domingo, 10 de março de 2013
8 de março em Fortaleza
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Lado A Lado B - Os desafios das bandas independentes
O nome do nosso programa é Lado A Lado B, e é transmitido pela Rádio Costa Oeste FM 87,9, que é a rádio comunitária do Antônio Bezerra. É todo domingo, das 14h às 16h, e também pode ser ouvido através do site www.costaoestefm87.com.br.
Abaixo, uma matéria que fiz para o programa:
Dia Mundial sem Carro
sábado, 25 de fevereiro de 2012
A mãe pródiga
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Eu vou
terça-feira, 19 de julho de 2011
Crítica: Cilada.com
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Sher doando
quinta-feira, 14 de julho de 2011
#ParaSempreAnaLuiza
Há alguns dias uma hash tag nos trending topics do Twitter me chamou a atenção. Era #ForçaAnaLuiza, e se tratava de uma corrente virtual torcendo para que uma menininha amazonense vencesse a batalha contra um câncer raro e cruel. Pelo jeito a garotinha que faria 7 anos este mês já era famosa no Brasil inteiro, já tinha até dado entrevista na televisão. Mas eu estava por fora.
Curiosa como sou, fucei a história da pequena e encontrei o blog da mãe dela. Nele, muitas fotos mostrando a trajetória da vida de uma criança que mudara tão bruscamente em pouquíssimos meses. Desde antes do diagnóstico, exibindo um sorriso enorme e uma medalha, até a perda total do cabelo, à mudança da cor da pele, que se tornou amarelada devido à quimio.
A cicatriz na cabeça devido à operação e um catéter de quase 15 cm implantado no pescoço dela, deixavam claro que ela vinha enfrentando uma situação bastante difícil.
Mas uma coisa estava presente em quase todas as fotografias: Um sorriso intenso e brilhante, como se ela não estivesse passando por nenhum sofrimento. A cada presente ganho, a cada pequeno agrado, a menina parecia ter as forças renovadas.
Confesso que de cara não li o blog até por preguiça. Posts enormes narravam a história da pequena e as fotos já me deixavam bastante triste. E assim me contentei em apenas torcer pela melhora dela e dar uma olhada de vez em quando nas mensagens de apoio que pessoas do Brasil inteiro, e até do exterior enviavam.
Esta semana recebi a notícia por uma colega de trabalho que a menina havia falecido. Procurando a hashtag mais uma vez, confirmado. "Se foi. Meu anjinho do céu.", twitou o PAIdrasto da garotinha. Muito triste, resolvi conferir quem foi Ana Luiza, através do olhar de sua mãe guerreira, que tão corajosamente batalhou pela vida da filha e ainda por cima teve coragem de narrar tudo num blog.
E que história surpreendente. Todos os problemas que a família enfrentou e a força da garotinha são realmente inspiradores e até mesmo dignos de nos fazer passar vergonha. Vergonha de todas as vezes em que achamos que temos um problema e na verdade é pura frescura.
Cheios de saúde, nos queixamos de banalidades. Enquanto isso uma garota de apenas 7 anos, privada de brincar, sofrendo dores terríveis e estando ligada a um mundo de aparelhos... sorri. Sorri pela visita de amigos, por ter ganho um livro, por uma piada dos avós, por um simples passeio na praia sem direito a banho de mar. Enquanto no dia a dia muitos de nós tem preguiça de ver os amigos, nunca aproveitamos nada e evitamos nossa família. Enclausurados e cegos por nossos egos.
Outra coisa que mexeu comigo foi a fé da família e da própria Ana Luisa. Mesmo sendo uma fé diferente da minha, era algo admiravelmente forte e que com certeza os amparou demais durante toda a batalha. Uma fé pura e bonita, que só fez bem a quem a alimentou. Não uma fé como as que já vi, dessas que alimenta o ódio contra outras pessoas.
A fé de Ana e sua família era pura de amor e esperança. Mesmo diante de tanto sofrimento, eles ainda lembravam de se importar com outras famílias que enfrentavam a mesma situação, mas sem os mesmos recursos. Uma fé regada de solidariedade, e ao invés de ficarem apontando quem merece ou não ir para o céu, simplesmente torciam pela vitória aqui na Terra mesmo. Por um pouco de alívio para os doentes.
E agora que Ana Luisa se foi, o que resta é o que foi aprendido com sua luta. Que viver é para ontem. Que aqueles que amamos não estarão conosco para sempre, que NÓS não ficaremos aqui para sempre.
E por coincidência (ou não), descobri que uma amiga está com um tio doente com câncer, e que ele precisa urgentemente de doações de sangue. O tipo dele é raro, e tenho quase certeza que é o mesmo que o meu. Quase porque sempre ouvi que não podia doar sangue, devido a uma hepatite quando era criança, e até por isso nunca fiz testes de laboratório para saber que letrinha meu sangue carrega. Mas uma vez, durante uma feira científica uma estudante furou meu dedo, pingou um negocinho e me disse que eu era O -.
Telefonei para o local onde se doa e me informaram que só quem teve hepatite A depois dos 10 anos de idade não pode doar. Como a minha foi com 9, eu posso. A não ser que eu não esteja pesando acima de 50 quilos, o que é um risco, já que meu peso sempre oscila nessa faixa.
Mas mesmo com algumas incertezas, hoje estou indo fazer a doação. Ou tentar fazer a doação. Espero siceramente poder ajudar o tio da minha amiga e que o tipo sanguíneo dele seja mesmo compatível com o meu. Mas se não for, que meu sangue sirva para outra pessoa.
O importante é que eu vou tentar. Porque viver é para ontem.