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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Lado A Lado B - Os desafios das bandas independentes

Este ano meu marido (que também é jornalista) e eu colocamos em prática um projeto antigo: montar um programa de rádio sobre rock.

O nome do nosso programa é Lado A Lado B, e é transmitido pela Rádio Costa Oeste FM 87,9, que é a rádio comunitária do Antônio Bezerra. É todo domingo, das 14h às 16h, e também pode ser ouvido através do site www.costaoestefm87.com.br.

Abaixo, uma matéria que fiz para o programa:


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tudo o que você precisa é de amor


(Clique para ampliar)

O vídeo que complementa o texto.



Dia Mundial do Rock

The Who.

The Doors.

Rita Lee.

Beatles (e Muhamad Ali).

Janis.

Freddie.

The Runaways.

Secos e Molhados.

Algumas fotos via Gavetta e Diâmetro da Pupila.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Encontro

Ao matar um pouco da vontade de ouvir Legião Urbana, esbarrei em algo que me deixou maravilhada. Pena que eu era tão jovem quando a Legião estava na ativa, e não pude aproveitar a presença do Renato Russo por aqui. E também é incrível saber que um ele cantou com outra pessoa que adoro muito: a Adriana Calcanhoto.

Mas se é melancólico pensar na pouca idade que tinha quando Renato se foi, é bom saber que faço parte de uma geração que tem mais acesso a raridades.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

25 anos: sonhos, sangue e América do Sul

Meu aniversário foi no dia 28 de junho e eu nem escrevi nada a respeito. Na verdade, não tenho escrito muitas coisas de cunho pessoal ultimamente, apenas textos relacionados ao meu trabalho. É que mais uma vez a tecnologia não está a meu favor: meu computador não liga há bastante tempo, então no pouco tempo que tenho livre falta tecnologia. “Mas por que você não escreve à mão e depois publica?”, você há de perguntar. Sei lá. Essa é a minha resposta.

Mas voltando ao assunto do meu aniversário, há duas razões pelas quais fico muito contente por ter nascido no dia 28 de junho.

A primeira é porque coincide com o aniversário de um dos maiores poetas muito loucos do Brasil: Raul Seixas, o Raulzito. Um célebre canceriano.

A segunda razão é porque há 42 anos, em Nova Iorque, um grupo de LGBTT cansou dos abusos da polícia e resolveu revidar. O cenário foi o bar Stonewall, muito freqüentado pela galera do arco íris, e onde a polícia costumava ir para espancar e extorquir os freqüentadores.
No dia 28 de junho de 1969, mesmo dia em que uma musa da população LGBTT Judy Garland (Doroth, de o Mágico de Oz) morreu, o grupo que estava no bar não aceitou as agressões costumeiras da polícia. Os guardas foram expulsos do local sob uma chuva de pedras, garrafas e até moedas e os freqüentadores montaram uma barricada na rua por dias.

Dentre a resistência haviam também mulheres lésbicas e bissexuais, embora algumas insistam em até hoje não visibilizar as fêmeas dentro desse movimento. Tsc, tsc.

O episódio de 28 de junho de 1969 é conhecido como o Levante Stonewall, e é tido como um dos primeiros movimentos de resistência política do movimento LGBTT. Após o levante começaram as paradas pelo orgulho gay nos Estados Unidos. Algumas décadas depois, as paradas já acontecem em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

E euzinha aqui acabo nascendo em outro 28 de junho, só que em 1986. Nem sabia que essa data significava tanto para a galera do arco-íris, nem para a galera do rock. Mas a paixão pela música e principalmente, a aversão à intolerância sempre estiveram de alguma forma presentes em minha personalidade. Só descobri que o 28 de junho era o dia do Orgulho Gay, ou dia da Consciência Homossexual, que hoje é chamada de Dia Mundial de Luta pela Diversidade, quando eu tinha por volta 15 anos, mais ou menos na época da primeira Parada aqui no Ceará.

Apesar de já ter passado meu niver, ainda aceito presentes atrasados: que tal um mundo mais tolerante? Que tal mais respeito com o que é que diferente? Taí um presentão que eu faria questão de dividir.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sher no Blog do Abraço

Já há alguns meses comecei a trabalhar na Advance, uma agência de Publicidade aqui de Fortaleza. Atuo como Web Writter, produzindo conteúdos diversos para a Internet. Hoje, por exemplo, tem post meu no Blog do Abraço, das Farmácias Pague Menos.


(clique para ampliar)


Confira o mesmo texto no Blog do Abraço.








sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vai, Ayrton!

Eu já assisti a esse vídeo uma dezena de vezes, mas sempre me arrepio toda e sinto vontade de chorar. Triste domingo, aquele de 1994...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Parabéns a vc!



Hoje é aniversário do meu amiguinho @livito, um cara gente fina que trabalha comigo e só me passa som legal. E quem melhor para homenageá-lo do que os Ramones, né?

Felicidades, little boy!


sábado, 2 de abril de 2011

Bebê do reggae

Postei por aqui os links de alguns bebês rockeiros. Mas quem disse que o reggae também não conquista as crianças?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Bebês fofos e o rock

Quem disse que não dá para associar Rock and Roll com fofura?






Aí já trazem na veia! `:P

quarta-feira, 23 de março de 2011

Luiz Caldas canta Heavy Metal

Não, não é brincadeira. O Luiz Caldas, aquele do Tieta do Agreste, de tantos atrás agora toca Heavy Metal. Pelo que li, a notícia não é assim tão nova, mas fiquei sabendo disso ontem, quando meu coleguinha de trabalho e troca de figurinhas musicais, o Gandra me contou a notícia e me passou o link para uma música. Mesmo depois de ouvir fiquei sem acreditar, porque confesso que não curti o som do cara. A voz, exageradamente grossa, parece a versão grave do Massacration. Ficou caricatural, engraçado mesmo. Sem falar no visual do cara, uma vibe meio Bentinho, o vampiro brasileiro + Prince. Tudo muito exagerado. O instrumental está bom. Distorções e solos de guitarra bacanas, do jeito que a gente gosta.

Encontrei uma entrevista dele a respeito desse trabalho. A entrevista é tão calma, tão zen, que nem parece que o povo está falando de Heavy Metal. Nela, Luiz Caldas toma para si o mérito por ter criado o axé music e destaca que não pretende abandonar o gênero, pelo contrário. Quer somar ritmos à própria carreira.


E abaixo, confira o som e o look do mais novo metaleiro na cena brasileira. Aprovado?



segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma loba sob medida que ama Rock and Roll

Há dias estou louca para assistir The Runaways de novo. Enquanto não consigo o DVD, vou curtindo o som de mulheres empoderadíssimas, me aproveitando dessa maravilha que é o You Tube. Mas não é o vídeo de The Runaways tocando Cherrie Bomb no Japão em 1977 que postarei hoje. Porque curtir o som das garotas esta tarde me fez dar um passeio por outras mulheres que falam do amor e do sexo. Só que brasileiras.

"Trata-se da libido feminina", como diria o empresário maluco que orientou/ajudou/manipulou/se aproveitou de Joan Jett e cia nos anos 70. São músicas que adoro, pois brincam de maneira deliciosa com o desejo feminino e uma (falsa?) submissão aos seus parceiros. Sem falar numa dose grande de sensualidade, de vulgaridade, bem ao estilo mulher de cabaré. Aliás, este blog anda nada pudico ultimamente, não acham?

Músicas que me deixam molinha e cheia de imaginação. O boy que se prepare. Hoje estou indo pra lá. ;)

Boa lua cheia para todos.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Aos gatos, com carinho


Logo após o carnaval comecei a trabalhar numa agência de publicidade. É uma área nova para mim e com certeza vai me render bons frutos, na minha carreira na área da comunicação. O primeiro deles, creio que serão amizades novas porque é um povo interessante demais. Galera modernoza, simpática e antenada demais em boa música.


Uma das pessoas legais que conheci foi Daniel Gandra, ou “Gandrácula” para os iChatíntimos. Descobri que a figura é do time dos amantes de animais, super simpatizante do vegetarianismo. Trocando idéias com ele sobre bichinhos, e também dando uma passeada pelo blog do rapaz, deu saudade da minha gatinha em casa. Então lembrei de algumas músicas que o Ferreira Gullar fez com a Adriana Calcanhoto falando exclusivamente de... gatos!


Bom fim de semana. :)





Links para o YouTube (queria incorporar, mas a Adriana Calcanhoto não deixa)


Gato pensa: http://bit.ly/gmUwlO


O gato e a pulga: http://bit.ly/eYoAJv


Ron ron do gatinho: http://bit.ly/9jGvfF


O dono do pedaço: http://bit.ly/cQs18i


terça-feira, 15 de março de 2011

Crítica de filme e de público - Bruna Surfistinha

Uau! Que post enorme!


Há alguns dias comentei por aqui que assisti ao filme “Bruna Surfistinha” e gostei. Pois bem, dias depois do ocorrido, tentarei lembrar porque gostei tanto do filme apesar de tê-lo visto numa sessão terrivelmente barulhenta.


Em primeiro lugar, o filme me interessou por ser baseado num blog que virou livro. Não que existam reais pretensões em ver este bloguinho em prateleiras da Saraiva. É que me fascina a idéia de que pessoas comuns, dos mais variados tipos tenham idéias incríveis e escrevam bem ao ponto de serem publicadas. Acho isso muito legal, ainda mais no contexto brasileiro, que tem uma média de leitura tão baixa.


Em segundo lugar, o filme fala da trajetória de Rachel Pacheco, que aos 16 anos resolveu se tornar garota de programa. Outro tema que me interessa: prostituição.


Lembro da época em que o livro de Rachel, chamado “O doce veneno do escorpião” se tornou muito popular, justamente por ser polêmico. Eu nunca o li, numa tendência um tanto preconceituosa de recusar quase tudo que fosse pop e aparentemente instantâneo (pois é, mudei um pouco e hoje em dia leio até biografia da Lady Gaga. Brincadeira.) Outra razão para me afastar foi o filme pornô de Bruna Surfistinha, que foi lançado na época. Mas ainda tenho curiosidade em ler “O doce veneno…”, e vou esperar até que a onda do filme passe um pouco. O livro deve estar caro no momento.


Mas vamos ao filme. Roteiro muito bem amarrado, fotografia bacana, trilha sonora muito boa. Prostituta viciada em cocaína, abandonada pelos amigos, com saudade da família, triste e na chuva? Toca Radiohead!


Outra coisa: a versatilidade da Deborah Secco. Não em relação à atuação, que eu acho que ela sempre interpreta a mesma coisa, mas à idade. Tantos anos depois e ela ainda consegue parecer a molequinha de Confissões de Adolescente (saudade!) numa cena e virar um mulherão em outra. Há momentos em que ela está numa sala de aula com outros adolescentes e realmente consegue se misturar. Lembra do Murilo Benício interpretando seu clone adolescente? Não era daquele jeito.


Já as cenas de sexo ficaram muito bonitas. Elas são vulgares e divertidas (algumas), mas ao mesmo tempo não são pornográficas, entende? É que é a história de uma prostituta que trabalha num “privê” barato, com clientes dos mais variados tipos e taras. Tinha que ter uma crueza. Mas foram feitas com inteligência e bom gosto, sem parecer tanto com pornochanchada. Mesmo a cena em que Bruna realiza a fantasia de um cliente e urina sobre ele foi feita de forma inteligente e interessante. Talvez aí eu deva um elogio à atuação de Deborah, que parece ter pesquisado muito e dado a devida importância e respeito ao papel.


E mesmo não sendo pornográficas, as cenas ainda causam gritos de euforia nos taradinhos de plantão, e olha que nem todas as cenas de sexo são passíveis de riso. Algumas são violentas, constrangedoras. Alguns colegas de sessão chegavam a “torcer”em algumas partes. Só não me pergunte pra quem torciam. Mesmo em cenas que não eram de sexo, mas eram bastante dramáticas houve que risse e gritasse. Haja paciência.


O primeiro programa que Bruna faz é sofrido, doloroso. Ela só não chora para provar a si mesma que não é criança e que não voltará correndo pra casa. Mas me deu vontade de chorar. Deu nojo também. E me deu muita vontade de sair gritando dentro do cinema com todos aqueles idiotas que faziam piadinhas.


Por que o sofrimento de Rachel Pacheco merece ser banalizado? Talvez porque ela não tenha se tornado Bruna Surfistinha por razões financeiras. Rachel foi adotada por uma família de classe média alta e vivia em condições mais que razoáveis. Estudava em bom colégio e era amada pelos pais adotivos. O que mais uma menina sem família poderia sonhar?


Porém, de acordo com o filme, Rachel se sentia feia, perdida e sem identidade. Sofria bullying na escola e era humilhada pelo irmão mais velho. Uma característica: amava ler e escrever.


Um dia, é seduzida por um colega de classe e quase transa com ele. O garoto fotografa esse “quase“e publica no orkut, gabando-se. No dia seguinte a menina é perseguida na escola, como se a violência do colega já não fosse suficientemente ultrajante.


O episódio cai como uma cereja no bolo. Sentindo-se sozinha e rejeitada, apesar do carinho dos pais, Rachel arruma a mochila e vai se tornar garota de programa, numa tentativa de provar a si mesma que pode ser bonita e dona de si. E aí vale a reflexão sobre a posse de nosso corpo. Até que ponto Bruna Surfistinha é dona de si, e até que ponto não? Mulheres, reflitam!


Mas o contexto de Rachel Pacheco na adolescência pode parecer bobagem aos olhos de alguns. Quer dizer, não merece sensibilidade de ninguém, tem mais é que sofrer mesmo? O que justifica o riso diante de um “quase-estupro”?


Só porque foi fotografada fazendo sexo oral, sem permissão e colocaram foto na Internet vai virar puta? Estupra! Estupra!


Saiu de casa para uma faculdade de respeito usando um vestido curto demais? Estupra! Estupra!


Virou travesti e agora está com medo de pegar HIV? Estupra! Estupra!


Falando sério, para entender essa mentalidade talvez fosse preciso assistir ao filme de novo, bem escondidinha e com total silêncio. Ler o livro, conversar com a própria Rachel, com os doentes e gritadores, com sociólogos, fazer terapia, teses de mestrado, doutorado, pilates...



sexta-feira, 11 de março de 2011

E depois de descer a serra...


Ainda de ressaca de carnaval. Mas não ressaca de bebida e sim de sono. Mas não de sono demais, e sim de sono de menos. Meu carnaval foi acampando numa serra gelaaaaada aqui do Ceará, na cidade de Guaramiranga. O lugar já virou referência para quem não é de folia e quer passar longe do odioso “foge foge Mulher Maravilha”. Durante os quatro dias, Guará sedia o Festival de Jazz e Blues, e muita gente vai para lá acampar e curtir um som mais alternativo e black.


Fui pela primeira vez, e como acampante de primeira viagem percebi que sou um desastre total. Não que eu fosse a rainha das frescuras ou morresse de medo de sapos (na verdade acho eles nhindos), mas é que armar barraca no escuro, morrendo de frio e com ameça latente de chuva é dose. E quando a ameça se cumpriu e fomos contemplados por vários torós, nosso camping se tornou uma mar de lama. #trágico


Fora que o fuso horário de Guaramiranga no carnaval é bem diferente. Gente chegando no meio da madrugada, rindo o tempo todo, acordando todo mundo. Além do excesso de frio e calor na barraca. Enquanto à noite ficávamos batendo os dentes, era só um pouco de sol surgir para que a barraca virasse um forninho. Então era (tentar) dormir às 2 da manhã e levantar no máximo às 8.


E apesar de alguns estresses em off e de não ter ouvido tanto jazz e blues como achei que ia acontecer, curti bastante. Muita gente legal, além de um bar incrível com a melhor trilha sonora do planeta: o Odilon. Se você quer conhecer uma taberna contemporânea meio metal-punk-hippie-underground, vá ao Odilon no Carnaval. O bar que nunca fecha. Cheguei a virar uma noite por lá e fiquei passada ao ver o povo varrendo e organizando tudo às 6 horas da manhã, sem parar nem para fechar. E no DVD rolando Beatles, AC/DC, Metallica, Bob Marley, The Cure, Tim Maia, Cazuza, Belchior… Bom demais! Ah, e se sobrar coragem, experimente a Odilombra, a cachaça caseira. Fiquei tonta só com o cheiro.


Na próxima vez, quero fazer ecoturismo. Falaram muito das trilhas e das cachoeiras mas minha galera era sedentária demais então boa parte do tempo foi passear pela cidade e curtir os novos amigos.

Fotinhas depois, I promise.


terça-feira, 1 de março de 2011

Contra risonhos e gritadores


Não sou muito fã de lan houses. Quer dizer, a que tem perto da minha casa até que é bem tranqüila, e seu dono é gentil ao ponto de me devolver meu pen drive nas milhares de vezes em que o deixei conectado a uma das máquinas. Mas a que tem perto da casa do meu namorado, é um inferno. Sempre tem crianças ou adultos que vêm jogar Ragnarok e ficam gritando entre si. Ou adolescentes que vêm em grupo olhar as “fotinhas no orkut” e riem alto, fofocam e gritam bem ao meu lado. E como a Internet cai o tempo todo, não dá para ouvir Rádio Uol ou outro site de músicas. O que me sobra? Ouvir as amostras do Windows Media Player no último volume. As únicas duas amostras.

Quero escrever a crítica do filme Bruna Surfistinha, que assisti com o namorado ontem, mas aqui é completamente sem condições. Fica para depois.

Adianto que gostei muito do filme. Mas deixe para assistir daqui há algumas semanas, quando as salas deverão estar menos lotadas de figuras que gritam e riem alto durante cenas horríveis de quase-estupro. Vontade de jogar 1 litro de refrigerante na cabeça daqueles punheteiros doentes e sem noção. Como alguém ainda pode rir de certas coisas?

Sim, estou de mau humor. Mas ouvindo as mesmas duas músicas há 40min, quem não estaria?

domingo, 17 de outubro de 2010

No Ceará Music tem pipoca

Nunca tinha ido ao Ceará Music antes porque não faz meu tipo de programa e também por falta
de grana mesmo. Só que este ano a notícia de que a banda Los Hermanos tocaria me levou ao festival. Afinal, depois de anos perdendo shows do grupo aqui em Fortaleza com o pensamento acomodado de que “ano que vem eu vou”, fiquei órfã com o fim da banda. E aí foram pelo menos três apresentações do Retrato Ventura, grupo aqui da terrinha que faz um cover perfeito dos barbudos, com direito até a coro dos fãs.

Pois bem. Foi só a notícia da vinda do grupo movimentar o Twitter que eu comecei a me preparar para ir com o namorado. Afinal, Los Hermanos integra uma boa parte da nossa história juntos e não tinha como perder. Daí compramos nossos ingressos para a pista logo no primeiro dia de vendas dos individuais. Nem consideramos a idéia de comprar os ingressos para o Camarote Front Stage Burn porque além de o valor estar fora de nosso alcance, a intenção era ficar mesmo perto do povão, naquele calor de quem canta o “lá-lá-lá” de “Retrato para Iaiá”. E claro, tentar ficar o mais perto possível do palco, como dois bons fãs lisos, porém fiéis. Peraí! Perto do palco? Comprando o ingresso para a pista? Na-nã-ni-na-não, baby!

Pois é, um detalhe do qual não fazíamos idéia: os ingressos para a pista davam direito a ficar perto do palco até um limite de uns bons metros, onde começava uma cerquinha que nos deixava a uma distância enorme dos Hermanos. Sei lá, bota aí a área de umas duas ou três Praças Verdes do Dragão. Os ingressos mais caros é que davam direito aos mais abastados de ficar pertinho do palco, com mais conforto e muito mais oxigênio.

Eu nunca tinha ouvido falar nisso, e ao que me parece tal sistema não era usado no Ceará Music, pelo menos foi o que me disseram freqüentadores de outros anos. Então aquele antigo sistema onde o amor pela banda move os fãs entre cotoveladas, empurrões e “dá licença, por favor” até pertinho do palco para ver os ídolos de perto, talvez até ganhar um sorriso ou um aperto de mão, caiu por terra. Para ficar perto do palco bastava disponibilizar umas duas centenas de reais, e que ódio pensar que ali tinha gente que achava que Los Hermanos só tem Ana Julia no repertório! Me lembrou os tempos em que um cordão de isolamento separava quem tinha dinheiro para comprar um abadá do Fortal de quem ficava pulando na saudosa e sofrida "Pipoca" da avenida Beira Mar.

Espremidos próximos à grade e tentando respirar, curtimos a apresentação o melhor que pudemos. O show foi ótimo, embora eu tenha sentido muita falta de “Conversas de Botas Batidas” e tenha achado a despedida do grupo um tanto fria. Não me acostumo
com esse negócio de não ter bis. Deu pra ver a dancinha do Amarante de looonge, pequenininha e boa parte através do telão. E foi impressão minha ou ele soltou aquela nossa vaia cearense?

Foi legal estar num show da banda, e mesmo com a claustrofobia,
deu para beijar muito e dançar abraçadinho com o fã chorão que eu tanto amo e isso é bom que só. As outras apresentações que queríamos ter visto perdemos enquanto enfrentávamos um sacrifício enorme e ridículo para comprar uma água caríssima ou conseguir comer alguma coisa. Depois de tudo fiquei com a sensação de que o show foi mais caro e cansativo que divertido, sabe? E por mais que eu ame os Hermanos ou qualquer outra banda, se é para fazer mini-turnês, que sejam shows próprios e sem Front Stages. Ou sem estacionamentos caríssimos como foi noticiado sobre o SWU. Porque francamente, além de amor eu também tenho senso crítico e vergonha na cara.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mulher de estrada com flor no cabelo



Fiz esta arte inspirada numa propaganda, onde a imagem não tinha preenchimento, só com as cores de fundo compondo o colorido.

Feito ao som de Cordel do Fogo Encantado, Nação Zumbi e Alceu Valença. Ô vontade de dançar e entrar num transe de batuques!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lady Gaga vetorizada



Brincando no Corel Draw fiz este desenho baseado na foto da Lady Gaga, que eu curto que só. O Potô já disse um monte de vezes que não gosta do jeito que o nariz ficou, mas o nariz dela é meio fora dos padrões mesmo, dá pra ver que foi tentado disfarçar com maquiagem (e talvez Photoshop).
O maior desafio pra mim é trabalhar com luz e sombra porque as bordas das cores acabam ficando muito evidentes e se a diferença de tons for pequena demais não dá nem pra notar nada. Acho que não consegui trabalhar bem a sombra, por isso o desenho ficou meio "bochechudo".