.

E evolução (acho que estou no mínimo ou no caminho, porque sou tãããão rancorosa!)

Frase Chave "Construo uma casa sólida e nela me desenvolvo"

Evolução Mínima Regidos pelas emoções e pela sensibilidade, se magoam muito facilmente. Atravessam diversas experiências emocionalmente dolorosas que, se bem aproveitadas, os conduzem a superar as fraquezas.

Avançando no Caminho Fortes o suficiente para superar as próprias fraquezas. Geram grande simpatia e magnetismo, conseguindo criar situações de grande brilho, das quais muitas pessoas são beneficiadas. Gostam de pensar que são úteis ao mundo.

Bastante Avançado Não perdem tempo com mágoas. Ao ser ofendidos aproveitam imediatamente a situação para finalizar esse ciclo de dores, tornando-se fortes e amorosos, perdoando as ofensas, e convertendo-se assim em pólos magnéticos de amor. (Ai, quem me dera!)

O que é essa intensidade?
Uma paixão que arde
que leva ao extremo
qualquer atitude
qualquer paixão
qualquer ódio, desamor ou mágoa!

Se bate a saudade,
cruzo milhas de impaciência!
Se dá uma agonia,
bato o pé, faço bico,
até que aquiete essa coisa que sei-lá-como o universo
insiste em fazer comigo!

Minhas desconstruções
são demolições!
Carandirus indo ao chão
Levantando poeira,
fazendo barulho!

Acelero processos
e volto atrás se achar que devo
Mas se for pra voltar
que seja logo!

E o foda é se a poeira me cega
E confundo encanto com paixão
tédio com desamor
ira com desistência!

Alguém me cure!
Se for TPM, enxaqueca, verme, não sei!
Porque ir de 0km a 300 de uma vez
é divertido mas cansa!

- O que cansa mesmo é desacelerar -

Ah! Alguém me cure!
Ou me adoeça de novo!
Mas não deixe que me convençam
Não me deixe acreditar
que o amor é outra construção social.

Porque esse Carandiru eu não quero derrubar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Radar gay, quem te inventou?

Uma das coisas que eu tinha a OBRIGAÇÃO de já ter escrito a respeito, é sobre a viagem que fiz recentemente a Belém do Pará, para o Fórum Social Mundial. Tanta coisa aconteceu, e isso poderia ter rendido pauta aos meus dois blogs, só que acabei relaxando.

Resolvi sair então do completo ócio e falar sobre algo que aconteceu e muito me chamou a atenção. Mas primeiro é preciso contextualizar todo o acontecido.

Em Belém, fiquei numa escola adaptada para uma articulação de feministas do Brasil inteiro. E aí é muito massa porque tu conhece gente de todos os lugares, sabe como é o contexto de cada estado, além de outras trocas culturais (toda vez peço para as meninas de Pernambuco fazerem turbante em mim).

Um dos segmentos/públicos/identidades/sujeitos é o das lésbicas e bissexuais que fazem parte do movimento feminista. E um dos debates pelo qual mais me interesso é o da diversidade sexual. Além disso, muitas das minhas amigas que fizeram parte da caravana de Fortaleza são lésbicas e militam no movimento LGBTT (lésbicas, gay, travestis e transexuais) e eu adoro demais as criaturas.

Talvez por conta da proximidade com as meninas, pelo meu modo de agir (que para algumas pessoas não é hetero - e agora alguém me explique como é o modo hetero de ser) e pelo fato de eu não chegar nos espaços "esclarecendo": "Oi meu nome é Sheryda, estou aqui mas/e sou hetero", algumas pessoas pensaram ou pensam que sou lésbica.
Uma pessoa chegou a me confundir com uma travesti ou transexual, porque de acordo com ela, eu teria um modo "espalhafatoso que é muito próprio das travestis e não de mulheres heterossexuais". Isso me fez rir muito e me deixou be-ge!
Esse tipo de dúvida nunca me incomodou, afinal, quem sou para tirar o benefício da dúvida das pessoas, né? O problema é que ouvi umas falas bastante agressivas, e me senti discriminada por conta da minha orientação não se enquadrar em comportamentos "próprios".
Não deixei de expressar esse desconforto, e isso foi massa porque gerou um debate sobre como o chamado radar gay pode delegar padrões assim como a sociedade heternormativa faz. As vezes copiamos nossos opressores sem querer.
Uma das meninas de Fortaleza, e que é lésbica, questionou também a retirada do "S" de Simpatizante da sigla, que antes era GLS (gays, lésbicas e simpatizantes). Quer dizer, quem sou eu? Uma hetero que frequenta debates e espaços LGBTT e de alguma forma apóia e milita na causa. Mereço uma letra? Não sei, não dá pra mudar o sujeito político do negócio, né?
Da mesma forma, quem são os homens que se interessam pelas discussões de gênero e adotam práticas igualitárias e feministas no dia-a-dia e nos demais espaços políticos? São feministas? Algumas acham que os homens podem ser feministas. Outras acham que não, porque no feminismo, as mulheres é quem são sujeito. Mas então, quem são eles? Polêmicas, polêmicas, adoro vocês...
Mas voltando ao acontecido
Esse tipo de comportamento era muito comum entre alguns antigos amigos/machistas/homens/homofóbicos que eu tinha. Para eles, qualquer debate contra a homofobia e lesbofobia era um sério motivo para ter sua heterossexualidade posta em dúvida. Como se o debate contra o preconceitos fosse uma responsabilidade somente da sociedade LGBTT e não de todos.

Para se ter uma idéia, em ocasião da Parada pela Diversidade de 2006, comprei uma camiseta amarela com um arco-íris na frente e dizeres anti homofóbicos nas costas. Isso gerou piadas e agressões verbais, porque de acordo com eles, eu tava dando a maior pinta. O mesmo quando escrevi um artigo para o jornal do bairro a respeito da homofobia.
Quer dizer, se você usar uma camiseta dizendo que as drogas matam, tipo, normal. Ninguém teme represálias a esse slogan. E ninguém vai te dizer também que você usa drogas até porque - de acordo com o slogan - se usasse já estaria morto. (Redução de danos! Redução de danos!)
Isso acontece porque a sociedade aprova a luta contra as drogas. A luta contra a discriminação sexual é apenas falsamente aceita e ainda por cima um pouco temida. O povo morre de medo de ter a heterosexualidade questionada, como se isso fosse uma enorme ofensa e imediatamente parasse seus batimentos cardíacos.

Agora, se eu me descobrisse lésbica (me ensinaram que você não vira nada, e sim se descobre) confesso que ficaria decepcionada. Talvez até me convencesse de que tem um comportamento x e y para cada orientação e que um ser humano hetero não pode se interessar tanto por discussões que teoricamente não são dele. Claro que estou brincando, afinal, não sou o modelo pro mundo todo nem a representação da verdade na Terra.
Mas por enquanto, vou continuar vivenciando minha orientação sexual da foma que a compreendo, sem ficar me preocupando se o diacho do radar gay realmente funciona ou não.

Tempos de crise... criativa!

Pobre bloguinho abandonado! Ultimamente não consigo escrever, e quando surge uma inspiração (o que já aconteceu várias vezes), não há PC com Internet, ou então um ambiente devidamente silencioso e apropriado para a criação... Enfim. Pessoa contaminada pelos vícios de Internet, mouses, teclados... Porque bem que eu podia escrever à mão e passar para o blog depois, né?