sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bruno (sem trema por causa da reforma ortográfica) – parte 2

Outro detalhe sobre Bruno: a exibição da criança negra no filme. Teve momentos em que fiquei pensando se era mesmo uma criança ou um boneco muito bem feito, mas é real sim. Eu sempre fico muito incomodada quando menores de idade são exibidos em situações constrangedoras, mesmo que para criticá-la.

Em Se beber, não case, que eu assisti há algumas semanas, tem umas cenas em que um homem simula que um bebê de menos de um ano está se masturbando. Em outras, ele bate o mesmo bebê na porta do carro de forma violenta (e o povo do cinema morre de ri). Esse tipo de coisa é nojenta e expõe crianças, então perde pontos comigo. E nem vem me chamar de conservadora, porque não tem coisa mais antiga nesse mundo que violência física, simbólica e sexual contra crianças e adolescentes. Conservador é tu!

O bebê negro em Bruno chega aos EUA dentro de uma caixa de papelão. Em fotos, ele aparece praticamente coberto de abelhas e até crucificado por um monte de bebês brancos vestidos de romanos. É uma crítica forte à indústria de adoção e ao tratamento meio que leviano que a mídia faz em torno da adoção de crianças africanas por celebridades. Uma crítica bem incisiva mesmo, mas que expõe o bebê. Além disso, também critica o estereótipo do negro no contexto americano-do-norte.

Mas as minhas partes prediletas com certeza são as que remetem à questão da homofobia. São muito, mas muito engraçadas e bem dedo na ferida. As conversas dele com o pastor que promete “curar” gays (um dos passos é não ouvir Village People, viu gente? ) e a aulinha de defesa pessoal para quando você for atacado na rua por um homossexual (vocês, heteros que se sentem perseguidos por LGBTT e acham que cantadas vindas deles são ofensas terríveis, assistam a essa aula). Tem também uma cena em que um bando enoooorme de homofóbicos meio que são obrigados a assistir a uns tremendos amassos gays assim, de platéia. Quase morro de rir. ADOREI!!!! Quando sair o DVD, vou copiar para mim para assistir a essa cena milhões de vezes. É de lavar a alma.

No mais, recomendo demais que vocês assistam Bruno, porque é uber, uber legal!

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