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terça-feira, 19 de julho de 2011

Crítica: Cilada.com


Filme ruim, cara de sono, Potô corrigindo tooodas as minhas observações erradas sobre cinema... Mas foi muito divertido.

:) S2 s2 S2

terça-feira, 12 de julho de 2011

Guia do Mochileiro das Galáxias


Há algum tempo comentei a respeito da 1ª compra que fiz no Estante Virtual, que é uma rede de sebos na Internet. O livro que comprei foi o Julie & Julia, que primeiro era blog, depois virou livro e depois filme. Este último já está na minha lista de prediletos, e já assisti um monte de vezes (Leia as partes 1, 2 e 3 da crítica que escrevi). O livro era um desejo antigo.

O namoradinho está aqui do lado palpitando enquanto escrevo e reinvidicando, com razão, o crédito pelo filme, já que foi ele quem me deu de presente. E de surpresa. Também pudera: Pedi para que ele alugasse o filme umas cinco vezes, então acho que percebeu que sairia mais barato comprar logo o DVD. rs. Thanks, love!

Mas enfim. Assim como comprei o Julie & Julia no Estante, e por sinal adorei a compra, também experimentei usar outro site: O Submarino.

Resolvi presentear o namoradim com o Guia do Mochileiro das Galáxias, e vi que estava na promoção, então efetuei a compra. São cinco livros, e todo o box saiu por 50 reais. 10 reais cada livro, achei que estava bom. Ah, e também teve o frete.

Mas ao contrário do Estante, a entrega pelo Submarino não foi tranquila: O atendimento deles é muito impessoal, feito boa parte por essas mensagens automáticas. E quando meu pedido ficou retido por causa do ICMS, isso ocasionou maior demora no recebimento e as respostas continuaram estranhas. Fiquei insegura, achando que não receberia o livro.

Os cinco livros são fininhos, por volta de 200 a 300 páginas cada um. A capa deles é fininha, molinha e sem aquelas orelhas que falam do autor e da obra. Cheguei a pensar que se tratava de uma edição condensada, mas não, é isso mesmo. Confesso que fiquei um pouco de decepcionada pela qualidade, esperava edições de capa mais resistente, com mais informações e num formato maior. Então me toquei que no site do Submarino não tem grandes descrições do livro, então a gente simplesmente imagina uma coisa e na verdade é outra.

Outra coisa, pelo menos uma das edições veio com defeitos: um erro de impressão e recorte em uma das páginas e um amassado na contra capa. Mas todas vieram cobertas com papel filme.

Como o boy está lendo outras coisas da nossa biblioteca, resolvi ler o Guia. Já terminei o primeiro e recomendo. É divertido, de um jeito extremamente descarado e cara de pau. Muito maluco o livro, muito doido mesmo. Pena que estou num ritmo em que a leitura é feita meio às pressas, muitas vezes passo dias sem pegar na obra. Até por isso não publiquei a crítica de Julie & Julia aqui, porque acho que não li o livro do jeito certo. Aliás, acho uma certa falta de respeito ler livros às pressas. Parece falta de consideração com eles.






terça-feira, 14 de junho de 2011

Livro novo: Julie & Julia



Dia desses publiquei a crítica do filme Julie & Julia (parte 1, 2 e 3) e estou muito feliz, porque finalmente adquiri o livro que deu origem a filme. O bom é que comprei pela Estante Virtual, que é uma rede de sebos na Internet, então saiu a menos da metade do preço da livraria, incluindo o frete. Lá é um ótimo lugar para encontrar livros raros, então vale a pena dar uma conferida. Outro detalhe: a capa é a original do livro da Julie Powell, uma cozinheira de roupa xadrez vermelha com uma tigela. Odeio essa onda de colocarem fotos dos filmes nas capas dos livros nos quais foram baseados. O filme é que deveria ter capa do livro no pôster, não o contrário.

E tem gente que mesmo gostando de leitura tem preconceito com sebos, mas a verdade é que o meu Julie & Julia chegou novinho pra mim. Sério, nem parece que alguém o leu. Não tem amassados, apenas os cantinhos um pouco arredondados. As páginas não estão amareladas e não há cheiro de mofo. Sinceramente, acho que o livro é novo.

Eu já estou curtindo muito, porque a linguagem é super fluida, já que o livro existe a partir de um blog. Ele já está passeando comigo na bolsa para ler em todo momento que der. Detalhe: a bonitinha aqui precisa estudar para as provas finais de inglês, mas espero terminar Julie & Julia tão rápido que nem vai dar tempo de prejudicar os estudos.





Será que o Sherviajando vira livro um dia, hein? ;P

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tá no sangue



Os mais novos comunicadores da família


No fim de semana (2 das minhas 4) irmãzinhas lindas me pediram para que eu criasse um blog para elas. Na verdade, o blog também é do meu primo, o Caio. Se liga no nome que os pequenos criaram: BloCAL - Blog do Caio, da Amanda e da Laís. A intenção deles é fazer postagens variadas, a maioria delas em vídeo, que nem no ICarly, que eles adoram.

Lembro que quando eu era criança, minha veia jornalística já se manifestava. Uma das brincadeiras que eu mais curtia era entrevistar pessoas, e nessas eu e minhas amigas escrevemos jornaizinhos, fizemos programas de rádio no gravador da minha tia e eu escrevi vários livros.

Agora, em pleno 2011, as crianças da minha família criam um blog e postam, de cara, uma crítica de cinema.

Pura genética.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Quem tem medo de ser fashion?

Brüno, com Sacha Baron Cohen. Sátira com o mundo da moda, homofobia e outros assuntos polêmicos. Crítica aqui e aqui.


A moda é um fenômeno que me fascina. Às vezes eu a odeio. Acho fútil, superficial, e um completo estímulo ao consumo alienado e desenfreado. Já em outros momentos, ela me seduz e me oferece possibilidades de expressar através de meu próprio corpo traços de minha personalidade. Se em alguns momentos isso é apenas pretexto para o consumo, em outros se torna um estímulo para reinventar antigas peças e acessórios.

Antes o meu olhar sobre a moda era completamente nojento. Achava tudo um monte de besteira e odiava o jeito como as mulheres se iludiam, se achando as poderosas por causa de um sapato novo, por exemplo. E isso com toda a violência contra as mulheres truando, a lógica do patriarcado tomando de conta. Quer dizer, você fica se achando porque pintou as unhas de vermelho mas não consegue contestar por que as obrigações domésticas são prioritariamente suas? Ou não aceita a própria aparência, não contesta os padrões de beleza impostos? Grande poder. Para mim, gostar de moda era sinônimo de gente alienada.

O meu olhar sobre esse fenômeno social mudou na época da minha monografia. Li muito sobre relações de gênero durante esse período e também sobre moda. Não só as revistas femininas que eram o objeto da minha pesquisa, mas livros a respeito da moda, seus fundamentos e sua trajetória no decorrer da história.

Dessas leituras, uma das que mais gostei foi História da moda: uma narrativa, do professor de moda João Braga. De uma forma rápida, fluida e interessante, o autor mostra como a moda reflete o contexto socioeconômico e político em que está inserida. Além disso, ela reflete de forma bastante significativa a história das relações de gênero, às vezes reprimindo as mulheres, às vezes libertando-as. Infelizmente tive dificuldades de encontrar o livro na Internet, mas neste site tem pelo menos o preço, caso alguém se interesse.

Um dos pontos mais importantes a serem observados em relação a moda e ideologia, na minha opinião, é que uma não anula a outra. E mesmo a pessoa mais anti-moda e anti-consumo do planeta escolhe o que vai vestir. Sabe aquele roqueiro barra pesada que anda sujo e diz que não liga para a aparência? Dê para ele uma camisa do Aviões do Forró e veja se ele gosta. Ou talvez o comunista assumido e que prega o reaproveitamento e o sentimento anticapitalista não queira usar uma camisa com a estampa da Coca-Cola. Nem de graça. Inclusive, expressar idéias através de mensagens nas camisetas é uma forma válida e interessante de se colocar politicamente, não acha?

A moda permite um exercício de criatividade muito interessante. Pode ser divertida, pode ser irônica. Pode até ser over, se quiser. Não tem nada de errado em escolher o que se quer usar. O fato de gostar de moda não necessariamente quer dizer que a pessoa é vazia, alienada. Isso é besteira.

Você pode sim, querida, ser doida por sapatos. Isso não depõe contra você. Mas reflita sobre esse consumo e sobre sua situação no mundo. Você está com um sapato incrível, mas ainda anda na rua com medo de ser estuprada, é expulsa de universidade por usar um vestido curto demais, e ainda apanha do marido? Pois não pense só no pretinho básico, veja se seus direitos básicos estão contemplados e aja. Porque sapato por sapato, o único que conheço que já salvou alguém foi o da Doroth , de o Mágico de Oz. E ela teve que dar uma ajudinha.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Comprinhas de fim de semana


Não lembro qual autor li durante a graduação em jornalismo, mas ele levantava a teoria que existe uma vaidade dentro de nós que nos dá vontade de compartilhar coisas de nossas vidas para desconhecidos, e a mídia é o ambiente perfeito para isso. Daí o status meio privilegiado de quem de alguma forma recebe a atenção da mídia, a vontade de divulgar para todo mundo se você é citado em algum veículo, etc.

Pois para satisfazer essa vaidade, vou compartilhar por aqui algumas coisas que comprei no fim de semana. :P

A primeira delas é o livro Marley e Eu, que depois de muito tempo eu finalmente adquiri. Tive muita vontade de ler a obra que deu origem ao filme por alguns pontos: o livro é sobre amor aos animais de estimação, o autor é um jornalista, e a história é baseada na coluna que ele escrevia em jornal. Acho que adoro filmes baseados em colunas e blogs porque me dão esperança de ser uma jornalista/escritora de xuxesso no futuro. hehehe Comecei a ler no mesmo dia em que comprei, e estou adorando. Engraçado como é muito mais fácil, e em alguns casos mais prazeroso, ler best-sellers que clássicos da literatura. Talvez por a linguagem ser mais contemporânea, não sei. Não é querendo desvalorizar os clássicos não, mas enquanto estou devorando "Marley e Eu", para ler "O retrato de Dorian Gray" foi um parto normal com fórceps. Será que devo me preocupar com isso, ou o importante é ler?


Nas primeiras páginas, algumas fotinhas com o Marley de verdade e sua família. Fofo.


Também comprei uma mochila jeans na feira livre do Antonio Bezerra. Nada de especial, apenas tava sem mochila e elas são úteis principalmente quando você quer sair de tênis e só tem bolsas mais formais. Consegui pechinchar 3 reais (de 15 saiu por 12)! Agora estou ricah!


E a outra aquisição foi uma bonequinha de biscuit que comprei para enfeitar minha mesa no trabalho. Comprei na feira do Antonio Bezerra, após adquirir as frutas da semana. Consegui pechinchar 1 real e ainda encomendei uma skatistazinha e uma bailarina negra. Quero enfofurar minha mesa. O mais legal que achei na bonequinha foi o cabelo dela que é muito macio, parece de verdade. Também gostei da cor, misturinha de preto com marrom. Um artesanato bacana.

A outra compra foi de um acessório bastante útil para quem está a fim de andar de skate, e que custou só 9 reais na mesma feira livre. Fico devendo a foto, porque está difícil conseguir modelos. Povo tímido.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Critica – Julie&Julia (parte 3)


Confira as partes 1 e 2.

Um brinde à igualdade!


Claro que sei que cozinhar e servir o marido é um papel instituído para as mulheres. Acho que é o mais clichê deles, inclusive. Mas o filme trata de algo para muito além disso. Julie e Julia se casaram com homens incríveis, absolutamente maravilhosos. Eles as apoiaram em todos os momentos e não se sentiram nem um pouco ameaçados diante do brilhantismo das esposas. Eram verdadeiros companheiros, não apenas maridos.

A história de Julia Child é mostrada de forma muito perfeita, porque tem um pouco do que seria a Julia que Julie Powell imagina. Por isso, não é retratado nenhum momento de conflito entre ela e Paul, o marido. Uma das cenas prediletas da diretora Nora Ephron (assisti com comentários também), é o momento em que Julia Child diz ao marido que vai aprender a fazer chapéus. Primeiro ele faz uma cara de quem pensa "que que tem a ver", mas em seguida resolve deixar a esposa curtir e diz: "Você gosta de chapéus". Tudo que ele queria era que ela fosse feliz, e às vezes isso é raro numa união, um homem querer ver sua esposa feliz. Principalmente se a felicidade dela depender de uma boa dose de autonomia.


Já Julie é muito mais humana e vulnerável. Ela faz drama quando a comida queima, é obcecada, teimosa e um pouco individualista. Inclusive nesse momento a interpretação de Amy Adams (Encantada) é perfeita, porque ela é aquela coisa linda e pequenininha com cara de chata. Dá vontade de dar um beijinho no nariz dela só para ver ela irritada. Num momento de conflito, ela e o marido brigam e ele chega a sair de casa. Mas a briga não tem fundo machista.

Em todo o filme as mulheres são protagonistas. Tudo é sobre as personagens principais. Tem até um momento em que Julie comenta que não gosta das amigas e a amiga dela, Sarah, diz que isso é absolutamente normal. Daí o marido de Julie diz "Os homens gostam dos maridos". Ao que Sarah responde: "E quem aqui está falando dos homens? Ningém está falando de homens aqui." Acho que foi uma alfinetada da roteirista.

O filme mostra dois exemplos do que acredito ser um casamento perfeito: uma relação onde as duas pessoas (ou mais, dependendo da situação) se ajudam mutuamente a crescer, sem disputar o domínio sobre a outra. Vale ressaltar que são dois casais sem filhos, então não sei como seria se houvessem crianças. Em Marley e eu, por exemplo, A personagem de Jennifer Aniston abre mão da própria carreira para cuidar dos filhos. Não que o marido a tenha obrigado a isso. Já em De pernas para o ar, recente longa brasileiro, o marido de Ingrid Guimarães pede divórcio devido à obsessão da esposa pela própria carreira. E será que alguém notou que em Sr e Sra Smith, a Angelina Jolie parece uma viciada em trabalho neurótica? Como se só assim ela pudesse se tornar uma espiã assassina competente, embora eu adore o filme e muitos traços da personagem interpretada por ela.

Óbvio que é difícil que uma relação sobreviva quando um dos dois é um workaholic. Só que no cinema há muito mais personagens masculinos e bem sucedidos do que mulheres. E quando elas são as bem sucedidas, geralmente o cinema as ilustra como mal amadas, insensíveis e anormais. A clássica megera. Enquanto isso, existem vários personagens homens bem sucedidos profissionalmente e felizes na família. Eu poderia citar muitos exemplos aqui, mas prefiro indicar um ótimo post que a Lola escreveu sobre a imagem das mulheres no cinema, baseado num instituto fundado pela Geena Davis, de Thelma e Louise.

Para a representação das personagens, o elenco demonstrou uma química incrível. Fora que tinha pelo menos duas figuras que eu adoro e ainda por cima nos papéis principais. Amy Adams e Meryl Streep foram sensacionais. E é incrível a versatilidade da Meryl. Basta contrastar A Julia Child com a Miranda Priestley, de o Diabo Veste Prada. A mulher é uma camaleoa!

Foram três posts bem robustos para falar de Julie & Julia, e talvez até surjam outros no futuro. Mas por enquanto desejo que tenham gostado da minha trilogia póstica e se interessado pelo filme. Será que os outros posts sobre filmes do meu coração serão grandes assim?

Bon appetit!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Critica – Julie&Julia (parte 2)

Na semana passada comecei a contar porque amo o filme Julie & Julia. Agora, continuando.

De encher os olhos.


É um filme sobre comida. Eu sou uma pessoa que come muito (já to pegando até má fama na agência) e adoro cozinhar. Então filmes sobre culinária estão na minha lista dos prediletos. E se é sobre comida, então prepare-se para a fotografia, porque provavelmente é maravilhosa.

No caso de Julie e Julia, o cuidado da produção e a absoluta exigência da diretora Nora Ephron são evidentes. Tudo é colorido, real e apetitoso. Quase é possível sentir o cheiro do que é preparado e ficar com fome é inevitável. Até porque a diretora fez questão que a comida fosse ótima e os atores comessem de verdade durante as filmagens.

Em relação à parte gastronômica, só posso reclamar de algumas cenas nada vegetarianas, como o momento em que Julie vai preparar lagostas e as escalda vivas. Apesar de a cena ser cômica, é ruim imaginar o sofrimento dos bichinhos, e me incomoda o humor sádico de algumas cenas. Além disso, tem muita exibição de carne crua e carcaças de animais. Bem desagradável, mas é preciso entender que se trata da culinária francesa, então fica difícil ser de outro modo. Não gosto menos do filme por isso.

Além da quantidade de carne nas comidas, a quantidade absurda de gordura (quase tudo leva muita manteiga), também me surpreendeu. Como os franceses podem ser tão magros? Achei que tudo era no vapor e a base de vegetais, mas na verdade é manteiga e carne até a tampa. Isso é outra coisa: por ser baseado em livros de pessoas que realmente entendem de comida, tem muita informação interessante. A lição de "não aglomerar os cogumelos, senão eles não douram", me deixa com água na boca. Sou louca por cogumelos.

E tem coisas no filme que só quem ama comer e cozinhar compreende. O prazer de escolher ingredientes frescos, sentir o cheiro e observar suas cores, por exemplo. Claro que para uma pessoa não vegetariana esse prazer talvez não seja tão intenso, afinal eu geralmente compro vegetais, que são coloridos e cheirosos. #ironiafeelings

Em uma cena, Julia Child escreve para sua melhor amiga: “Creio que sou a única americana em Paris que acha mais divertido comprar comida do que vestidos”. Já Julie Powell gasta quase metade do próprio salário comprando ingredientes para uma das receitas. Há um momento em que ela pega um ramo de vegetais e cheira. Toda vez que vejo isso me dá vontade de sair e comprar uma porção de espinafre para um bom creme com batatas.

Potô e eu passamos pelo processo de compra de ingredientes sempre que resolvemos preparar alguma receita interessante. E é muito divertido fazer feira juntos, numa feira mesmo, com barracas e vendedores recitando preços. Já até fiz um pequeno ensaio fotográfico, porque, na minha opinião, não existem cores mais bonitas do que as de uma feira popular.

Além do prazer de comprar ingredientes, o filme também ilustra a sensação maravilhosa que é preparar um bom prato com carinho e compartilhar com quem se ama. Também ilustra como uma pessoa mais humana e menos fada do que Julia Child pode ficar enlouquecida caso algo queime ou desande.

E como Julie e Julia cozinharam muito e serviram os maridos, que adoravam toda a comida, talvez alguém ache que é um filme machista. Mas no próximo post direi porque considero Julie e Julia um filme feminista.

Bon appetit!

terça-feira, 29 de março de 2011

Tá dando uma coceirinha...

















pensa, pensa, pensa...




Será?


Crítica – Julie&Julia (parte 1)


Sou uma pessoa apegada. E isso vale para amigos (o que já me rendeu várias decepções), idéias e objetos. Também sou apegada a livros e filmes, e quando gosto de uma dessas obras me apego a ela de tal forma a ser capaz de reler ou rever muitas vezes. Pois percebi que das críticas que escrevi aqui no blog, pouquíssimas ou nenhuma são a respeito de filmes que adoro e já assisti dezenas de vezes, até porque os tenho em casa. Pois muito bem: vou pagar esta dívida para com o blog, seus milhões de leitores, os filmes que me conquistaram e claro, comigo mesma.


Hoje falarei de Julie e Julia. E francamente, não sei nem por onde começar. Há tanto a se falar de Julie e Julia! Primeiro que é um filme de muitos sabores. Hora salgado, hora picante, algumas vezes até indigesto para uma vegetariana. Mas sempre, sempre doce, delicado e sutil.

Trata-se de uma história adaptada de um blog que virou livro, assim como Bruna Surfistinha. A blogueira da vez? Julie Powell, uma americana que prestes a completar 30 anos e vivendo na periferia de Nova Iorque no período pós 11 de setembro, encontra-se perdida, frustrada profissionalmente e quase em depressão. E eis que encontra a alegria de viver na culinária e na escrita.

Já Julia Child viveu 40 anos antes de Julie Powell. Para ser mais precisa, ela e o marido, ambos americanos, viviam em Paris durante o período pós Segunda Guerra. Os dois eram funcionários do governo dos Estados Unidos, mas Julia não queria mais esse caminho. Ela ansiava por uma carreira em alguma área que lhe desse prazer. E por amar comer, amar Paris e a culinária francesa, se matriculou no Le Cordon Bleu, um dos mais importantes institutos de gastronomia do mundo. E ao final do curso, juntamente com Simone Beck e Louisette Bertholle, escreveu uma das obras de culinária mais importantes: Dominando a arte da culinária francesa.

De que maneira Julie e Julia se encontram? Não há qualquer máquina do tempo ou grandes efeitos especiais no filme, garanto. As duas se encontram através da obra de Julia Child e também por suas semelhanças. Ambas são funcionárias do governo, são casadas com homens maravilhosos e companheiros, viveram em períodos políticos deprimentes, procuraram um sentido na própria existência, e claro, amavam comer e cozinhar.

Escritora frustrada e sem direção, Julie se propõe um desafio: Cozinhar todas as receitas do livro de Julia Child no prazo de 1 ano e registrar a jornada num blog. E aí o filme alterna entre as histórias das duas, numa sinfonia de romance, cores e sabores. Enquanto a história de Julie é baseada no blog/livro The Julie & Julia Project, a história de Julia Child é baseada na autobiografia My life in France. E o terceiro livro usado na obra é, claro, Dominando a arte da culinária francesa.

Está claro que me encantei por esse filme, já que me rasguei em elogios. Mas vou começar a ser mais objetiva quanto às razões para amá-lo tanto. Porém farei isso em próximos posts, que este aqui já está muito grande.

Bon appetit!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bruna Surfistinha participa do programa da Ana Hickman

Recentemente escrevi aqui a respeito do filme Bruna Surfistinha. O que não comentei nesse dia é que eu nunca achei a Rachel Pacheco atraente em relação à mídia. Na época em que o livro foi lançado, a vi no Pânico na TV, e ela era aquela coisa travada que nem falava diante das piadas. Claro que ela podia estar constrangida, o que seria compreensível. Mas a verdade é que não dava vontade de conhecê-la. Após o filme, ela deu uma entrevista para a Marília Gabriela, uma boa entrevistadora na minha opinião. E mais uma vez fiquei entediada. Achava que ela escrevia bem, mas falando diante das câmeras não funcionava.

Pois essa idéia caiu por terra ontem, durante sua participação no programa da Ana Hickman. Tratava-se de um quadro no formato “berlinda”, quando um só entrevistado é alvo de perguntas de vários entrevistadores. No caso, uma era a apresentadora do programa e os outros eram dois jornalistas. E Rachel se saiu muito bem, reforçando a idéia que o filme me passou. A humanização da garota de programa.

Durante as várias perguntas, ela respondeu de forma séria e simpática. E uma coisa na qual pensei: Rachel não vai a programas para que dêem closes em seus seios ou na bunda. Isso é facilmente perceptível pelas roupas que ela usa, que não são excessivamente sensuais. Ela não vai aos programas para dançar sensualmente, ou falar de suas experiências sexuais de forma a banalizá-las. Ao que me parece, Rachel quer realmente deixar de ser Bruna Surfistinha, quer deixar essa imagem para trás. Eu soube que recentemente ela esteve no programa Legendários e falou muita p******, mas acho que ela estava só dançando conforme a música. Afinal, era o Legendários, né? Mas a entrevista de ontem, a forma como ela falou da própria vida deu realmente vontade de conhecer a pessoa que tem por trás da personagem.

O filme me deixou uma dúvida: Rachel nunca sofreu violência física (não que a coisa toda não seja meio que uma violência)? Não há nenhum cena de estupro ou algum momento em que ela apanhasse e isso me deixou curiosa, se realmente tinha sido assim. Na entrevista, ela disse que teve muita sorte. Chegou a sofrer agressões verbais mas nenhuma física. Disse também que nunca engravidou ou teve problemas com doenças sexualmente transmissíveis. Sorte mesmo, viu?

Uma parte da entrevista que me deixou muito feliz foi o momento em que Ana Hickman insistiu para que Rachel lhe contasse os nomes de clientes famosos, caso contrário perderia 5 mil reais do prêmio (esqueci de dizer que tinha dinheiro no meio). Ana insistia que Rachel lhe contasse no ouvido, como outro participante teria feito anteriormente, sob a promessa de que a apresentadora não contaria nada para ninguém.

Depois de pensar muito (e eu torcendo para que ela se negasse a contar), Rachel abriu mão dos 5 mil reais para preservar os nomes dos envolvidos. Ainda bem. Para quem já está ganhando uma boa nota e bastante visibilidade positiva com o filme, agir de forma antiética seria um tiro no pé.

Ao falar da família ela se emocionou muito e me deixou emocionada também, porque em alguns pontos me identifiquei bastante. Deu para notar o quanto o afastamento e a saudade dos pais a machuca, e também o quanto ela os respeita a ponto de não procurá-los. Ao invés disso, deixa as portas abertas para o caso de eles quererem falar com ela novamente, e torce para que isso aconteça. Minha relação com os meus pais é um pouco conturbada em alguns momentos, mas não chega a esse ponto, mas uma coisa assim aconteceu com outra pessoa de quem gosto muito e de quem sinto muita saudade. Dá vontade demais de aparecer lá na porta da pessoa só para saber como ela está, dar um abraço e tal, mas por respeito e medo de ser rejeitada não faço isso.

Rachel Pacheco me parece ser uma pessoa orgulhosa, forte e sensível, que tem uma sede muito grande de ser feliz. Na entrevista ela disse também que foi uma pessoa muito corajosa por assumir os próprios erros, e é verdade.

Acho que a surfistinha está amadurecendo.



Abaixo, um trecho da entrevista de ontem, num momento em que o povo meio que pentelha a menina porque ela disse que não está podendo fazer faculdade no momento. Povo chato. Não é o momento mais interessante do que foi exibido ontem, mas ao menos é uma amostra.