segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A mais nova foca!



Acabou a saga da monografia, enfim! Aliás, acabou uma caminhada muito importante na minha vida: terminei a faculdade de Jornalismo! Agora sou uma foca, que é como o jargão chama os novos jornalistas no mercado. Agradeço muito a todos aqueles que de alguma maneira contribuíram para esse feito, seja através de conselhos ou empréstimo de livros (aliás, tenho que marcar de devolver) ou mesmo das pessoas que comentaram e deram apoio enquanto contei a respeito dessa saga aqui no blog. Inclusive aos milhões de leitores silenciosos (porque eu sei que vocês existem), meu super super muito obrigada!
E aí eu acho que estou devendo contar como se deram algumas coisas.

O dia D... de Defesa
Eu estava muito ansiosa porque eram três grandes emoções no mesmo dia. A defesa do boy seria
pela manhã, às 11h com uma banca muito semelhante à minha. Depois do almoço, às 14h, seria a defesa da Thaty Nascimento, grande amiga nossa, banca de defesa gêmea do Potô. Só depois, às 15h, a minha defesa, somente uma integrante diferente das bancas anteriores. Ou seja, eu tive o almoço mais ansioso de toda a minha vida, e depois mais 2 horas de interminável apreensão.

Pela manhã, o Potô fez uma apresentação ótima, com direito a elogios muito pomposos, do tipo “um trabalho de grande importância acadêmica”. Hein? My boy, baby! Após a apresentação e comentários da banca, sai todo mundo da sala, abraços, beijos, calma meu amor... Banca chama todo mundo de volta e informa que o meu futuro marido tirou... 9!!! Gritos de alegria, família do Potô comemorando, amorzão super emocionado chorando e eu quase papocando de orgulho. Muita felicidade!

Depois, a agonia do almoço. Engoli minha macarronada (só com molho e queijo) enquanto enlouquecia nosso amigo Antoniel que foi a única companhia para o almoço, já que Potô precisou sair. E eu ficava lá, tagarelando, enquanto o coitado ia ficando um pouco mais nervoso que eu. Pense numa criatura se tremendo todinha, morrendo de medo de estourar o tempo da apresentação, excluindo um monte de slides, incluindo outros, e relendo monografia enquanto engolia uma macarronada... Ai, ai!

Aí, às 14h, Thaty chega. VERDE. Ela sempre fica verde quando tá nervosa e para a defesa não
poderia ser diferente. Chegou em comitiva com a família, na medida em que iam chegando também vários colegas para assistir às nossas apresentações. Um dos grandes medos dela era o mesmo que o meu: estourar o tempo. Porque a gente passa 1 ano escrevendo o babado, pesquisando, estudando feito condenados, para ter que apresentar em 20 min! Se estourar, perde-se um ou dois pontos na nota, não lembro bem. E como na Estácio FIC só vão para a biblioteca trabalhos com notas iguais ou superiores a 9 (queria tanto que eles fossem mais exigentes em outros aspectos também), estourar o tempo significa que os alunos na Faculdade não veriam nossas monografias no acervo, o que seria uma grande decepção depois de tanto esforço.

Aí nossa amiga fez sua apresentação. Com medo de ultrapassar o tempo, começou a falar feito um foguete. A orientadora pediu que ela se acalmasse e falasse mais devagar. Não adiantou taaanto mas melhorou o entendimento do que estava sendo dito. E o trabalho da bicha ficou genial. Depois que ela terminou, a sala quase foi abaixo de tantos aplausos. Silêncio que a banca vai falar, elogios, comentários, sugestões, mais elogios, peço licença a todos que agora a banca vai decidir a nota, sai todo mundo, abraça Thaty, beija Thaty, Thaty verde feito o Hulk, pronto, podem entrar. Thaty aprovada com nota... 10! Quase que a sala explodiu.

E lá fora, minha orientadora aguarda. Pergunta como eu tô, se já chequei os slides, se está tudo bem. E eu apavorada: tá tudo bem. Por que???? Não parece??????? O carinha do áudio visual vai na sala, instala notebook. Eu abro os slides, graças à deusa o negócio tá prestando, a platéia se prepara para assistir à minha apresentação. Minha orientadora pergunta se eu já poderia começar. Depois do arraso de Potô e Thaty, eu estava me sentindo como alguém que fosse tocar num show de rock depois do Elvis. Pedi mais uns minuti
nhos pra pôr os nervos no canto e comecei.

A apresentação foi muito mais calma do que achei que seria. Como se tratava do tema gênero (eu analisei algumas matérias que foram publicadas na revista Capricho este ano) fiquei muito à vontade, inclusive quebrando quase que completamente a formalidade. Quando já tinha passado da metade dos slides, a orientadora avisou que ainda tinha 10min, então eu fiquei muito tranqüila até o último slide. Achei a apresentação gostosa até. E divertida também.

Só que aí a banca falou. E como falou.

Fizeram muitos elogios, destacaram pontos legais do meu trabalho, parabenizaram a orientadora. Até aí, blz. Mas quando começaram a pontuar as discordâncias eu fui murchando, murchando, me preocupando, me encolhendo... Quer dizer, estava levando todas as observações na boa porque escolhi muito bem os integrantes da banca. Gente muito competente, grandes profissionais. Sei que tudo estava sendo dito muito seriamente e que só contribuiria para meu aprendizado. Mas a real é que eu achei que ia tirar um 2. Muito medo da nota. Anotei todas as sugestões, destaquei que várias ressalvas seriam realizadas, agradeci aos comentários, respondi a algumas questões, e saí com a platéia para aguardar a sentença.

Enquanto esperava, a tensão era total. E acho que não tinha ninguém otimista ali, porque eu estava sentindo aquela aura sinistra de quando alguma coisa dá em merda. Algumas pessoas vieram falar comigo, foi a vez do Potô abraçar, dando aquele carinho gostoso de quem protege a gente.

Quando a banca chamou todo mundo de volta eu estava muito apreensiva. A orientadora toma a frente e “Sheryda Lopes, a banca aprovou sua monografia [ai, que bom pelo menos eu me formei] para graduação em Jornalismo com nota máxima: 10!”. Enquanto algumas pessoas aplaudiam, eu não conseguia fechar a boca, e só saiu a mesma coisa de quando soube que o Michael Jackson tinha morrido. “Valha!”.

Depois de muitos abraços e algumas fotos, eu com a sensação que tinha tomado uma garrafa cheia de pedra hume diluída, fomos comemorar numa churrascaria (me entupindo de feijão verde e macaxeira, fique claro). Chamamos os professores mas somente minha orientadora pôde ir. Quando contei que esperava uma nota ruim da banca, ela disse, muito carinhosa: Tu é brôca? Eles só te elogiaram nos comentários!
É, acho que a monografia acabou com o que me sobrava de juízo e senso de percepção. Mas ao menos agora eu não preciso mais sentir inveja da Reese Whiterspoon!

2 comentários:

Cleane Braga disse...

Parabéns pela monografia enfim terminada. Tenho certeza que foi um execelente trabalho, já que vc escreve muito bem e isso é muito importante pra uma jornalista.
Faço Publicidade e Propaganda e também espero me formar em jornalismo algum dia.
Vou continuar acompanhando o blog.
Boa sorte.

Sheryda Lopes disse...

Muito obrigada! Pode frequentar este espaço quando quiser e será sempre bem - vinda!

Bjos de borboleta!