quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Que venha 2010!!


E as minhas resoluções para o ano que vem são:


*Desenhar mais coisas além de bailarinas
*Não deixar o blog às moscas
*Me formar



Que 2010 seja tudo de bom! :) Um xêro!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fim de semana de alegrias e tristezas

Eu estava muito otimista em relação ao jogo de ontem do Mengo contra o Grêmio no Maracanã. Tanto que até já pensava em como comemoraria a vitória rubro-negra aqui no blog. Mas logo no sábado pela manhã, ao chegar em casa após uma cobertura na Faculdade, uma notícia deixou o fim de semana mais triste.
A jornalista Kersia Porto, 29 anos, assessora de imprensa do Comando da Polícia Militar aqui em Fortaleza e também jornalista da TV Assembléia, foi a 117ª mulher assassinada no Ceará. De acordo com notícias publicadas na imprensa, a informação é de que seu marido, o sargento da Polícia Militar Francisco Antônio de Lima Amorim, 33, efetuou vários disparos contra a jornalista, dando um tiro na própria boca em seguida. Eles eram casados há cerca de um ano e de acordo com algumas notícias que li, amigos do casal afirmaram que ele era bastante ciumento. Já alguns amigos do sargento afirmaram que ele era bastante tranquilo e nunca notaram reações violentas por parte dele.
Não conhecia a jornalista, mas cheguei a conversar com ela algumas vezes durante o estágio na TV Fortaleza este ano. Lembro de ter feito algumas pautas sobre a PM e por isso falei com a assessora. E é interessante como sua morte deixa uma tristeza diferente, acho que por ser colega de profissão. E mulher, é claro. Esses pontos em comum fazem com que haja uma identificação, tipo de se sentir mais próximo.
E o pior é que Kersia não foi a única neste fim de semana. De acordo com o jornal O Povo, em 2009 pelo menos 124 mulheres foram assassinadas no Ceará. Muitas delas foram vítimas do chamado "crime passional", ou seja, motivado por ciúmes, machismo e outras doenças alimentadas por esta sociedade do patriarcado.
Quer dizer, as mulheres morrem porque seus companheiros (e raras vezes companheiras) acham que a mulher não tem direito a sair, se relacionar com outras pessoas, etc. Motivos banais e fruto de uma cultura que associa amor à posse. E ainda tem gente que acha que dá para brincar com isso.
Quanto ao Flamengo ser campeão brasileiro eu realmente estou muito feliz, apesar de toda a violência entre torcidas e entre flamenguistas que embaçaram a festa do futebol. O Flamengo conquista o título pela 6ª vez após 17 anos e realmente é motivo para muita comemoração rubro-negra. Eu mesma acompanhei a vitória vibrando com o namorado e espero que seja apenas o 1º de muitos títulos que presenciaremos juntos.
Quanto ao contraste entre as notícias deste fim de semana, como mulher e flamenguista, meu placar fica assim: 124 pontos para a tristeza e revolta, 6 para a alegria.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Alarme feminista apita no CQC

E aí que eu finalmente consegui assistir ao CQC todo na semana passada. Pois é, acredita que eu nunca lembrava o dia ou não conseguia ficar acordada para ver? Acho que o horário de verão ajudou um pouco nesse ponto. E a galera comentava na aula as coisas do programa e eu lá boiando.

Ri muito na maior parte do programa, principalmente quando eles conversaram com os políticos. Tinha cada figura dizendo cada idiotice... Já em outros momentos, senti que algumas críticas ao governo eram bastante preconceituosas, e feitas de uma forma assim só para chamar audiência. Sem querer defender o governo atual, só para deixar claro.

Gostei da matéria sobre a propaganda do governo que tinha na prova do Enade que eu boicotei este ano. Eu até cheguei a ver a questão, pois li algumas antes de marcar tudo A, mas confesso que nem me liguei nas más-intenções da perguntinha.

E enfim, estava lá eu curtindo o programa quando meu alarme feminista apitou várias vezes (se bem que é impossível alarme feminista não gritar em programa de humor). Em vários momentos o trio fez piadinhas com a Geisy (a menina do mini vestido), por exemplo, e no sentido de tirar onda com ela, não com o povo que a hostilizou.

Se bem, que a esta altura do campeonato em que a figura de vestido pink já virou celebridade instantânea, talvez eles estivessem ironizando o fato de ela aparecer no Casseta e Planeta, etc. Enfim, de ter virado produto da mídia.

Mas o Top Five sim, esse me chamou a atenção. Hoje quando peguei o link no You Tube tava muito lento para carregar. Se isso também acontecer com alguém, peço só que assista ao menos aos dois primeiros vídeos para compreender porque coloquei o link no blog. O último também me chamou um pouco a atenção, caso tenha interesse.





Sobre o primeiro: Achei muito legal a forma aberta com a qual as duas conversam sobre sexo. Até procurei o programa da MTV na Internet mas não encontrei nada. O que estranhei foi o escândalo todo dos apresentadores. Quer dizer, achei engraçado o acontecimento que a moça conta, mas senti um conservadorismo enorme por parte deles. Mas mulher falando abertamente sobre sexo geralmente dá nisso, né? Agora, o comentário do Rafael Bastos foi suuuper ridículo. Ele diz: "Imagina o pai delas assistindo isso!". Vamo combinar, vai. O c* é dela ou do pai dela? Tenha dó.

Sobre o segundo: Que noooojo!!! Se eu já não gostava do Datena, agora então! E isso me lembrou colegas cinegrafistas e diretores/produtores que acham massa dar close na bunda das mulheres. Não agüento mais ver a imagem da mulher sendo tratada assim pela mídia. Sério. Quando homem dá entrevista muitas vezes ele não está com a parte de baixo da roupa tão elegante, mas ninguém fica querendo fazer a filmagem da figura de cima a baixo. O que essas criaturas (do Datena) fizeram foi tratar mesmo a moça como um nada, e ela estava lá justamente para se afirmar enquanto mulher que gosta de esporte e não quer ser vista assim. E aí eu gostei da atitude dos CQCs, pois para mim eles ironizaram bastante.

Sobre o último: Tem a Hebe, que eu não gosto. Tem a Fernanda Young, que eu não conheço. E tem o Zeca Pagodinho, de quem eu não sou fã, mas até gosto de algumas músicas. Mas eu fiquei com o pé atrás mesmo foi com os comentários do Rafael Bastos (de novo), falando da Young. Mas sei lá, ela também falou que homem nu é feio, né? Sei lá, fiquei sem conclusão. Apenas incomodada.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Post temático: Casamento



O tema desta semana foi casamento e eu fiquei muuuito feliz com isso. Tá bem, eu sei que estas palavras não foram exatamente feministas... rs! Mas a real é que a coisa do casamento tem me feito pensar muito ultimamente e sonhar também. Porque isso é uma coisa que eu e Potô queremos realizar e estamos só aguardando o belo dia em receberemos o piso salarial dos jornalistas, que apesar de não ser enorme corresponde a uma renda considerável para nós dois.

Mas por que eu fiz a piadinha sobre não ser muito feminista logo no início? Porque o casamento foi historicamente construído para aprisionar as mulheres e subjugá-las aos homens. Além disso é imposto para nós como um objetivo de vida desde o início. Sempre nos é colocado como o destino desejado e sempre fomos treinadas para formarmos uma família (hétero) e cumprir nossos sagrados deveres de esposa e mãe. Daí a razão de os brinquedos de menina serem bonecas e utensílios de cozinha, percebe? Apesar de para quem tem uma discussão mínima sobre relações de gênero isso ser óbvio, para a maioria das mulheres não é, principalmente para as crianças que têm esses valores cultivados desde muito cedo.

E hoje eu paro pra pensar na maneira como a minha família age e agia pelo fato de eu ser atrapalhada na cozinha. Eles dizem que meu marido é quem fará as coisas PARA MIM (só eu como e uso roupa limpa?), que minha casa será suja, que a gente só vai comer miojo, etc. Isso porque se a mulher não se enquadra nesse padrão ela é considerada anormal. Sem falar em como as obrigações domésticas são ditadas para as mulheres através de expressões como: "ele te AJUDA em casa?" Assim como o trabalho voltado para o sustento é dito como obrigação do homem, como quando se fala nas relações no campo: "Ela me AJUDA na roça". Porque quando a gente faz algo que não é nossa obrigação, se trata de uma ajuda, um favor.


Mas o pior mesmo é ver mulher ganhando panela como presente de aniversário ou ainda no 08 de março. Artigos assim não são visto como algo de uso comum e sim das mulheres. Tem até alguns homens que eu conheço que acham que não são machistas e que isso tudo é nóia da minha cabeça. Deixa chegar o aniversário deles que eu dou um conjunto de panos de prato pra ver se eles não estranham.


Mas enfim, se isso tudo é tão horrível porque esta feminista quer casar? Porque eu amo uma pessoa nhenda, que me respeita não quer mandar em mim ou me controlar. Além disso respeita minhas idéias e até concorda com um monte delas, mesmo elas contestando um privilégio que a criatura teoricamente tem desde antes do próprio nascimento. Até um dia desses se dizia feminista, mas aí voltou atrás quando soube que várias feministas não concordam que homens possam ser também. Aliás, ele está me devendo um post sobre isso há séculos.


E eu tive a imensa sorte de encontrar e amar alguém assim. O meu amor é um amigo e companheiro antes de tudo e juntos construímos uma relação igualitária e muito gostosa. E ficar longe um do outro nem que seja só por uma noite representa uma tortura muito grande e é por isso que queremos juntar nossas vidas no mesmo teto.


O desenho de hoje fala um pouco disso. Quis representar Potô e eu disputando uma partida de futebol na nossa casa no nosso maravilhoso sofá vermelho que nos aguarda em algum lugar por aí. Aliás, esse cenário também já foi usado numa tela que pintei há alguns meses atrás. Reparem que ainda estamos usando as roupas do casório, então é como se tivéssemos acabado de chegar da cerimônia. Ou seja, é a parte desenhável e publicável da lua-de-mel. E eu sempre penso no quanto será divertido o meu casamento com o Potô. Também penso em tudo o que vamos ter que enfrentar, claro, mas sei que vamos trabalhar juntos para superar.


O casamento para mim precisa ser antes de tudo uma opção, não algo feito simplesmente porque tem que acontecer de qualquer jeito. E precisa ser uma relação de igualdade e amizade apesar de toda relação ser uma disputa de poder.


E eu estou doida pra casar!

E o vestido não será exatamente igual ao do desenho porque vai ser surpresa. Mas eu já fiz o modelo!
E eu quero que gays e lésbicas tenham direito ao casamento!

E eu acho que tô a cara do Michael Jackson no desenho.
E em breve eu coloco os links dos outros participantes. Quem escolhe o próximo tema?


**Atualizando (4 de dezembro):

Até o momento nem todos os outros participantes atualizaram o post temático, apenas a Michele, então ponho os links dos respectivos blogs. Ai gente, atualiza aí que eu tô doida para ver as artes de vocês!

Cintia
Guto
Juliana
Michele

E como sou eu quem escolhe o tema (Cíntia me avisou), então eu sugiro DINHEIRO. Até sexta-feira!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Idiota

E aí chega um cara me dizendo que as feministas protestando na praça são um bando de "revoltadinhas" e que mulher "merece é levar chibata mesmo".

E eu tenho que ser simpática porque ele tava só brincando?

Na-na-ni-na-não.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Que domingo feliz!

Estou com muitas pautas atrasadas no blog e até me atrapalhei com o post temático da semana passada. Mas preciso parar tudo para dizer isto:

A GENTE É PRIMEIRÃO!!!!

Ontem pela manhã fui ler o jornal para saber se o jogo seria transmitido na TV aberta. Caso não fosse, Potô e eu assistiríamos pela Internet, como foi contra o Goiás. E aí quando eu leio a matéria sobre o jogo, fico sabendo que o Adriano não jogaria porque machucou o pé. Na hora eu penso: Ai minha nossa! Com Ronaldo e sem Adriano? Confesso que fiquei apavoradinha e torci muito para que o Petkovic chegasse inteiro no campo e jogasse até o fim (se bem que ele nunca joga até o fim, né?). E tenho que confessar que fui má e torci para que o Ronaldo sentisse pelo menos uma enxaqueca ou um enjoozinho, nada sério. E não é que o homem dá um mal jeito na perna e sai mesmo? Mas acho que era eu e a torcida do Flamengo torcendo para que ele saísse. Maldade.

E aí o campo sem Adriano e sem Ronaldo, o Corinthians fraco, fraco... Ronaldo antes de sair não fez muita diferença. Na verdade, diferença nenhuma. E uma pergunta que o Potô me fez depois do jogo me fez pensar. Ele perguntou se o Adriano estivesse jogando, será que o Flamengo teria ganho? E realmente a pergunta é super válida, porque no jogo contra o Goiás muitas chances de gol foram perdidas por falta de tática. Parecia que o técnico do mengão tinha dito para o povo: Olha só, quando chegar com a bola perto do Adriano, passa para ele e sai de perto! E aí, ninguém tocava na área ou ia com calma. Era passar para o Adriano e esperar pelo bicudo. Tá bom, isso é uma tática, mas não é muito boa. Ta aí o resultado para provar.

E eu fico pensando nessa coisa de termos um jogador como referência num time. Eu sou doida pelo Petkovic e quando ele vai bater escanteio eu fico torcendo para ser olímpico, porque acho esse tipo de gol um espetáculo. Também adoro as defesas do Marcos do Palmeiras e gosto muito das coisas que ele fala para os jornalistas. Mas no geral isso é muito injusto com os outros jogadores da equipe e faz uma espécie de mitologia com algumas estrelas. Como se o time não fosse nada sem ela, e como se a criatura também não estivesse lá por dinheiro, ou seja, trabalhando. Claro que podem haver uns laços sentimentais entre jogador e time, mas no geral, é bem o salário que conta, vai?


E quanto ao próximo domingo, vamos com pensamento positivo. Ontem aconteceu tudo o que precisávamos. Aliás, Potô me explicou quem precisava perder e vencer e quando aparecia a bolinha na Globo eu gritava: Goiás! Agora é esperar que os próximos ventos continuem rubro-negros.


E para terminar, alguns pensamentos soltos:

#Que bom que não é o Galvão quem está narrando e tomara que ele não narre no próximo domingo.


#Será que a Globo é flamenguista?


#O Juan tem feito muita besteira em campo. Roda, roda, tenta driblar aí perde a bola ou chuta para fora (o que também é perder a bola).


#Eu não sabia que o Léo Moura namorava a Perla.


#O moicano dele chega nojento ao final do jogo.


#O Bruno Goleiro é muito lindo e tem feito ótimas defesas. O Bruno Mezenga até que é bonito, mas não tanto quanto o Bruno Goleiro. O Adriano é grande, forte e gostoso.


#O Potô é nhendo e eu sou mais ele.


#Adoro as defesas do Van Der Sar (goleiro da Holanda), tanto na real quanto no video game, mas confesso que não sabia como ele era. Aí procurei no Google.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Post temático (da semana passada): Outono

Só posso dizer três palavras: burra, burra, burra!!! Viajei na maionese que o post era sobre outono, mas na verdade esse foi o tema da semana passada! O desta é "medo", mas só fui ver hoje e ontem já tinha preparado desenhos sobre outono. Estou uma semana atrasada, pelo menos. Mas agora eu vou me dedicar ao do próximo tema, que aguardo que meus companheiros de post delimitem.

Sobre o outono, resolvi fazer alguma coisa relacionada a moda, mas também pensei em não fazer um desenho digital. Então fiz dois desenhos a lápis e pintei com lápis de cor aquarelado de uma estudante de moda simpática com quem conversei ontem. Aproveitei para pedir dicas e informações sobre o curso, pois estou pensando em estudar isso depois da graduação no ano que vem. Aliás, um beijo para Eduardo e Bárbara, estudantes fofos que me deixaram sentar à mesa com eles ontem. Belos desenhos por sinal.

Quanto aos meus, vamos lá. Pensei em roupas que protegessem um pouco do vento de outono e tivessem cores relacionadas à estação, como o laranja e marrom, por causa das folhas secas. E como eu acho que verde e roxo combinam muito bem com esses tons, usei para iluminar. A intenção era usar cores bem fechadas, mas o lápis tinha tons vivos, por isso ficou um negócio meio carnaval.
O vestidinho preto com a meia roxa eu pensei para usar à noite, com as meias protegendo um pouco do frio e dando uma iluminada no look. O sapato foi idéia do Eduardo, e fica como homenagem a Coco Chanel.

E as roupas foram super inspiradas no filme Love Story. Eu quero uma saia xadrez amarela e TODAS as meias do filme!

Confiram posts com o mesmo tema em:

E com o tema "medo":

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cadê você que não chega??


Juro que não aguento mais procurar todos os dias na programação dos cinemas o filme sobre a Coco Chanel. Sério.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

25 de novembro: Não à violência contra as mulheres!

Hoje é o dia de luta contra a violência contra as mulheres. Estou virada porque passei a madrugada acampada na Praça da Gentilândia em Vigília junto com outras feministas e pessoas de outros movimentos também, inclusive homens. Hoje pela manhã, o grupo saiu em passeata por cada um dos locais que as mulheres que sofrem violência passam: A Delegacia da Mulher, o Centro de Referência da Mulher e o Juizado.
O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a melhora nas estruturas de atendimento e também exigir a total implementação da Lei Maria da Penha. Só pude ficar para a Vigília, porque tinha estágio na Faculdade à tarde (não remunerado, só para cumprir carga horária) e tive medo de ficar derrubada demais. Se bem que eu cochilei umas duas horas e não consegui dormir mais. E agora tô meio cansadinha.

Durante a madrugada tivemos atrações culturais, palavras de ordem (ou melhor, desordem), minha linda e amada amiga Lila mandando ver no Funk da Solução, exibição de filmes interessantes com debates, etc. Gostei muito. Teve até um idiota que resolveu bater numa mulher na mesma praça em que a manifestação estava acontecendo! Juro! Eu sei, parece coisa de suicida! Mas ao contrário do que algumas pessoas pensam das feministas, não, o cara não foi linchado. Ele foi preso (tinha polícia por perto) com as feministas tudo atrás gritando palavras de ordem. E foram ao menos duas testemunhas fazer a denúncia junto com a vítima e agora estão aguardando audiência pública. Mas não sei se o cara permaneceu preso. Tomara que sim, mas creio que não.

Aqui os links de ótimos artigos escritos por colegas feministas e que foram publicados num jornal local ontem. Uma das raras vezes em que o feminismo aparece na imprensa. E achei todos ótimos, morta de orgulhosa porque conheço três das quatro autoras.

http://opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/931055.html/t_blank
http://opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/931058.html/t_blank
http://opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/931059.html/t_blank
http://opovo.uol.com.br/opovo/opiniao/931061.html/t_blank

Eu estou representando um enorme nada dentro do movimento ultimamente. Isso por várias razões, inclusive crises existenciais, políticas e profissionais. Não participei da organização da Vigília e da passeata, deixei de ir para a Conferência por causa de um trabalho (que depois eu conto como foi), faz séculos que não participo de nenhuma reunião do grupo... Enfim. Nem sei se ainda sou parte dele.

Mas feminista eu ainda sou, com certeza. E não creio que deixe de ser um dia. Não dá para fechar os olhos de novo. Minha atuação tem sido no cotidiano, através de pequenos embates que já estão me deixando enjoada. "feministas querem ser iguais aos homens", "mulheres são delicadas por natureza", "o machismo é culpa das mulheres porque são elas quem criam os filhos assim", "o feminismo é mais machista que o próprio machismo", "coitado do seu namorado", etc, etc.

Sinceramente, não agüento mais ouvir essas besteiras, principalmente porque quase todo mundo que não conhece o feminismo e vem me perguntar do que se trata tem posicionamentos extremamente preconceituosos e não me deixa falar. Perguntam mas não querem resposta. O tipo de gente que não é racista e acha gente "morena" até bem bonita. Quando o povo me pergunta o que é feminismo dá vontade até de mandar procurar no Google, sem brincadeira. Ou ler o meu e outros blogs feministas. Porque aí se o indivíduo estiver realmente interessado ele lê e não interrompe a pessoa que está "falando". No máximo banca o troll (como diz a Lola) nos comentários. Mas o ruim dessa quebra é que o diálogo é necessário, e se fosse fácil essa luta não seria tão longa. Mas como certas coisas irritam...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Eu volto!!

Só passando para pedir desculpas pelo sumiço. A semana está impossível e amanhã eu viajo para fazer um trampo numa cidade perto de Fortaleza. Tô excitada com o trabalho (rs!não é o q vcs estão pensando!) e com medinho ao mesmo tempo. Mas tô torcendo para que seja legal! Vibe positiva!

E por causa da viagem, mais uns dias sumida. E também por causa dela não poderei participar da Conferência Estadual de Comunicação... :(

Ainda devendo o post temático sobre anos 80 e pensando no que fazer com o próximo tema, que é outono.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Questão de Enade

Com que acontecimento recente esta imagem-não-muito-atual pode ser relacionada? Quem acertar primeiro, ganha um semestre totalmente gratuito lá na Uniban!

Mulher tendo o comprimento da saia verificado, pois caso estivesse menor do que o permitido por lei ela seria presa. Capa do excelente documentário do Marcelo Masagão, "Nós que aqui estamos por vós esperamos".
E uma dúvida pessoal: Será que essa Universidade tem assessoria de Comunicação? Se tem, acho que os donos não a escutam...
E eu fico devendo o post temático de hoje sobre anos 80. Por enquanto, curtam os trabalhos dos outros participantes (copiei os links da Cíntia). O meu ainda está em processo de confecção.
PS: Andarilho está de férias

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Post Temático - Balé!

O tema escolhido para o post temático desta semana por mim foi o balé. Tentei fazer num estilo mais desproporcional, parecido com o das ilustrações da revista Atrevida há anos atrás. Os desenhos pareciam feitos de massinha e eram bem divertidos. A meia lilás expressa um desejo subconsciente de usar meias coloridas.

Tentei colocar um efeito de luz, sobre a bailarina como se fosse um holofote, parecido com o que o Guto faz. Usei o efeito "Lentes" no Corel, mas não deu certo, ficou feio. E aí, Guto, cê pode dar a receita?

O post temático funciona assim: toda semana alguém sugere um tema e aí na sexta-feira os participantes postam nos bloguenhos nhendos. Quem quiser participar também, deixa um aviso nos comentários para que possamos linkar a arte, que não precisa ser só desenho.
Confira trabalhos dos outros simpáticos e talentosos participantes sobre o mesmo tema desta semana:


Fiz uma bailarina negra, porque adoro desenhar bailarinas assim. Quase sempre as pessoas estranham, já que por alguma razão o balé é considerado uma coisa meio padronizada como coisa de "branco". Ano passado eu pintei uma tela com uma bailarina assim, e quase todo mundo que via perguntava porque eu tinha feito ela negra. Se fosse branca, ninguém perguntaria por quê, percebe?

Este ano minhas irmãzinhas vieram do interior passar uns dias, e aproveitei e dei o quadro à uma delas que tem 9 anos, adora balé e tem muita vontade de fazer. Ela me disse que tinha adorado, mas que ficaria mais bonito se eu tivesse pintado ela de "cor da pele". Nosso priminho que tem quase a mesma idade que ela concordou. Meu pai, que convive mais com minha irmã do que eu e é negro, apenas riu. Já a mãe dela, que é branca, quando viu o quadro, perguntou porque eu tinha desenhado a bailarina tão "queimada". Onde será que minha irmã aprendeu isso, né? Não estou dizendo que foi com os pais delas, já que há racismo em todos os lugares. Mas os pais, que deveriam desconstruir, ou não dão importância, ou reforçam o preconceito. Afinal, eles também estão no contexto.

Será que meu primo e minha irmã são crianças racistas e más? Claro que não. Elas estavam apenas reproduzindo o que lhes é dito cotidianamente, sem perceber que é preconceito. Aliás, elas provavelmente nem sabem o que é isso. Eu lembro que quando era criança eu e minhas coleguinhas de classe (estudava num colégio só para meninas) também chamávamos o bege de cor da pele e a professora também. Inclusive as negras (professoras e crianças). Se ensinamos às nossas crianças que o bege (ou então rosa claro) é cor da pele, elas vão achar que gente negra tem cor de quê? De qualquer coisa, menos de pele, já que o bege é que é cor da pele. E quando vão pintar seres humanos nas gravuras infantis, vão pintar de que cor? Qual a única opção na caixinha de lápis? Dessa forma o preconceito vai sendo enraizado nas crianças sem que elas percebam, o que é muito cruel. O processo de desconstrução depois acaba sendo muito mais doloroso e complicado.

Nem sempre basta rir do que as crianças falam. Aliás, não deveríamos rir nunca, a não ser de piadas. Temos que levar mais a sério o que elas dizem, respeitá-las, conversar com elas e provocar reflexões nos pequenos. O respeito e senso crítico precisa ser estimulado desde o início. E isso para mim não é roubar a infância das criaturas, porque desde cedo elas se relacionam socialmente com outras crianças. Basta saber conversar e respeitar o contexto delas.
O que eu disse à minha irmã? Disse a ela que existem peles de várias cores, e que o bege não é a única opção. E que a bailarina que fiz para ela não era bege porque era negra, e não deixava de ser bonita por isso. Ela ficou pensativa e depois foi brincar de bailarina. Simples assim.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mulher no Hip Hop


Fiz este desenho assim que cheguei da oficina de break da qual participei há 15 dias. Estava inspirada por causa de uma menina que tinha vontade de dançar, mas tinha vergonha porque achava que era "coisa de menino", e também por causa de uma pérola que uns carinhas falaram. Contei a história aqui, caso alguém queira entender melhor do que estou falando.

O desenho ficou meio infantil e eu gostei disso. Não sei se deu para reparar, mas eu não tenho muita noção de anatomia na hora de usar a pena no Corel. Os braços dela estão totalmente estranhos, mas aí eu fiquei com preguiça de consertar. Mas eu gostei dessa fonte para as palavras no muro. Ficou legal.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mais um desenhinho atrasado: vestido de zebra


Outro desenho que tentei colocar por aqui há um tempo e não conseguia. Mais uma vez tentei fugir dos padrões estéticos (e estáticos) e fui fazer uma mulher gordinha usando um vestido de festa que vi naquele programa que passa de manhã na Record, com a Ana Hickman (certo gente, eu sei que eu devia estar estudando). Era mostrando roupas para mulheres "acima do peso", dando orientações, e tal. Eu gostei muito porque fugiu completamente dos típicos pretinhos básicos, e daquela história de nada de estampa ou cor forte, mostrando modelos de cores alegres e vivas. Muito legal. Uma das roupas que eu gostei mais foi um vestido com estampa de zebra que eu tentei desenhar e coloco aqui. Mas de novo, senti dificuldade em desenhar a mulher gordinha. Mas um dia eu chego lá.
Mais vestidos de festa: Aqui, aqui e aqui.

Tornar-se vegetariana fase 1: salvar vaquinhas


Quero compartilhar com @s leitor@s do blog uma mudança que estou tentando realizar na minha vida. Estou passando pelo processo de me tornar uma vegetariana. O objetivo é ao menos diminuir drasticamente o consumo de carne, começando pela de boi, para em seguida excluir frango e peixe (que eu acho o mais difícil). Porco, apesar de ser carne branca, acho que vou fingir que é vermelha, porque o abate dos porquinhos é muito cruel e por algum motivo os acho muito parecidos com vacas. E também por causa dos filmes "Babe o porquinho atrapalhado" e "A menina e o porquinho". Esse último na verdade é um desenho, já que eu não vi o filme com a Dakota Fanning.

O processo não tem sido doloroso. Já há alguns dias, tenho diminuído a carne vermelha. Aliás, praticamente não comi, substituindo esse alimento por proteína de soja, ovos, frango ou peixe. Não posso dizer que estou totalmente pura, afinal recentemente comi um potinho de geléia de mocotó, que eu adoro (ai, que difícil que vai ser deixar de comer isso!) e acabei provando umas carnes por aí. É muito mais difícil quando a carne existe, entende? Por exemplo, se está num lugar e pede algo vegetariano, beleza. Mas se quem está com você pede um churrascão, é mais difícil não pedir um pedacinho. Principalmente para mim, que sou muito pidona. Mas enfim, é um processo. E além de evitar comer vaquinhas e boizinhos também não tenho utilizado Knor nas receitas, pelo menos não o de carne. Mas não pretendo eliminar alimentos de origem animal que não resultem na morte deles, como ovos, leite e mel. Ao menos inicialmente.

Durante os últimos dias que passei na casa do meu benhê, a mãe dele preparou feijão com pedaços de carne no caldo, e eu comi, retirando os pedaços. Mas na quinta-feira à noite, enquanto assistíamos Aline, Potô pediu comida. Um bauru enorme para ele. Como não haviam muitas alternativas para mim, a não ser pastel (vegetariano sofre em lanchonete), quis apenas uma vitamina de ameixa. Só que a vitamina tava ruim e o cheiro do sanduíche dele era muito bom. Pedi um pedacinho e ele disse que não, porque tinha carne (é isso aí, amor nhendo). Deu nem tempo de insistir, tamanha a velocidade que a criatura come. Mas ainda bem que não deu tempo. E eu preciso aprender a fazer hambúrguer de soja.

O interessante é que está rolando solidariedade e até uma influência positiva nos hábitos alimentares das pessoas com quem convivo. Há semanas minha mãe não compra carne vermelha e tem experimentado formas diferentes de preparar soja. E ela também gostou de perceber o quanto proteína de soja é bem mais barata. A minha irmã, que detestava o alimento, também já começa a simpatizar com a idéia.


Já o meu amor nhendo, apesar de não pretender se tornar vegetariano, também diminuiu um pouco o índice de carne vermelha em sua alimentação. E acha que minha influência pode ser boa para ele, como um estímulo ao maior consumo de legumes e verduras. Inclusive dia desses preparamos uma macarronada de soja incrível, e todo mundo curtiu, sem fazer careta. Infelizmente não encontro mais a receita na Internet, mas tem outras muito boas neste site. Confesso que achei algumas muito caras e complicadas, que pediam congumelos de preços nada saudáveis. Mas a gente faz uma gambiarra e substitui umas coisas e pronto! Nenhum animal morreu para que o prato fosse preparado e ainda fica bom!

Desde que conheci pessoas vegetarianas em encontros feministas que eu simpatizo e admiro a causa. As razões são muitas: a primeira, obviamente, é a crueldade com os animais. A criação dos bichos para corte é feita de forma muito fria e o abate também. Não gosto da idéia de um bicho nascer e crescer apenas para ser consumido. Acho cruel e meio egoísta.

Outro motivo é a quantidade de hormônios e outras coisas que são dadas aos animais para que eles cresçam depressa. Para se ter uma idéia, o tempo entre o pintinho sair do ovo e estar pronto para abate costuma ser muito menor do que quando o processo acontece naturalmente, com alimentação livre de hormônios. Além disso, a carne dos frangos de granja (quase sempre são idênticos, não é assustador? ) é macia porque eles não andam. São criados num ambiente pequeno e apertado, com milhares de outros frangos, e com muita comida por todos os lados. Por isso eles não precisam andar para comer, ao contrário da galinha caipira que é criada a céu aberto e cisca. A mesma lógica pode ser usada com o gado. Quanto mais macia a carne, menos o bicho andou em vida. Uma vez vi no Globo Rural que uma granja mantinha uma iluminação estratégica para que os frangos tivessem a ilusão de que o dia durava mais e não parassem de comer. Por conseqüência, eles cresciam e engordavam mais depressa. Não sei se em todas é assim, mas achei muito cruel. Tipo a bruxa do João e Maria, lembra?

Também já ouvi dizer que carne vermelha não faz muito bem à saúde, alguma coisa a ver com radicais livres. E sei que ela também é nutritiva, mas os nutrientes podem ser encontrados em outros alimentos. Também acredito que ao se cortar os animais mortos da alimentação, pode-se desenvolver hábitos saudáveis como o consumo de mais vegetais variados, e por conseqüência mais fibras e vitaminas. Claro que existe o problema dos agrotóxicos e desmatamento. Diz-se que a soja no Brasil é quase toda transgênica. Mas isso é uma questão de fiscalização da sociedade e conhecer as origens dos alimentos consumidos. Sem falar no detalhe que muito do que é plantado aqui é para fins de exportação e não consumo interno. Além disso, sempre há a possibilidade de se cultivar uma horta em casa, pelo menos com vegetais e temperos mais básicos. Certo, nem sempre é uma possibilidade, mas eu quero ter muito uma quando me casar com o Potô. Ops, eu escrevi isso em voz alta?
Quanto ao desmatamento, ele é muito pior quando se trata das criações de gado, já que elas exalam gases tóxicos na atmosfera que prejudicam a camada de ozônio. Esses gases são provenientes do húmus e... bem, dos gases dos animais.

Enfim, a principal razão dessa vontade de mudar é a compaixão pelos animais. Respeito quem consuma carne numa boa e não pense tanto nisso, mas acho que minha decisão provavelmente não será tão respeitada assim. Vai ter alguém pra me chamar de fresca e do contra. Fazer o quê, né? Mata não, bem.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sherdesenhando - Roqueirinha a la Kim Possible

Continuando a série de desenhos de roqueirinhas, este eu gosto muito por causa da roupa. Tenho uma vontade doida de usar meia-calça, apesar do calor de Fortaleza. Meia, sapatilha e saia jeans, eu adoro! Deu até uma invejinha quando fui a São Paulo no início do ano e vi aquele povo de meia colorida e bota. Acho lindo, mas também adoro as roupinhas de Fortaleza. Saia de feira é tudo de bom.

Na verdade, faz tempo que fiz este desenho, só que não conseguia postar. Depois percebi que o arquivo estava muito pesado, então converti numa versão mais leve. Acho que o desenho ficou meio Kim Possible, e eu gosto disso, porque eu adorava assistir. Mas o estilo ficar parecido foi sem querer.


A propósito, peço desculpas pela ausência tanto nos posts quanto nos comentários. Mais uma vez, o acesso à Internet não está tão fácil.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Coco avant Channel - trailer legendado

Estava prevista para hoje a estréia de Coco avant Channel, filme sobre a escalada da clássica estilista francesa desde uma vida pobre até a revolução da moda e chegada à alta sociedade. Dei uma olhada no jornal de hoje e não vi o filme em nenhuma sala de cinema em Fortaleza, mas de qualquer forma Potô e eu não poderíamos ver hoje pois money que é good nós num have. :( Mas como o interesse é mútuo (ele gosta que eu me interesse por moda, mas não quer que eu me torne fútil. Nem eu. E ele também acha interessante a influência de estilistas na história), provavelmente vamos assistir quando estreiar, numa sessão promocional.

Por enquanto, deixo aqui o trailer legendado do filme.

Ninja bailarina toda aberta com olhar lilás malvado sob a lua cheia


Este é meu humilde desenhinho para o post temático desta semana, cujo tema é "ninja". Como sempre, fiz um desenho cabeçudo todo no Corel Draw. O engraçado é que apesar de eu ter ficado muito perdida com o tema escolhido, lembrei imediatamente do Kung Foo Panda, quando a personagem principal arrasa nos espacates. E eu que não completei nem 2 meses de caratê, mas aprendi a abrir gran- de- ka no balé (com certeza não escreve assim), desenhei a ninja fazendo um. Depois acrescentei um olhar malvado, uma lua cheia e dois pedaços de pau, e pronto. Acho que dá para enganar, né? Aliás, abertura perfeita desse jeito acho que só no Corel mesmo. A mulher tá toda têsa!!! rs!!
Fiquei sabendo desse lance de post temático por conta de novas visitas que chegaram por aqui, de pessoinhas que arrasam em arte gráfica. Funciona assim: toda semana alguém sugere um tema e aí na sexta-feira os participantes postam nos bloguenhos nhendos.
Confira desenhos dos outros participantes sobre o mesmo tema aqui, aqui, aqui, aqui e aqui!
Ah, e como a Cíntia disse que é a minha vez de sugerir um tema, escolho o balé, ok? Divirtam-se! Eu me diverti muito durante este primeiro!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lugar de mulher é em todo lugar. Calada jamais!

Meu namorado colocou no blog dele como foi nossa saga para finalizar a Copa do Mundo no Play II ontem à noite. A saga na verdade começou desde que ele começou a me ensinar a jogar esse game, e desde então eu sou viciada no futebol. Só que ainda tô pegando o jeito para fazer gols.

Pois é, aí o meu benhê conta dos foras que dei num amigo dele que chegou na sala quando estávamos jogando, já bancando o homem macho e engraçadhenho, rindo e dizendo que "rs! Já pensou uma mulher jogando futebol, hein?" Confira por lá o restante da história.

E lendo isso, lembrei do que aconteceu no domingo passando, durante uma atividade de Hip Hop da qual participei no meu bairro. Teve oficina de grafite, (mas eu fiz a de break) e a minha irmã feminista também, pediu um espaço no muro para escrever umas coisinhas.

Enquanto ela escrevia "facção feminista", eu colocava "Lugar de mulher é em todo lugar". E enquanto o que eu estava colocando não ficava pronto, alguns amigos ficaram tentando adivinhar o que diria o texto. E eis que uns mocinhos próximos que estavam charlando umas mocinhas riram muuuuito quando um deles disse em tom de zombaria:

LUGAR DE MULHER É NA COZINHA!

Aí a Sheryda olha para os dois (toda charmosa), e diz:

Ô mas vocês são tão bonitinhos! Queria ver um é lavando roupa lá em casa!

Risadas muitas, porém femininas desta vez. E eu sei que resposta na cara não é a melhor forma de conscientização, mas que é divertido, ah isso é! E vamu combinar, que a galera merece.


Será que essa bolada vai doer?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ética e Censura - Qual é a mais temida?

Um caso que tem sido bastante comentado ultimamente é o do latrocínio (roubo seguido de morte) cometido contra um coordenador do Afro Reggae no Rio de Janeiro. Logo após cometerem o crime, os dois ladrões foram abordados por uma dupla de policiais que estavam numa viatura, e tiveram o produto do assalto "roubado" pelos policiais (sabe como é, ladrão que rouba ladrão) e foram liberados. Já os dois policiais passaram pela vítima e a deixaram no chão agonizando, além de jogarem a arma usada pelos bandidos numa lixeira próxima.

O que as criaturas não sabiam é que câmeras de segurança na rua e de uma agência de banco registraram TUDO o que aconteceu. E assim como eu adoro quando um homem rico e famoso é preso por bater na companheira ou por não pagar pensão, também adoro quando alguém faz uma besteira e tem uma câmera filmando tudo. Nesse caso, mais de uma.

Agora vamos linkar esse acontecimento recente com outro que aconteceu aqui no Ceará.
Aqui no estado temos muitos desses programas policiais carniceiros e sensacionalistas. Alguns inclusive são apresentados por vereadores e deputados estaduais. Pois é.

Então, há mais ou menos um mês, três delegados foram exonerados pelo Secretário de Segurança Pública por exibirem acusados (e não condenados) para esse tipo de imprensa. E isso contra a vontade dos presos, que muitas vezes tentavam esconder o rosto com camisetas ou tentavam se esconder das lentes.

Por causa disso, uma polêmica foi criada. Principalmente por apresentadores desse tipo de programa, que inclusive costumam exibir também menores de idade infratores ou que foram vítima de abuso ou exploração sexual. Mesmo isso ferindo o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Alguém adivinha o que os apresentadores começaram a dizer em seus programas? Que essa decisão fere a liberdade de imprensa (é um povo que enche os jornalistas éticos de vergonha e qualquer coisinha já clamam pela liberdade de imprensa) e que o cidadão tem direito de saber quem comete crimes para se proteger.

Sobre o primeiro argumento, faça-me o favor. Odeio essa doença que alguns jornalistas (formados ou não) tem de dizer que qualquer exigência já é censura. Francamente. Muitas vezes nada mais é do que uma exigência de que se cumpra a lei e até mesmo o código de ética dos Jornalistas, mas até parece que todo mundo tem que dizer amém para tudo que a imprensa faz. Senão o povo é taxado de tirano, déspota e censurador. Na verdade, essa coisa de clamar pela liberdade de imprensa e contra a censura muitas vezes não passa de manipulação, de quem quer usar os meios de comunicação em favor próprio. Porque ninguém clama pela ética, né? Mas liberdade de imprensa TODO MUNDO QUER.

Quanto a dizer que o cidadão tem direito de saber quem comete as barbaridades, é aí que linkamos com o caso no Rio de Janeiro. Acontece que assim como em outros casos envolvendo policiais, nenhum veículo televisivo divulgou o nome dos PMs que roubaram os ladrões e deixaram a vítima agonizando. Pelo menos não que eu tenha visto.

As câmeras filmaram tudo, os policiais foram punidos (pelo menos é o que dizem) e mesmo assim, ninguém disse o nome deles ou mostrou fotos.

Mas aí, eis que prendem um suspeito de ser um dos assaltantes. Ontem assisti a uma matéria sobre isso e a repórter disse o nome completo dele e a idade! Só faltou dar o endereço, telefone, MSN e Orkut pra gente adicionar. Na mesma matéria, quando fazia uma suíte (lembrar o caso desde o início) ela disse "dois policiais" ao invés de identificá-los. E um detalhe é que o reconhecimento ainda não tinha sido feito, ou seja, ainda não era provado que era mesmo aquele homem quem cometeu o crime.

E aí eu me pergunto por que a imprensa não faz questão de identificar essas pessoas "poderosas". Não contestam a decisão de proteger policiais corruptos e nem levantam a bandeira contra a censura. E se nós temos o direito de saber quem são aqueles que cometem crimes, que garantia temos de que tais policiais foram afastados do serviço? Porque francamente, eu não queria um sujeito desses fazendo a segurança do meu bairro nem de graça.

Interessante também é pensar que os delegados por aqui diziam que não eram eles quem exibiam os presos para a imprensa marrom. Mas não são os delegados os responsáveis pelo que acontece em suas delegacias? E porque a imprensa não consegue mostrar da mesma forma os criminosos pobres e aqueles que tem grana para pagar advogado?

São muitas dúvidas mas algo nos impede de ter as respostas. Deve ser a censura.




Após escrever o post, dei uma pesquisada na Internet e encontrei uma matéria onde os policiais são identificados. Parece que na Internet é uma coisa, na TV é outra.

domingo, 25 de outubro de 2009

Look do dia (ou melhor, de meses atrás)

E ainda na onda de desenhos e moda, resolvi publicar um "look do dia" que fiz há tempos. Foi nos primeiros meses do ano, para ser mais específica e chovia MUITO em Fortaleza. Eu estava usando meu casaquinho de moleton comprado há tempos na Renner, minha saia lilás de todos os dias comprada há anos no Beco da Poeira e minha regata rosa, que foi presente. Nos pés, Havaianas (as legítimas) lilazes que já não existem mais, comidas pela cadelinha do meu namorado. Como acessório, uma bolsa dessas de conferências que a minha tia pregou uns retalhos e enfeitou com tinta alto-relevo. A fivelinha de borboleta existe só na minha imaginação. Esse olhar perdido no tempo e espaço é por ter guardado os óculos para não molhar.

Há, fiz o desenho porque não tenho câmera. E essa cena retrata o momento em que eu estava indo para casa depois de um longo e cansativo dia e um carro passou por uma poça e eu ganhei um belo banho.
Chique, não?

sábado, 24 de outubro de 2009

Oriental em vestido de festa



Vestido longo, vermelho com branco (meio bandeira do Japão), com estampa, que coloquei usando o efeito "Power Clip", que aprendi num tutorial na Internet. Instrumento simples, mas bastante versátil. Mas se exagerar o computador trava sempre, é impressionante.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sher desenhando - Ruiva em vestido de festa

Mais um desenho fofinho. Acho lindo como lilás e verde combinam, ainda mais em ruivas. Adoro cores quentes como essas. E adoro lilás desde criança, e depois de grande descobri que era a cor do feminismo. Acho que era intuição.

Hoje é aniversário de namoro! 1 ano e 9 meses! Amor, amor, amor!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Vestidos de festa - negra de azul, Coco Chanel


Este aqui é um desenho a la capa-de-caderno-fofinho. O vestidinho é bem Cinderela e a bijuteria é como uma que estou querendo fazer para mim, só que a minha vai ser amarela.

Tenho me interessado muito por moda ultimamente, principalmente depois que comecei a fazer bijuterias. Filme de moda, revista de moda, site de moda, blog de moda... Enfim, tudo que tenha a ver com o assunto tem me atraído. Isso despertou também uma antiga vontade que às vezes reaparece, que é cursar estilismo ou pelo menos aprender a fazer minhas próprias roupas. Também despertou muita vontade de comprar roupas e acessórios, o que é um sério problema devido à atual conjuntura.
Mantenho meu alarme feminista ligado para combate ao consumismo e outras mazelas da indústria da moda. Mas também estou interessada na expressão que é possível através do vestuário e na importância de alguns estilistas da história quando se trata da libertação das mulheres. Coco Chanel, por exemplo, trabalhou para introduzir peças de roupas confortáveis no vestuário feminino, abolindo o espartilho e criando a bolsa a tiracolo, que deixava as mulheres com as mão livres. Foi ela quem introduziu o terno como peça de roupa feminina sendo que na época era usado apenas por homens. Inventora do clássico tailleur (blaser e saia), foi discriminada na época por tentar "se vestir como homem", mas ainda em vida foi aclamada como revolucionária na história da moda.
Vestuário antes de Coco Chanel (cena do filme Coco before Chanel).
Revolução (eu ia apagar o cigarro no photoshop rs!)


Cena do filme "Coco before Chanel"


Pena que hoje em dia a marca Chanel é sinonimo de status e de valores absurdos. Mais uma grande revolucionária que o capitalismo engoliu. Mas uma coisa é a estilista Chanel, e outra é a marca. Além do q, muitas de suas peças foram incorporadas de muitas formas por marcas populares e jovens artesãs (como eu), como o famoso e super em alta colar de pérolas (falsas) longo e de várias voltas, misturado ou não com correntes.


E estou muito ansiosa para ver o filme sobre ela, estrelando Audrey Tatou (Amélie Poulain) no papel principal. Espero que estréie este ano ainda.


Mas também não dá para ignorar que a moda criada por ela não era para mulheres gordas. A própria estilista era bem magra, e talvez a partir daí tenha se reforçado o padrão da beleza magra (antes alcançada a base de espartilho). Mas também não dá para negar o papel importante que ela teve na história, principalmente no que diz respeito à história das mulheres, que infelizmente ainda é escrita em paralelo com a história "oficial".

Fonte de algumas imagens e informações.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sher artesã

Pois é, como contei por aqui anteriormente, voltei a fazer bijuterias. E hoje de manhã resolvi colocar fotos de algumas aqui no blog. Quem sabe meu negócio não se espande pela Internet? Tem várias outras bijus prontas e várias já foram vendidas, mas como a câmera mais uma vez não é nossa não é tão tranquilo tirar as fotos. Ah, esse "nós" somos Potô e eu. O boy é o fotógrafo e diretor de fotografia, e eu sou artesã, blogueira, modelo, apresentadora de TV e dançarina! :P
Gargantilha de pérolas

Colar com fita de cetim rosa, perólas, miçangas variadas em tom de rosa e aplique de flor no pingente (acompanha brinco)



Colar comprido de miçangas azuis com laços branco e preto de cetim (removíveis)


Colar comprido de miçangas cor-de-rosa com laço de fita (removível)