Neste momento
Algo em mim grita
Uma energia, uma fera
Que mal me cabe
Insistindo no capricho de se libertar.
Ela é laranja e marrom
E tem longos cabelos cor de fogo
E olhos em brasa. Amarelos.
Trata-se de uma fera doce.
Não é má, nem mal-intencionada.
Ela apenas não se conforma
Nem compreende
Porque precisa ser privada
Do que é seu de direito: a liberdade.
Minha fera tem algo de fada
Com asas finas e delicadas
Transparentes e azuis.
Uma fera amável e furiosa,
Com longas mãos cujas pontas dos dedos
São afiadas e espinhosas
Como pontas de faca mortais.
Mas minha fera não quer causar dor.
E como ela teme machucar!
Me promete que se eu a soltá-la
Vai se comportar bem – seja lá o que isso signifique –
E tocará nas coisas com delicadeza.
Porque minha fera não quer sangue.
Ela só quer vento, flor, brilho e sorriso.
E eu, que sou sua carceireira,
Clamo por libertá-la.
Mas não o faço.
Mantenho minha fada em seu cativeiro
Que é meu coração.
A mim pertence a chave, sou eu quem a tenho,
E (ah!) como quero dar a ela a chance de alçar vôo!
Mas se não o faço
Não é à toa.
É porque dentro do coração do meu outro
Também vive uma fada.
Só que ela acredita (e ele também)
Que quando surge o amor
As fadas-feras precisam ser trancadas.
Porque feras livres matam o amor.
Eu e minha fera-fada não acreditamos nisso.
Para nós, o amor não vive porque está atado.
Ele vive porque vive, e para viver
Não se alimenta
De corrente nem de cadeado.
Ele vive dos sorrisos, da alegria.
De todo o brilho e felicidade
Que exala de cada riso e alegria que se realiza.
Ele respira o cheiro bom de carinho, de respeito e de ternura.
Meu amor não come esse negócio que chamam de “exclusividade”
Embora queira comer ciúme de vez em quando.
Mas ele sabe que ciúme nem é tão bom assim e ainda por cima dá cárie.
Minha fera gosta de jambo e de jambo tem o gosto.
Libertar minha fada,
Seria algo assim como matar a fada do meu bem.
Eu sei que é estranho, pois minha fada não é má
E tão pouco a dele.
Só que a fada dele acredita
Que só sobrevive se ambas
Estiverem presas.
Se eu soltar a minha
É como se machucasse a dele, como se a matasse.
E fadas não devem morrer.
E eu, mesmo sabendo
Que não pertenço a ele e também não o possuo,
Tenho tanto medo de não ser mais dele
E de que ele não queira mais meu...
E é por isso que minha fera-fada laranja e marrom está presa.
Até que (quem sabe um dia)
A fada dele perca o medo de voar.
E note que voando o amor não vai embora.
Minha fera continuará presa
Com seus cabelos em chamas
E seus doces olhos amarelo-brasa.
Ela não ficará calada, acredite.
Continuará gritando, arranhando grades e me implorando por um bater de asas.
E eu (por mais que não a liberte)
Estarei sempre a ouvi-la
Pois jamais hei de negar sua existência.
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
Chances a quem as merecem
Tentar e tentar
Até quando as dúvidas
Não destruirem completamente
Qualquer réstia de esperança e de felicidade
24 horas de dor e tristeza
Mas hoje as lágrimas cessaram
E a expectativa é de tranquilidade e recomeço
Arrependimento jamais:
Quando se acredita,
tentar nunca é desperdício.
Até quando as dúvidas
Não destruirem completamente
Qualquer réstia de esperança e de felicidade
24 horas de dor e tristeza
Mas hoje as lágrimas cessaram
E a expectativa é de tranquilidade e recomeço
Arrependimento jamais:
Quando se acredita,
tentar nunca é desperdício.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Coexistência
Não sei se é definitivo
Nem sei bem o que quero agora
Mas sei que hoje não tem boa-noite
E isso dói tanto...
Nem sei bem o que quero agora
Mas sei que hoje não tem boa-noite
E isso dói tanto...
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
O que é essa intensidade?
Uma paixão que arde
que leva ao extremo
qualquer atitude
qualquer paixão
qualquer ódio, desamor ou mágoa!
Se bate a saudade,
cruzo milhas de impaciência!
Se dá uma agonia,
bato o pé, faço bico,
até que aquiete essa coisa que sei-lá-como o universo
insiste em fazer comigo!
Minhas desconstruções
são demolições!
Carandirus indo ao chão
Levantando poeira,
fazendo barulho!
Acelero processos
e volto atrás se achar que devo
Mas se for pra voltar
que seja logo!
E o foda é se a poeira me cega
E confundo encanto com paixão
tédio com desamor
ira com desistência!
Alguém me cure!
Se for TPM, enxaqueca, verme, não sei!
Porque ir de 0km a 300 de uma vez
é divertido mas cansa!
- O que cansa mesmo é desacelerar -
Ah! Alguém me cure!
Ou me adoeça de novo!
Mas não deixe que me convençam
Não me deixe acreditar
que o amor é outra construção social.
Porque esse Carandiru eu não quero derrubar.
Uma paixão que arde
que leva ao extremo
qualquer atitude
qualquer paixão
qualquer ódio, desamor ou mágoa!
Se bate a saudade,
cruzo milhas de impaciência!
Se dá uma agonia,
bato o pé, faço bico,
até que aquiete essa coisa que sei-lá-como o universo
insiste em fazer comigo!
Minhas desconstruções
são demolições!
Carandirus indo ao chão
Levantando poeira,
fazendo barulho!
Acelero processos
e volto atrás se achar que devo
Mas se for pra voltar
que seja logo!
E o foda é se a poeira me cega
E confundo encanto com paixão
tédio com desamor
ira com desistência!
Alguém me cure!
Se for TPM, enxaqueca, verme, não sei!
Porque ir de 0km a 300 de uma vez
é divertido mas cansa!
- O que cansa mesmo é desacelerar -
Ah! Alguém me cure!
Ou me adoeça de novo!
Mas não deixe que me convençam
Não me deixe acreditar
que o amor é outra construção social.
Porque esse Carandiru eu não quero derrubar.
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