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sábado, 25 de fevereiro de 2012

A mãe pródiga



Caramba, há séculos não venho aqui. Se ainda houver viventes visitando este espaço, peço desculpas pela ausência. Há alguns meses entrei numa crise existencial em relação a este blog. O layout me cansava e além disso, não consegui me posicionar em relação à sua pauta. Por isso, fui comprar cigarros e não voltei mais. No momento estou colaborando no Gavetta, um blog de frescurinhas e outras cositas más. Mas isso não quer dizer que tenha abandonado meu feminismo também. Ele continua firme, embora em certos momentos dê uma certa cambaleada. Mas depois de umas DR’s a gente volta um com o outro, sempre. Não são alguns batons, makes e outras amelices modernas que vão destruir a essência. Afinal, sectarismo cansa. Lá no Gavetta tem uma galerinha boa postando novidades e dicas sobre design, fotografia, moda, make... Uma ruma de coisas legais.

E quem sabe eu não tenho uma DR com este blog e me resolvo com ele também? Afinal, até os Los Hermanos estão saindo de suas férias “sem hora para acabar”.

Vamos acompanhar.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sher doando




Tal como prometido, fiz minha primeira doação de sangue. :) Achei o processo rápido e simples, todos os funcionários me acolheram muito bem, me decepcionei um pouco com o famoso lanchinho do qual todo mundo falava (suquinho ruim, acho que desses prontos), embora o sanduíche estivesse muito gostoso, mas principalmente, ajudei alguém que esteja precisando. A propósito, dá para ver pelo vídeo que a agulha é um pouco assustadora, mas realmente não dói muito. Juro.

Um detalhe, a enfermeira disse que lá no Fujisan, que foi onde doei, eles permitem que homossexuais façam doações de sangue. Desde que a pessoa tenha uma vida sexual "não promíscua", ou seja, com um parceiro sexual fixo, de preferência. Isso quer dizer que mesmo que você seja hetero, se tiver uma vida sexual muito "variada", provavelmente a doação não será permitida.

A afirmação da enfermeira condiz com a nova portaria publicada em junho deste ano, pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A intenção é que a orientação sexual não seja mais considerada empecilho para doação de sangue, assim como raça, cor, etnia e condição social ou econômica. A mudança é tão recente e pouco divulgada que chegou a surpreender até um grupo que se manifestava pela legalização da doação por gays, que foi informado durante o próprio ato sobre a mudança.

Só que depois de uma rápida conversa com a enfermeira simpática, ela pediu que eu lesse um papel com algumas afirmações. Perto do papel tinha uma maquininha com um botão vermelho e um verde. Caso alguma das minhas resposta fosse positiva, eu deveria apertar o botão vermelho. Isso é o voto de auto-exclusão. Dentre as alternativas, "relação homossexual", e ter tido relação com bissexual a menos de uma ano.

Acho isso incoerente. Se o problema é o pretenso doador ter vários parceiros sexuais, então por que colocar os homossexuais entre os grupos de risco na doação? Mas ela me explicou que após a entrevista, o homossexual tendo parceiro fixo, ela pediria que ele apertasse o botão vermelho somente se alguma das outras alternativas fosse positiva. Mesmo assim, só o fato de a homossexualidade e a bissexualidade constarem na lista já demonstra um juízo de valor a meu ver, discriminatório.

Teste rápido de anemia.

Voto de auto-exclusão.

Lanche antes da doação.

Meu sangue após a doação. Tomara que ajude alguém. :)

Lanchinho depois.

O sandubinha tava gostoso :)


quinta-feira, 14 de julho de 2011

#ParaSempreAnaLuiza

Há alguns dias uma hash tag nos trending topics do Twitter me chamou a atenção. Era #ForçaAnaLuiza, e se tratava de uma corrente virtual torcendo para que uma menininha amazonense vencesse a batalha contra um câncer raro e cruel. Pelo jeito a garotinha que faria 7 anos este mês já era famosa no Brasil inteiro, já tinha até dado entrevista na televisão. Mas eu estava por fora.

Curiosa como sou, fucei a história da pequena e encontrei o blog da mãe dela. Nele, muitas fotos mostrando a trajetória da vida de uma criança que mudara tão bruscamente em pouquíssimos meses. Desde antes do diagnóstico, exibindo um sorriso enorme e uma medalha, até a perda total do cabelo, à mudança da cor da pele, que se tornou amarelada devido à quimio.

A cicatriz na cabeça devido à operação e um catéter de quase 15 cm implantado no pescoço dela, deixavam claro que ela vinha enfrentando uma situação bastante difícil.

Mas uma coisa estava presente em quase todas as fotografias: Um sorriso intenso e brilhante, como se ela não estivesse passando por nenhum sofrimento. A cada presente ganho, a cada pequeno agrado, a menina parecia ter as forças renovadas.

Confesso que de cara não li o blog até por preguiça. Posts enormes narravam a história da pequena e as fotos já me deixavam bastante triste. E assim me contentei em apenas torcer pela melhora dela e dar uma olhada de vez em quando nas mensagens de apoio que pessoas do Brasil inteiro, e até do exterior enviavam.

Esta semana recebi a notícia por uma colega de trabalho que a menina havia falecido. Procurando a hashtag mais uma vez, confirmado. "Se foi. Meu anjinho do céu.", twitou o PAIdrasto da garotinha. Muito triste, resolvi conferir quem foi Ana Luiza, através do olhar de sua mãe guerreira, que tão corajosamente batalhou pela vida da filha e ainda por cima teve coragem de narrar tudo num blog.

E que história surpreendente. Todos os problemas que a família enfrentou e a força da garotinha são realmente inspiradores e até mesmo dignos de nos fazer passar vergonha. Vergonha de todas as vezes em que achamos que temos um problema e na verdade é pura frescura.

Cheios de saúde, nos queixamos de banalidades. Enquanto isso uma garota de apenas 7 anos, privada de brincar, sofrendo dores terríveis e estando ligada a um mundo de aparelhos... sorri. Sorri pela visita de amigos, por ter ganho um livro, por uma piada dos avós, por um simples passeio na praia sem direito a banho de mar. Enquanto no dia a dia muitos de nós tem preguiça de ver os amigos, nunca aproveitamos nada e evitamos nossa família. Enclausurados e cegos por nossos egos.

Outra coisa que mexeu comigo foi a fé da família e da própria Ana Luisa. Mesmo sendo uma fé diferente da minha, era algo admiravelmente forte e que com certeza os amparou demais durante toda a batalha. Uma fé pura e bonita, que só fez bem a quem a alimentou. Não uma fé como as que já vi, dessas que alimenta o ódio contra outras pessoas.

A fé de Ana e sua família era pura de amor e esperança. Mesmo diante de tanto sofrimento, eles ainda lembravam de se importar com outras famílias que enfrentavam a mesma situação, mas sem os mesmos recursos. Uma fé regada de solidariedade, e ao invés de ficarem apontando quem merece ou não ir para o céu, simplesmente torciam pela vitória aqui na Terra mesmo. Por um pouco de alívio para os doentes.

E agora que Ana Luisa se foi, o que resta é o que foi aprendido com sua luta. Que viver é para ontem. Que aqueles que amamos não estarão conosco para sempre, que NÓS não ficaremos aqui para sempre.

E por coincidência (ou não), descobri que uma amiga está com um tio doente com câncer, e que ele precisa urgentemente de doações de sangue. O tipo dele é raro, e tenho quase certeza que é o mesmo que o meu. Quase porque sempre ouvi que não podia doar sangue, devido a uma hepatite quando era criança, e até por isso nunca fiz testes de laboratório para saber que letrinha meu sangue carrega. Mas uma vez, durante uma feira científica uma estudante furou meu dedo, pingou um negocinho e me disse que eu era O -.

Telefonei para o local onde se doa e me informaram que só quem teve hepatite A depois dos 10 anos de idade não pode doar. Como a minha foi com 9, eu posso. A não ser que eu não esteja pesando acima de 50 quilos, o que é um risco, já que meu peso sempre oscila nessa faixa.

Mas mesmo com algumas incertezas, hoje estou indo fazer a doação. Ou tentar fazer a doação. Espero siceramente poder ajudar o tio da minha amiga e que o tipo sanguíneo dele seja mesmo compatível com o meu. Mas se não for, que meu sangue sirva para outra pessoa.

O importante é que eu vou tentar. Porque viver é para ontem.


terça-feira, 12 de julho de 2011

Guia do Mochileiro das Galáxias


Há algum tempo comentei a respeito da 1ª compra que fiz no Estante Virtual, que é uma rede de sebos na Internet. O livro que comprei foi o Julie & Julia, que primeiro era blog, depois virou livro e depois filme. Este último já está na minha lista de prediletos, e já assisti um monte de vezes (Leia as partes 1, 2 e 3 da crítica que escrevi). O livro era um desejo antigo.

O namoradinho está aqui do lado palpitando enquanto escrevo e reinvidicando, com razão, o crédito pelo filme, já que foi ele quem me deu de presente. E de surpresa. Também pudera: Pedi para que ele alugasse o filme umas cinco vezes, então acho que percebeu que sairia mais barato comprar logo o DVD. rs. Thanks, love!

Mas enfim. Assim como comprei o Julie & Julia no Estante, e por sinal adorei a compra, também experimentei usar outro site: O Submarino.

Resolvi presentear o namoradim com o Guia do Mochileiro das Galáxias, e vi que estava na promoção, então efetuei a compra. São cinco livros, e todo o box saiu por 50 reais. 10 reais cada livro, achei que estava bom. Ah, e também teve o frete.

Mas ao contrário do Estante, a entrega pelo Submarino não foi tranquila: O atendimento deles é muito impessoal, feito boa parte por essas mensagens automáticas. E quando meu pedido ficou retido por causa do ICMS, isso ocasionou maior demora no recebimento e as respostas continuaram estranhas. Fiquei insegura, achando que não receberia o livro.

Os cinco livros são fininhos, por volta de 200 a 300 páginas cada um. A capa deles é fininha, molinha e sem aquelas orelhas que falam do autor e da obra. Cheguei a pensar que se tratava de uma edição condensada, mas não, é isso mesmo. Confesso que fiquei um pouco de decepcionada pela qualidade, esperava edições de capa mais resistente, com mais informações e num formato maior. Então me toquei que no site do Submarino não tem grandes descrições do livro, então a gente simplesmente imagina uma coisa e na verdade é outra.

Outra coisa, pelo menos uma das edições veio com defeitos: um erro de impressão e recorte em uma das páginas e um amassado na contra capa. Mas todas vieram cobertas com papel filme.

Como o boy está lendo outras coisas da nossa biblioteca, resolvi ler o Guia. Já terminei o primeiro e recomendo. É divertido, de um jeito extremamente descarado e cara de pau. Muito maluco o livro, muito doido mesmo. Pena que estou num ritmo em que a leitura é feita meio às pressas, muitas vezes passo dias sem pegar na obra. Até por isso não publiquei a crítica de Julie & Julia aqui, porque acho que não li o livro do jeito certo. Aliás, acho uma certa falta de respeito ler livros às pressas. Parece falta de consideração com eles.






sexta-feira, 8 de julho de 2011

Meditação: uma forma de abraçar a tranquilidade




(Clique para ampliar)


Perfeitas

Uma das coisas que mais gosto nesses tempos de Internet é a democratização das produções de conteúdo. Apesar de ter muita bobagem, coisa feita a esmo e na base da pretensão, também tem muita coisa boa.

Em se tratando de moda, os blogs fazem uma coisa incrivelmente simples, mas ao mesmo tempo super inspiradora. Desde o sucesso da Cris Guerra e o Hoje Vou Assim, o simples ato de mostrar o look nosso de cada dia revela a criatividade de gente de muitos lugares. E aí descobre-se que somos capazes de combinar cores, fazer sobreposições, resgatar peças velhas do guarda-roupa. Gente comum, simplesmente compartilhando fotinhas um tanto narcisistas mas super divertidas de se fazer e mostrar.

Ah, e nem precisa ter tanta grana assim. A Ana Carolina, do Hoje Vou Assim Off, inspirou-se na Cris Guerra e mostra seus próprios looks, porém montados com peças de lojas de departamento, itens comprados em feiras, coisinhas desenterradas do guarda-roupa, etc. Gente como a gente, ela tem problemas financeiros e tenta mostrar formas de usar as mesmas peças de roupa de formas diferentes. Fashionisses sustentáveis.

Nos blogs de moda, pessoinhas comuns, fora do padrão inalcançável de beleza. Gente sem photoshop, muitas sem câmera profissional ou tripé, que tem rugas, olheiras, cabelo fora de corte, veias aparentes nas mãos e pés, esmalte descascando...

Adoro todas essas imperfeições, porque tornam a expressão através do vestuário muito mais real e palpável. Mostram que bom gosto e criatividade vão além de toda a montanha de laquê e maquiagem dos anúncios, desfiles de moda e capas de revistas. E que ao invés de se estressar ao montar produções em que escondemos defeitos, podemos nos divertir mostrando o que há de imperfeito e real.

E assim como a Cris Guerra, somos todas nossas princesas, se quisermos. E escravas libertas também. Somos jovens, somos idosas, somos LGBTT, somos hetero, negras, asiáticas, brancas, indígenas, urbanas, rurais, estudantes, ciclistas. Somos heroínas de nossas histórias e das histórias de outras mulheres, e não apenas um pedaço de tecido ou sapato mostra isso.

Nossa carga está nas rugas, nas fotos sem foco, no nariz imperfeito, nos quilos a mais. E para que escondê-los? Muitas vezes eles são o que há de mais original e único em nossos looks.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vídeo do Projeto #Eu sou gay já está no ar

Há algum tempo postei por aqui a minha fotinha aderindo ao Projeto #Eu sou Gay. Para quem não lembra, a intenção era enviar uma foto na qual a pessoa segurasse uma plaquinha ou algo assim, na qual estivesse escrito “#eusougay”. Para participar não precisava ser necessariamente gay, a ação era na verdade uma forma pacífica de se colocar a favor de um mundo mais colorido e livre de intolerância.

A intenção era reunir muitas fotos num vídeo, que por sinal já está rolando na Internet! Infelizmente a minha foto não foi selecionada L, mas mesmo assim achei o resultado muito lindo. Dá uma felicidadezinha muito boa ver coisas assim. Acho que vou fazer de conta que faz parte do meu presente de aniversário hehehe.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Responda a enquete...

... que está aí ao lado, por favor. :)

O IBGE do Sherviajando continua.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dance!

Artigo sobre os benefícios da dança, para o Blog do Abraço.


Clique para ampliar.

Este vídeo com a Ana Botafogo e o Carlinhos de Jesus dançando complementa o texto.

Onde seus amigos andam?

Artigo sobre o Foursquare, para o Blog do Abraço.


Clique para ampliar.

sábado, 4 de junho de 2011

Eu quero ir de bike


O trânsito em Fortaleza está caótico. Isso é fato comentado todos os dias nesta cidade, que mesmo sendo relativamente pequena, faz seus moradores perderem tempo, paciência e um pouco da alegria de viver todos os dias. Não existe mais um horário por aqui em que os ônibus não estejam lotados e o trânsito não esteja lento. Fora o terrível problema das ruas esburacadas, que parece não ter solução ou responsáveis.

Por essas e outras, tenho muita vontade de adotar a bicicleta como meio de transporte mas não sei se dou conta. Todo mundo comenta o quanto o trânsito é violento com os ciclistas. A cidade não tem ciclovias, pelo menos não que levem a outros lugares. Os poucos espaços existentes reservados a ciclistas só têm alguns metros de comprimento, no máximo poucos quilômetros em linha reta. Então, a não ser que você more exatamente na mesma rua do seu trabalho, prepare-se para pedalar entre ônibus e caminhões.

Apesar de ficar apavorada com a idéia de usar a bicicleta nesse trânsito, pelo menos existe a possibilidade de pensar em rotas alternativas, menos movimentadas. Mas aí, o problema é outro tipo de violência. Conheço algumas pessoas que usam a bicicleta, ou usavam, para ir trabalhar mas desistiram depois de serem assaltadas e terem o veículo levado. Lembro da primeira e última vez em que fui assaltada, e bem, não é um sensação lá muito agradável.

Em compensação, conheço pessoas que usam a bike para ir a vários lugares e nunca tiveram muitos problemas. Geralmente elas moram em bairros vizinhos aos que costumam frequentar. Elas me inspiram a tentar, juntando isso à vontade de praticar esportes e ao abuso de ficar mais de 40 minutos esperando um ônibus que virá lotado e com certeza ficará preso em algum engarrafamento. Também adoro ver pessoas pedalando e me dá muita inveja vê-las passando por mim quando estou presa no trânsito.

Outra inspiração: as fotos de pessoas super fashion pedalando, a maioria delas da Europá, onde o povo já se tocou da importância em usar veículos menos poluentes faz tempo. Quer dizer, eu não queria ter que trabalhar sempre de mochila e roupa de ciclista, se trocar no trampo, essas coisas. Também não queria sair de carro todos os dias, contribuindo para o tal trânsito e para a poluição. As fotinhas são inspiradoras, principalmente estas, retiradas de um dos meus blogs de moda prediletos, o The Sartorialist. Gente andando de bike usando vestido e até salto alto! E as bolsas de alça colocada dentro da cestinha? Fofo.





Quando as vi, fiquei encantada e pensei: beleza, mas esse povo aí parece que não está com medo de ser roubado e convenhamos: aqui não é Amsterdã. Só que encontrei este outro blog, que será favoritado com certeza: A Gata de Rodas adotou a bicicleta em São Paulo, mundialmente conhecida pelo trânsito caótico e também pela violência. Sem falar que é uma cidade enorme, bem maior que Fortaleza. Reparei que ela não usa capacete, acessório que eu não pretendo dispensar, mas mesmo assim o blog vale a visita.

Outro estímulo bacana é o Bike Anjo, uma rede de ciclistas voluntários que ajudam pessoas que estão querendo usar a bicicleta no contexto urbano, como eu. Infelizmente ainda não tem Bike Anjo por aqui, mas enquanto isso, vou acompanhando as dicas. Porque com o casório, espero morar um pouco mais perto do trabalho. E aí, provavelmente uma magrela será incluída na listinha de chá de panela. :)

domingo, 29 de maio de 2011

Livros novos: Sergio Vilas Boas e Alberto Perdigão



Logo que cheguei ao Encontro ontem, vi uma mesa com o livro "Comunicação Pública e TV Digital", do ex-apresentador da TV Verdes Mares, filiada da Rede Globo aqui no Ceará, Alberto Perdigão. Fiquei bem interessada porque não sei muito a respeito de TV Digital, então o livro poderia ser uma fonte interesante sobre o tema.

Conversei com o autor na hora e ele explicou que o livro defende que é possível uma importante mudança em prol da democracia caso a TV Pública utilize os recursos da TV Digital. Fiquei curiosa porque sempre ouço que o modelo adotado pelo Brasil se limita apenas à qualidade de imagem e áudio, e que democratização mesmo não tem. Mas ele afirmou que é possível sim, a partir da evolução tecnológica do modelo adotado no Brasil. Adquiri o livro na mesma hora, por 30 reais, e estou curiosa por começar a lê-lo.


E outro que entrou para a biblioteca, já há algum tempo, é o "Perfis e como escrevê-los", do Sergio Vilas Boas. Esse adquiri durante uma palestra realizada na UFC, pelo próprio autor, a respeito de jornalismo literário. Fiquei tão encantada com a palestra que acabei escolhendo um livro dele na saída. Esse fala sobre a técnica e a importância de escrever perfis. Pode ser de uma pessoa ou até mesmo de uma instituição. Acho que custou 35 reais.


Apesar de já ter começado a ler o Perfis há algum tempo e ainda não ter terminado (ao contrário da Saga Crepúsculo e do Marley e Eu, que foi rapidinho rsrsrs), me dá muito prazer ler, trabalhar e conversar sobre comunicação. Posso até não ficar ricah, mas que minha vocação é para isso, não tenho dúvidas.

sábado, 28 de maio de 2011

Encontro de blogueiros no Ceará


Estou participando do Encontro de Blogueiros no Ceará (clique para assistir ao vivo), hoje e amanhã, aqui no Cuca Che Guevara, em Fortaleza. Pela manhã, tivemos palestra com vários blogueiros e jornalistas, dentre eles o Paulo Henrique Amorim e a Georgia Pinheiro, da TV Record e do blog Conversa Fiada, onde postam críticas políticas. Quando cheguei, as falas dos outros palestrantes já haviam passado e peguei o finalzinho da fala do Paulo Henrique Amorim e as perguntas da plenária, maioria direcionadas a ele. Ele falou basicamente do contexto dos blogs que não tem medo de fazer críticas severas ao cenário político e como a maioria deles já foi processado, inclusive o Conversa Fiada. Criou-se um clima de status "diferenciados" para os "blogs sujos", os que já foram processados, ao que o jornalista anunciou: "Diga quem te processa e te direi quem tu és". E mais, em tom de meia brincadeira: "Os blogueiros que ainda não foram processados providenciem um processo imediatamente!".

Sei lá, acho fácil falar. Se você já tem o nome consolidado no mercado da comunicação, e principalmente, grana para pagar advogado, é fácil não ter medo e até se gabar de ser processado. Agora para as foquinhas cearenses, que desejam viver de jornalismo, conseguir emprego num mercado coronelista como este, é outra história. O próprio jornalista, diante da pergunta da Lola Aronovich, que criticou o jornalismo da rede Record, admitiu que se trata de uma meia liberdade e até mesmo a ética profissional o impede de criticar a Record no blog. Mesmo que não tenha nenhuma ligação com o Portal R7. Pena que as incrições terminaram antes que eu pudesse fazer minha pergunta ao Paulo Henrique, que seria justamente nesse contexto dos recém formados, e não só de criticar a própria empresa em que se trabalha publicamente, mas sei lá. O que aconteceria se o Paulo Henrique defendesse a legalização do aborto ou o kit anti-homofobia no Conversa Fiada, por exemplo? Como ficaria a liberdade de expressão, nesse caso? Ou melhor, cadê ela, nesse caso?

Aconselho que todos participem de encontros como este, principalmente quem trabalha na área de comunicação. E não falo só de redatores não, todos os profissionais envolvidos no processos de disseminação de informação, precisam participar de encontros que discutem democracia. Porque senão a gente acaba vivendo só pelo contra-cheque e esquece a importância social da nossa profissão.

Mas utopias à parte, algumas imagens do Encontro, tiradas na minha humilde câmera.


Palestrantes

Palestrantes

Paulo Henrique Amorim

Eu e Lola Aronovich, do Escreva Lola Escreva

Almoço com outros encontristas