domingo, 10 de março de 2013

8 de março em Fortaleza

Na última sexta-feira fui conferir a manifestação que reuniu vários grupos feministas aqui de Fortaleza. Com câmera cybershot e celular na mão, eis o resultado:





quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Lado A Lado B - Os desafios das bandas independentes

Este ano meu marido (que também é jornalista) e eu colocamos em prática um projeto antigo: montar um programa de rádio sobre rock.

O nome do nosso programa é Lado A Lado B, e é transmitido pela Rádio Costa Oeste FM 87,9, que é a rádio comunitária do Antônio Bezerra. É todo domingo, das 14h às 16h, e também pode ser ouvido através do site www.costaoestefm87.com.br.

Abaixo, uma matéria que fiz para o programa:


Dia Mundial sem Carro

Matéria para a Rádio Universitária.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A mãe pródiga



Caramba, há séculos não venho aqui. Se ainda houver viventes visitando este espaço, peço desculpas pela ausência. Há alguns meses entrei numa crise existencial em relação a este blog. O layout me cansava e além disso, não consegui me posicionar em relação à sua pauta. Por isso, fui comprar cigarros e não voltei mais. No momento estou colaborando no Gavetta, um blog de frescurinhas e outras cositas más. Mas isso não quer dizer que tenha abandonado meu feminismo também. Ele continua firme, embora em certos momentos dê uma certa cambaleada. Mas depois de umas DR’s a gente volta um com o outro, sempre. Não são alguns batons, makes e outras amelices modernas que vão destruir a essência. Afinal, sectarismo cansa. Lá no Gavetta tem uma galerinha boa postando novidades e dicas sobre design, fotografia, moda, make... Uma ruma de coisas legais.

E quem sabe eu não tenho uma DR com este blog e me resolvo com ele também? Afinal, até os Los Hermanos estão saindo de suas férias “sem hora para acabar”.

Vamos acompanhar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eu vou

Escrever um livro,

Fotografar profissionalmente;

Escrever para jornais e revistas;

Fazer um curta-metragem;

Fazer um documentário;

Casar;

Ter filhos;

Fundamentar os valores da minha família em igualdade e tolerância;

Conhecer toda a América Latina;

Todo o sertão cearense;

Fazer uma exposição;

Andar de bicicleta;

Aprender a andar de skate;

Fazer pós graduação;

Pular de pára-quedas;

Enfeitar minha casa com quadros, flores e objetos reciclados;

Adotar animais carentes;

Surfar;

Dançar soul;

Fazer uma apresentação de balé;

Arrumar minha estante de livros;

Fazer um almoço para os meus amigos na minha casa nova;

Acolher amigos na minha casa;

Jogar War no chão da sala;

Plantar flores e temperos;

Aprender a usar a panela de pressão;

Fazer uma feijoada vegana;

Decorar meu casamento;

Conhecer a casa da Frida Kahlo;

Passar o dia dos mortos no México.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Crítica: Cilada.com


Filme ruim, cara de sono, Potô corrigindo tooodas as minhas observações erradas sobre cinema... Mas foi muito divertido.

:) S2 s2 S2

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sher doando




Tal como prometido, fiz minha primeira doação de sangue. :) Achei o processo rápido e simples, todos os funcionários me acolheram muito bem, me decepcionei um pouco com o famoso lanchinho do qual todo mundo falava (suquinho ruim, acho que desses prontos), embora o sanduíche estivesse muito gostoso, mas principalmente, ajudei alguém que esteja precisando. A propósito, dá para ver pelo vídeo que a agulha é um pouco assustadora, mas realmente não dói muito. Juro.

Um detalhe, a enfermeira disse que lá no Fujisan, que foi onde doei, eles permitem que homossexuais façam doações de sangue. Desde que a pessoa tenha uma vida sexual "não promíscua", ou seja, com um parceiro sexual fixo, de preferência. Isso quer dizer que mesmo que você seja hetero, se tiver uma vida sexual muito "variada", provavelmente a doação não será permitida.

A afirmação da enfermeira condiz com a nova portaria publicada em junho deste ano, pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A intenção é que a orientação sexual não seja mais considerada empecilho para doação de sangue, assim como raça, cor, etnia e condição social ou econômica. A mudança é tão recente e pouco divulgada que chegou a surpreender até um grupo que se manifestava pela legalização da doação por gays, que foi informado durante o próprio ato sobre a mudança.

Só que depois de uma rápida conversa com a enfermeira simpática, ela pediu que eu lesse um papel com algumas afirmações. Perto do papel tinha uma maquininha com um botão vermelho e um verde. Caso alguma das minhas resposta fosse positiva, eu deveria apertar o botão vermelho. Isso é o voto de auto-exclusão. Dentre as alternativas, "relação homossexual", e ter tido relação com bissexual a menos de uma ano.

Acho isso incoerente. Se o problema é o pretenso doador ter vários parceiros sexuais, então por que colocar os homossexuais entre os grupos de risco na doação? Mas ela me explicou que após a entrevista, o homossexual tendo parceiro fixo, ela pediria que ele apertasse o botão vermelho somente se alguma das outras alternativas fosse positiva. Mesmo assim, só o fato de a homossexualidade e a bissexualidade constarem na lista já demonstra um juízo de valor a meu ver, discriminatório.

Teste rápido de anemia.

Voto de auto-exclusão.

Lanche antes da doação.

Meu sangue após a doação. Tomara que ajude alguém. :)

Lanchinho depois.

O sandubinha tava gostoso :)


quinta-feira, 14 de julho de 2011

#ParaSempreAnaLuiza

Há alguns dias uma hash tag nos trending topics do Twitter me chamou a atenção. Era #ForçaAnaLuiza, e se tratava de uma corrente virtual torcendo para que uma menininha amazonense vencesse a batalha contra um câncer raro e cruel. Pelo jeito a garotinha que faria 7 anos este mês já era famosa no Brasil inteiro, já tinha até dado entrevista na televisão. Mas eu estava por fora.

Curiosa como sou, fucei a história da pequena e encontrei o blog da mãe dela. Nele, muitas fotos mostrando a trajetória da vida de uma criança que mudara tão bruscamente em pouquíssimos meses. Desde antes do diagnóstico, exibindo um sorriso enorme e uma medalha, até a perda total do cabelo, à mudança da cor da pele, que se tornou amarelada devido à quimio.

A cicatriz na cabeça devido à operação e um catéter de quase 15 cm implantado no pescoço dela, deixavam claro que ela vinha enfrentando uma situação bastante difícil.

Mas uma coisa estava presente em quase todas as fotografias: Um sorriso intenso e brilhante, como se ela não estivesse passando por nenhum sofrimento. A cada presente ganho, a cada pequeno agrado, a menina parecia ter as forças renovadas.

Confesso que de cara não li o blog até por preguiça. Posts enormes narravam a história da pequena e as fotos já me deixavam bastante triste. E assim me contentei em apenas torcer pela melhora dela e dar uma olhada de vez em quando nas mensagens de apoio que pessoas do Brasil inteiro, e até do exterior enviavam.

Esta semana recebi a notícia por uma colega de trabalho que a menina havia falecido. Procurando a hashtag mais uma vez, confirmado. "Se foi. Meu anjinho do céu.", twitou o PAIdrasto da garotinha. Muito triste, resolvi conferir quem foi Ana Luiza, através do olhar de sua mãe guerreira, que tão corajosamente batalhou pela vida da filha e ainda por cima teve coragem de narrar tudo num blog.

E que história surpreendente. Todos os problemas que a família enfrentou e a força da garotinha são realmente inspiradores e até mesmo dignos de nos fazer passar vergonha. Vergonha de todas as vezes em que achamos que temos um problema e na verdade é pura frescura.

Cheios de saúde, nos queixamos de banalidades. Enquanto isso uma garota de apenas 7 anos, privada de brincar, sofrendo dores terríveis e estando ligada a um mundo de aparelhos... sorri. Sorri pela visita de amigos, por ter ganho um livro, por uma piada dos avós, por um simples passeio na praia sem direito a banho de mar. Enquanto no dia a dia muitos de nós tem preguiça de ver os amigos, nunca aproveitamos nada e evitamos nossa família. Enclausurados e cegos por nossos egos.

Outra coisa que mexeu comigo foi a fé da família e da própria Ana Luisa. Mesmo sendo uma fé diferente da minha, era algo admiravelmente forte e que com certeza os amparou demais durante toda a batalha. Uma fé pura e bonita, que só fez bem a quem a alimentou. Não uma fé como as que já vi, dessas que alimenta o ódio contra outras pessoas.

A fé de Ana e sua família era pura de amor e esperança. Mesmo diante de tanto sofrimento, eles ainda lembravam de se importar com outras famílias que enfrentavam a mesma situação, mas sem os mesmos recursos. Uma fé regada de solidariedade, e ao invés de ficarem apontando quem merece ou não ir para o céu, simplesmente torciam pela vitória aqui na Terra mesmo. Por um pouco de alívio para os doentes.

E agora que Ana Luisa se foi, o que resta é o que foi aprendido com sua luta. Que viver é para ontem. Que aqueles que amamos não estarão conosco para sempre, que NÓS não ficaremos aqui para sempre.

E por coincidência (ou não), descobri que uma amiga está com um tio doente com câncer, e que ele precisa urgentemente de doações de sangue. O tipo dele é raro, e tenho quase certeza que é o mesmo que o meu. Quase porque sempre ouvi que não podia doar sangue, devido a uma hepatite quando era criança, e até por isso nunca fiz testes de laboratório para saber que letrinha meu sangue carrega. Mas uma vez, durante uma feira científica uma estudante furou meu dedo, pingou um negocinho e me disse que eu era O -.

Telefonei para o local onde se doa e me informaram que só quem teve hepatite A depois dos 10 anos de idade não pode doar. Como a minha foi com 9, eu posso. A não ser que eu não esteja pesando acima de 50 quilos, o que é um risco, já que meu peso sempre oscila nessa faixa.

Mas mesmo com algumas incertezas, hoje estou indo fazer a doação. Ou tentar fazer a doação. Espero siceramente poder ajudar o tio da minha amiga e que o tipo sanguíneo dele seja mesmo compatível com o meu. Mas se não for, que meu sangue sirva para outra pessoa.

O importante é que eu vou tentar. Porque viver é para ontem.