quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ai, essa greve...


Medo demais de acontecer de novo em Fortaleza o que ocorreu há alguns anos quando TODOS os ônibus pararam de uma hora para outra em plena 18h da noite justo quando eu estava em uma comunidade de difícil acesso. Tive que pegar um intermetropolitano para chegar na casa do namorado (só nessas horas acho bom que ele more na saída da cidade), escapei de levar pedrada, de ter o ônibus em que estava atacado por alguns grevistas que furaram pneus dos ônibus em frente ao terminal do Antônio Bezerra. Ao invés de chegar em casa no máximo às 19h, que era o habitual, cheguei mais de 21:30, depois de andar bastante sozinha pela Mister Hull (que nesse horário não é nada amistosa). Naquele ano teve gente que passou a noite no terminal porque não teve como voltar pra casa.

Desde então as paralisações de ônibus me apavoram, mesmo que eu compreenda as manifestações. Afinal, se a greve dá medo, também dá medo acompanhar as notícias de motoristas de ônibus e cobradores sendo assassinados em assaltos, ou mesmo o testemunho de um amigo que já foi um desses profissionais, sobre o quanto é horrível passar por um desses episódios e ter uma arma apontada para o rosto. Ou seja, uma categoria que enfrenta condições de trabalho extremamente precárias.

Torço para que a greve acabe logo. Ontem faltei o trabalho, hoje cheguei atrasada quase uma hora. Mas o que o trabalhador que depende do transporte público pode fazer? Aguardar que tudo termine bem. E logo.

Tomara que o terminal da Parangaba não feche mais tarde.

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