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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sher doando




Tal como prometido, fiz minha primeira doação de sangue. :) Achei o processo rápido e simples, todos os funcionários me acolheram muito bem, me decepcionei um pouco com o famoso lanchinho do qual todo mundo falava (suquinho ruim, acho que desses prontos), embora o sanduíche estivesse muito gostoso, mas principalmente, ajudei alguém que esteja precisando. A propósito, dá para ver pelo vídeo que a agulha é um pouco assustadora, mas realmente não dói muito. Juro.

Um detalhe, a enfermeira disse que lá no Fujisan, que foi onde doei, eles permitem que homossexuais façam doações de sangue. Desde que a pessoa tenha uma vida sexual "não promíscua", ou seja, com um parceiro sexual fixo, de preferência. Isso quer dizer que mesmo que você seja hetero, se tiver uma vida sexual muito "variada", provavelmente a doação não será permitida.

A afirmação da enfermeira condiz com a nova portaria publicada em junho deste ano, pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A intenção é que a orientação sexual não seja mais considerada empecilho para doação de sangue, assim como raça, cor, etnia e condição social ou econômica. A mudança é tão recente e pouco divulgada que chegou a surpreender até um grupo que se manifestava pela legalização da doação por gays, que foi informado durante o próprio ato sobre a mudança.

Só que depois de uma rápida conversa com a enfermeira simpática, ela pediu que eu lesse um papel com algumas afirmações. Perto do papel tinha uma maquininha com um botão vermelho e um verde. Caso alguma das minhas resposta fosse positiva, eu deveria apertar o botão vermelho. Isso é o voto de auto-exclusão. Dentre as alternativas, "relação homossexual", e ter tido relação com bissexual a menos de uma ano.

Acho isso incoerente. Se o problema é o pretenso doador ter vários parceiros sexuais, então por que colocar os homossexuais entre os grupos de risco na doação? Mas ela me explicou que após a entrevista, o homossexual tendo parceiro fixo, ela pediria que ele apertasse o botão vermelho somente se alguma das outras alternativas fosse positiva. Mesmo assim, só o fato de a homossexualidade e a bissexualidade constarem na lista já demonstra um juízo de valor a meu ver, discriminatório.

Teste rápido de anemia.

Voto de auto-exclusão.

Lanche antes da doação.

Meu sangue após a doação. Tomara que ajude alguém. :)

Lanchinho depois.

O sandubinha tava gostoso :)


quinta-feira, 14 de julho de 2011

#ParaSempreAnaLuiza

Há alguns dias uma hash tag nos trending topics do Twitter me chamou a atenção. Era #ForçaAnaLuiza, e se tratava de uma corrente virtual torcendo para que uma menininha amazonense vencesse a batalha contra um câncer raro e cruel. Pelo jeito a garotinha que faria 7 anos este mês já era famosa no Brasil inteiro, já tinha até dado entrevista na televisão. Mas eu estava por fora.

Curiosa como sou, fucei a história da pequena e encontrei o blog da mãe dela. Nele, muitas fotos mostrando a trajetória da vida de uma criança que mudara tão bruscamente em pouquíssimos meses. Desde antes do diagnóstico, exibindo um sorriso enorme e uma medalha, até a perda total do cabelo, à mudança da cor da pele, que se tornou amarelada devido à quimio.

A cicatriz na cabeça devido à operação e um catéter de quase 15 cm implantado no pescoço dela, deixavam claro que ela vinha enfrentando uma situação bastante difícil.

Mas uma coisa estava presente em quase todas as fotografias: Um sorriso intenso e brilhante, como se ela não estivesse passando por nenhum sofrimento. A cada presente ganho, a cada pequeno agrado, a menina parecia ter as forças renovadas.

Confesso que de cara não li o blog até por preguiça. Posts enormes narravam a história da pequena e as fotos já me deixavam bastante triste. E assim me contentei em apenas torcer pela melhora dela e dar uma olhada de vez em quando nas mensagens de apoio que pessoas do Brasil inteiro, e até do exterior enviavam.

Esta semana recebi a notícia por uma colega de trabalho que a menina havia falecido. Procurando a hashtag mais uma vez, confirmado. "Se foi. Meu anjinho do céu.", twitou o PAIdrasto da garotinha. Muito triste, resolvi conferir quem foi Ana Luiza, através do olhar de sua mãe guerreira, que tão corajosamente batalhou pela vida da filha e ainda por cima teve coragem de narrar tudo num blog.

E que história surpreendente. Todos os problemas que a família enfrentou e a força da garotinha são realmente inspiradores e até mesmo dignos de nos fazer passar vergonha. Vergonha de todas as vezes em que achamos que temos um problema e na verdade é pura frescura.

Cheios de saúde, nos queixamos de banalidades. Enquanto isso uma garota de apenas 7 anos, privada de brincar, sofrendo dores terríveis e estando ligada a um mundo de aparelhos... sorri. Sorri pela visita de amigos, por ter ganho um livro, por uma piada dos avós, por um simples passeio na praia sem direito a banho de mar. Enquanto no dia a dia muitos de nós tem preguiça de ver os amigos, nunca aproveitamos nada e evitamos nossa família. Enclausurados e cegos por nossos egos.

Outra coisa que mexeu comigo foi a fé da família e da própria Ana Luisa. Mesmo sendo uma fé diferente da minha, era algo admiravelmente forte e que com certeza os amparou demais durante toda a batalha. Uma fé pura e bonita, que só fez bem a quem a alimentou. Não uma fé como as que já vi, dessas que alimenta o ódio contra outras pessoas.

A fé de Ana e sua família era pura de amor e esperança. Mesmo diante de tanto sofrimento, eles ainda lembravam de se importar com outras famílias que enfrentavam a mesma situação, mas sem os mesmos recursos. Uma fé regada de solidariedade, e ao invés de ficarem apontando quem merece ou não ir para o céu, simplesmente torciam pela vitória aqui na Terra mesmo. Por um pouco de alívio para os doentes.

E agora que Ana Luisa se foi, o que resta é o que foi aprendido com sua luta. Que viver é para ontem. Que aqueles que amamos não estarão conosco para sempre, que NÓS não ficaremos aqui para sempre.

E por coincidência (ou não), descobri que uma amiga está com um tio doente com câncer, e que ele precisa urgentemente de doações de sangue. O tipo dele é raro, e tenho quase certeza que é o mesmo que o meu. Quase porque sempre ouvi que não podia doar sangue, devido a uma hepatite quando era criança, e até por isso nunca fiz testes de laboratório para saber que letrinha meu sangue carrega. Mas uma vez, durante uma feira científica uma estudante furou meu dedo, pingou um negocinho e me disse que eu era O -.

Telefonei para o local onde se doa e me informaram que só quem teve hepatite A depois dos 10 anos de idade não pode doar. Como a minha foi com 9, eu posso. A não ser que eu não esteja pesando acima de 50 quilos, o que é um risco, já que meu peso sempre oscila nessa faixa.

Mas mesmo com algumas incertezas, hoje estou indo fazer a doação. Ou tentar fazer a doação. Espero siceramente poder ajudar o tio da minha amiga e que o tipo sanguíneo dele seja mesmo compatível com o meu. Mas se não for, que meu sangue sirva para outra pessoa.

O importante é que eu vou tentar. Porque viver é para ontem.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Coletores menstruais




Bem, o assunto é muito íntimo: menstruação. Quem tiver estômago frágil, aconselho a sair deste post sangrento imediatamente. Já se você é mulher e se importa com o meio ambiente, fique. Se você é homem e conhece alguma mulher que sofre com absorventes comuns, talvez queira compartilhar essa informação com ela.

A minha menstruação sempre foi razão de tormento pra mim. Desde os meus 10 anos, que foi quando menstruei pela primeira vez, ela me causou uma cólica absurda, que todos os meses me deixou de cama pelo menos um dia. E não era só a dor: junte a isso frio, dormência nas pernas e pressão baixa. É, eu sei. Muito Tarantino. Indo ao ginecologista todos os anos, só o que eles me passavam era analgésicos, nada que prevenisse a dor.

Alguns anos após a adolescência, a cólica ainda me ataca, só que bem mais leve. Mas um problema continua: alergia a absorventes comuns.

E aí que em 2011, resolvi fazer algo de diferente. A Carolys, minha colega de trabalho gavetteira e vegetariana me apresentou os coletores menstruais. São copinhos de silicone que se encaixam dentro da vagina, mais ou menos da mesma forma que os absorventes internos, aparando o sangue menstrual. Só que com eles, o sangue não fica em contato com nosso corpo, ao contrário dos absorventes comuns.

Outra diferença é que eles podem ser usados por até 12 horas seguidas, e segundo a Carolys, você o esquece completamente, pois são super confortáveis.

E o que o meio ambiente tem a ver com isso? Pois é, esse copinho não é descartável. Lavando-o com sabonete antisséptico e escaldando, pode usar de novo. E pasmem: se for bem conservado, ele pode durar por até 10 anos! Imagine a economia e a quantidade de absorventes que deixamos de jogar no lixo. É muita coisa.

Recentemente eu pedi o meu pelo site Guia Vegano, e custou 60 reais + frete. Nesse site você encontra muitas coisas que prometem ajudar o meio ambiente. A entrega pelos Correios atrasou um pouco, mas o responsável do Guia Vegano foi muito simpático, me ajudando e conversando diretamente comigo através do GTalk. Segundo ele, se demorasse mais eles enviariam outro copinho.

Ele vem com instruções de uso e uma sacolinha fofa, de tecido. Nas instruções há conselhos para que se escalde o objeto sempre, por isso comprei um papeirinho só para isso. Mas de acordo com a Carolys, se precisar esvaziar no dia a dia, lavar com sabonete antisséptico é suficiente. Nas instruções também diz que não se deve guardar o copinho em potinhos fechados hermeticamente, somente em bolsinhas de tecido ou necessaries mais ventiladas.

A bolsinha bonitinha que veio com ele.

Esse compridinho não é um canudo, rs, é como se fosse o cordãozinho do absorvente interno, mas você corta e deixa do tamanho que achar melhor. Para tirar, a paradinha para puxar nem é o mais importante, e sim uma forcinha mesmo. Não tem cordãozinho do lado de fora, ao contrário dos absorventes internos.

O material é maleável, daí uma das formas de colocar é dobrar ele desse jeito. Depois ele vai abrir, encaixando como se fosse um desentupidor de pia.


Eu ainda não testei o meu, mas segundo a Carolys, que tem o dela há vários anos, não tem nem comparação com os absorventes comuns. Além de confortável, dá para dormir sem calcinha, praticar esportes e além disso, evita infecções brabas que você pode adquirir se utilizar o absorvente durante muito tempo. E ela tem amigas que usam também, então acho que foi uma boa compra. Para quem interessar, #ficadica.

E eu prometo não fazer piadinhas etílicas sobre bloods mary’s.


domingo, 10 de julho de 2011

Como evitar a retenção de líquidos


Na corrida por uma alimentação mais saudável, é comum que os resultados esperados estejam diretamente ligados ao desejo de reduzir peso e medidas. Mas pode acontecer de mesmo tomando cuidado, a pessoa sentir que está acima do peso. Isso pode ser conseqüência da retenção de líquidos no organismo, que causa inchaço e cansaço, além de outros sintomas.

Conversei com a nutricionista Marcela Sansone, CRN3: 25538, que é dona do blog Nutrição Holística. Ela esclareceu algumas dúvidas e deixou ótimas dicas para evitar o problema.

Sherviajando: Então, que alimentos podem ajudar a evitar a retenção de líquidos?

Marcela: Então, pra retenção, a primeira coisa seria reduzir o sal! Sempre!

O ideal é a utilização do Sal Marinho, 5g por dia.

Sherviajando: Os alimentos embutidos, como presunto, por exemplo, pioram a retenção por causa do alto teor de sal?

Marcela: Sim, exatamente! Além do sal, eles contém muitos aditivos químicos, que pioram o funcionamento do corpo, fazendo com que a circulação sanguínea não flua como deveria! Outra dica boa são os alimentos ricos em potássio! Como a banana, por exemplo.

Sherviajando: É importante consumir bastante alimentos ricos em potássio?

Marcela: Sim, pois eles ajudam a diminuir a pressão, melhorando o fluxo sanguíneo!

Funcionam como "dilatadores" dos vasos sanguíneos.

Sherviajando: Além da banana, que outros alimentos são ricos em potássio?

Marcela: Hum, me deixe pensar... Todos os alimentos integrais, tudo que for integral tem maior concentração de potássio. Também alimentos oleaginosos, como as nozes e as frutas secas, como o damasco. Mas é necessário ver a individualidade bioquímica de cada um, pois existem algumas pessoas que podem apresentar alguma intolerância, ou alergia às nozes e ao damasco. Ah legal salientar que, o damasco sempre é boa opção contra a retenção, pois é diurético também!

Sherviajando: Então a dica é procurar sempre um nutricionista?

Marcela: Sim, sempre!!! Ou um médico. É sempre importante apertar essa tecla! Dicas são sempre válidas, mas é imprescindível entender como cada individuo responde à ingestão de determinado alimento. Afinal, cada pessoa é única!!!

Sherviajando: O abacaxi também é diurético?

Marcela: Sim! o abacaxi, o melão, semente de abóbora, damasco e chá verde, ah e a melancia também! Salsinha e Nabo!!

Sherviajando: Pela lógica, a retenção de líquidos significa água demais no organismo. Por que mesmo assim é preciso tomar muita água e evitar a desidratação?

Marcela: Hum, boa pergunta! Na verdade essa é uma dúvida bem comum! Vamos la! A água funciona como uma "vassoura". Conforme ela entra no organismo, ela vai diluindo e retirando o acumulo de líquidos do tecidos,. Desta forma, para que aja um reajuste e essa diluição não ocorra, o líquido acumulado nos tecidos vai migrando para a corrente sanguínea junto com as toxinas acumuladas.

Assim, ela retira o acumulo de líquidos e toxinas do corpo. Por isso quando bebemos muita água sempre temos mais vontade de ir ao banheiro, pois além do líquido ingerido estamos retirando o excesso de líquidos dos tecidos, junto com toxinas impregnadas!

Sherviajando: Quer dizer que a retenção de líquidos não é exatamente da água que tomamos, e sim de outros líquidos das células dos nossos tecidos?

Marcela: Sim! Exatamente!

quinta-feira, 9 de junho de 2011