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terça-feira, 26 de abril de 2011

Quem tem medo de ser fashion?

Brüno, com Sacha Baron Cohen. Sátira com o mundo da moda, homofobia e outros assuntos polêmicos. Crítica aqui e aqui.


A moda é um fenômeno que me fascina. Às vezes eu a odeio. Acho fútil, superficial, e um completo estímulo ao consumo alienado e desenfreado. Já em outros momentos, ela me seduz e me oferece possibilidades de expressar através de meu próprio corpo traços de minha personalidade. Se em alguns momentos isso é apenas pretexto para o consumo, em outros se torna um estímulo para reinventar antigas peças e acessórios.

Antes o meu olhar sobre a moda era completamente nojento. Achava tudo um monte de besteira e odiava o jeito como as mulheres se iludiam, se achando as poderosas por causa de um sapato novo, por exemplo. E isso com toda a violência contra as mulheres truando, a lógica do patriarcado tomando de conta. Quer dizer, você fica se achando porque pintou as unhas de vermelho mas não consegue contestar por que as obrigações domésticas são prioritariamente suas? Ou não aceita a própria aparência, não contesta os padrões de beleza impostos? Grande poder. Para mim, gostar de moda era sinônimo de gente alienada.

O meu olhar sobre esse fenômeno social mudou na época da minha monografia. Li muito sobre relações de gênero durante esse período e também sobre moda. Não só as revistas femininas que eram o objeto da minha pesquisa, mas livros a respeito da moda, seus fundamentos e sua trajetória no decorrer da história.

Dessas leituras, uma das que mais gostei foi História da moda: uma narrativa, do professor de moda João Braga. De uma forma rápida, fluida e interessante, o autor mostra como a moda reflete o contexto socioeconômico e político em que está inserida. Além disso, ela reflete de forma bastante significativa a história das relações de gênero, às vezes reprimindo as mulheres, às vezes libertando-as. Infelizmente tive dificuldades de encontrar o livro na Internet, mas neste site tem pelo menos o preço, caso alguém se interesse.

Um dos pontos mais importantes a serem observados em relação a moda e ideologia, na minha opinião, é que uma não anula a outra. E mesmo a pessoa mais anti-moda e anti-consumo do planeta escolhe o que vai vestir. Sabe aquele roqueiro barra pesada que anda sujo e diz que não liga para a aparência? Dê para ele uma camisa do Aviões do Forró e veja se ele gosta. Ou talvez o comunista assumido e que prega o reaproveitamento e o sentimento anticapitalista não queira usar uma camisa com a estampa da Coca-Cola. Nem de graça. Inclusive, expressar idéias através de mensagens nas camisetas é uma forma válida e interessante de se colocar politicamente, não acha?

A moda permite um exercício de criatividade muito interessante. Pode ser divertida, pode ser irônica. Pode até ser over, se quiser. Não tem nada de errado em escolher o que se quer usar. O fato de gostar de moda não necessariamente quer dizer que a pessoa é vazia, alienada. Isso é besteira.

Você pode sim, querida, ser doida por sapatos. Isso não depõe contra você. Mas reflita sobre esse consumo e sobre sua situação no mundo. Você está com um sapato incrível, mas ainda anda na rua com medo de ser estuprada, é expulsa de universidade por usar um vestido curto demais, e ainda apanha do marido? Pois não pense só no pretinho básico, veja se seus direitos básicos estão contemplados e aja. Porque sapato por sapato, o único que conheço que já salvou alguém foi o da Doroth , de o Mágico de Oz. E ela teve que dar uma ajudinha.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Saldo 2010 – Leitura

Tenho mania de listas de fim de ano, dessas de promessas para o ano que vem e retrospectivas do que está acabando. Me ajuda um pouco a fazer um levantamento das coisas que desejo realizar, no que agi bem, no que agi mal, etc. Olhando a do ano passado, percebi que só faltou mesmo postar um pouquinho mais por aqui.

E aí, resolvi publicar algumas listas deste ano aqui no blog, começando pelos livros que li. durante o ano. Fiquei agoniada porque são só 10, mas na verdade li bem mais que isso para a monografia. Só que resolvi não colocar, até porque para fazer trabalho científico não necessariamente precisamos ler tooooda a obra. Podemos usar apenas trechos mais relevantes ou um ou outro artigo, no caso das coletâneas. Mas com certeza li muito, e os livros abaixo foram mesmo com o intuito de relaxar (embora eu tenha acabado usando O Diário de Anne Frank no trabalho).

Algumas dos livros abaixo já li várias vezes, como é o caso do “Para Sempre Alice”, que com certeza foi uma das melhores obras contemporâneas que Potô e eu compramos. Uma emocionante história sobre Alice, uma mulher que descobre aos 50 anos de idade que sofre do mal de Alzheimer. Uma história linda, baseada em fatos reais e que me fez chorar horrores.

E abaixo, a lista completa:

1. Crepúsculo
2. Eclipse
3. Amanhecer
4. O Diário de Anne Frank
5. O Diabo veste Prada
6. Jornalismo Freelance – Empreendedorismo na comunicação
7. Ninguém é de ninguém
8. O retrato de Dorian Gray
9. Para sempre Alice
10. Harry Potter e a Pedra Filosofal

Segundo esta matéria do Estadão, uma pesquisa realizada em 2009 mostrou que o brasileiro lê, em média, 1,3 livros por ano. E você, quantos livros leu em 2010?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A mais nova foca!



Acabou a saga da monografia, enfim! Aliás, acabou uma caminhada muito importante na minha vida: terminei a faculdade de Jornalismo! Agora sou uma foca, que é como o jargão chama os novos jornalistas no mercado. Agradeço muito a todos aqueles que de alguma maneira contribuíram para esse feito, seja através de conselhos ou empréstimo de livros (aliás, tenho que marcar de devolver) ou mesmo das pessoas que comentaram e deram apoio enquanto contei a respeito dessa saga aqui no blog. Inclusive aos milhões de leitores silenciosos (porque eu sei que vocês existem), meu super super muito obrigada!
E aí eu acho que estou devendo contar como se deram algumas coisas.

O dia D... de Defesa
Eu estava muito ansiosa porque eram três grandes emoções no mesmo dia. A defesa do boy seria
pela manhã, às 11h com uma banca muito semelhante à minha. Depois do almoço, às 14h, seria a defesa da Thaty Nascimento, grande amiga nossa, banca de defesa gêmea do Potô. Só depois, às 15h, a minha defesa, somente uma integrante diferente das bancas anteriores. Ou seja, eu tive o almoço mais ansioso de toda a minha vida, e depois mais 2 horas de interminável apreensão.

Pela manhã, o Potô fez uma apresentação ótima, com direito a elogios muito pomposos, do tipo “um trabalho de grande importância acadêmica”. Hein? My boy, baby! Após a apresentação e comentários da banca, sai todo mundo da sala, abraços, beijos, calma meu amor... Banca chama todo mundo de volta e informa que o meu futuro marido tirou... 9!!! Gritos de alegria, família do Potô comemorando, amorzão super emocionado chorando e eu quase papocando de orgulho. Muita felicidade!

Depois, a agonia do almoço. Engoli minha macarronada (só com molho e queijo) enquanto enlouquecia nosso amigo Antoniel que foi a única companhia para o almoço, já que Potô precisou sair. E eu ficava lá, tagarelando, enquanto o coitado ia ficando um pouco mais nervoso que eu. Pense numa criatura se tremendo todinha, morrendo de medo de estourar o tempo da apresentação, excluindo um monte de slides, incluindo outros, e relendo monografia enquanto engolia uma macarronada... Ai, ai!

Aí, às 14h, Thaty chega. VERDE. Ela sempre fica verde quando tá nervosa e para a defesa não
poderia ser diferente. Chegou em comitiva com a família, na medida em que iam chegando também vários colegas para assistir às nossas apresentações. Um dos grandes medos dela era o mesmo que o meu: estourar o tempo. Porque a gente passa 1 ano escrevendo o babado, pesquisando, estudando feito condenados, para ter que apresentar em 20 min! Se estourar, perde-se um ou dois pontos na nota, não lembro bem. E como na Estácio FIC só vão para a biblioteca trabalhos com notas iguais ou superiores a 9 (queria tanto que eles fossem mais exigentes em outros aspectos também), estourar o tempo significa que os alunos na Faculdade não veriam nossas monografias no acervo, o que seria uma grande decepção depois de tanto esforço.

Aí nossa amiga fez sua apresentação. Com medo de ultrapassar o tempo, começou a falar feito um foguete. A orientadora pediu que ela se acalmasse e falasse mais devagar. Não adiantou taaanto mas melhorou o entendimento do que estava sendo dito. E o trabalho da bicha ficou genial. Depois que ela terminou, a sala quase foi abaixo de tantos aplausos. Silêncio que a banca vai falar, elogios, comentários, sugestões, mais elogios, peço licença a todos que agora a banca vai decidir a nota, sai todo mundo, abraça Thaty, beija Thaty, Thaty verde feito o Hulk, pronto, podem entrar. Thaty aprovada com nota... 10! Quase que a sala explodiu.

E lá fora, minha orientadora aguarda. Pergunta como eu tô, se já chequei os slides, se está tudo bem. E eu apavorada: tá tudo bem. Por que???? Não parece??????? O carinha do áudio visual vai na sala, instala notebook. Eu abro os slides, graças à deusa o negócio tá prestando, a platéia se prepara para assistir à minha apresentação. Minha orientadora pergunta se eu já poderia começar. Depois do arraso de Potô e Thaty, eu estava me sentindo como alguém que fosse tocar num show de rock depois do Elvis. Pedi mais uns minuti
nhos pra pôr os nervos no canto e comecei.

A apresentação foi muito mais calma do que achei que seria. Como se tratava do tema gênero (eu analisei algumas matérias que foram publicadas na revista Capricho este ano) fiquei muito à vontade, inclusive quebrando quase que completamente a formalidade. Quando já tinha passado da metade dos slides, a orientadora avisou que ainda tinha 10min, então eu fiquei muito tranqüila até o último slide. Achei a apresentação gostosa até. E divertida também.

Só que aí a banca falou. E como falou.

Fizeram muitos elogios, destacaram pontos legais do meu trabalho, parabenizaram a orientadora. Até aí, blz. Mas quando começaram a pontuar as discordâncias eu fui murchando, murchando, me preocupando, me encolhendo... Quer dizer, estava levando todas as observações na boa porque escolhi muito bem os integrantes da banca. Gente muito competente, grandes profissionais. Sei que tudo estava sendo dito muito seriamente e que só contribuiria para meu aprendizado. Mas a real é que eu achei que ia tirar um 2. Muito medo da nota. Anotei todas as sugestões, destaquei que várias ressalvas seriam realizadas, agradeci aos comentários, respondi a algumas questões, e saí com a platéia para aguardar a sentença.

Enquanto esperava, a tensão era total. E acho que não tinha ninguém otimista ali, porque eu estava sentindo aquela aura sinistra de quando alguma coisa dá em merda. Algumas pessoas vieram falar comigo, foi a vez do Potô abraçar, dando aquele carinho gostoso de quem protege a gente.

Quando a banca chamou todo mundo de volta eu estava muito apreensiva. A orientadora toma a frente e “Sheryda Lopes, a banca aprovou sua monografia [ai, que bom pelo menos eu me formei] para graduação em Jornalismo com nota máxima: 10!”. Enquanto algumas pessoas aplaudiam, eu não conseguia fechar a boca, e só saiu a mesma coisa de quando soube que o Michael Jackson tinha morrido. “Valha!”.

Depois de muitos abraços e algumas fotos, eu com a sensação que tinha tomado uma garrafa cheia de pedra hume diluída, fomos comemorar numa churrascaria (me entupindo de feijão verde e macaxeira, fique claro). Chamamos os professores mas somente minha orientadora pôde ir. Quando contei que esperava uma nota ruim da banca, ela disse, muito carinhosa: Tu é brôca? Eles só te elogiaram nos comentários!
É, acho que a monografia acabou com o que me sobrava de juízo e senso de percepção. Mas ao menos agora eu não preciso mais sentir inveja da Reese Whiterspoon!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Conseguiiiii!!



Terminei minha monografia na semana passada (ÊÊÊ!!!), mas só ficaria realmente tranquila quando tivesse a bichinha nas mãos, impressa e já distribuída para a banca. Pois bem, agora eu posso dizer com muita alegria que eu finalmente consegui! E essa imagem linda que encontrei serve muito bem para expressar o que estou sentindo. Ontem a mono ficou pronta e entreguei as cópias a cada um da banca. Morta de feliz, orgulhosa e emocionada, pois senti que finalmente um ciclo na minha vida está quase finalizado, e isso sempre quer dizer que haverão rupturas. Senti que vou me afastar dos colegas, de alguns funcionários, que não consegui ler todos os livros da biblioteca que eu queria... Enfim. Em compensação, uma nova fase começa e entro nela com muita alegria, sabendo que encontrarei nas novas caminhadas muitos amigos que fiz nesse tempo.

A minha defesa está marcada para o dia 21 de junho, às 15h, na FIC Via Corpvs. Essa sede fica perto do Iguatemi e o ônibus Jardim das Oliveiras e as topics 03 e 06 passam em frente. O título do meu trabalho é "O discurso da revista Capricho voltado à adolescente contemporânea", onde abordo questões relacionadas a gênero, patriarcado, adolescência e mídia. Seria maravilhoso receber amigos neste momento, por isso deixo o convite aberto a quem tenha interesse pelo assunto ou me ame.


Por enquanto, deixo os agradecimentos que fiz na minha monografia. E agradeço a Thatianny pela linda homenagem que fez na dela, e que me deixou muito emocionada.


AGRADECIMENTOS

À minha família, pelos momentos de apoio.

À professora Lígia Sales, que me orientou neste trabalho e me ajudou a desbravar os caminhos da pesquisa.

Aos queridos colegas de faculdade, que tornaram esta caminhada ainda mais louca e divertida. Amigos inesquecíveis.

À pintora mexicana Frida Kahlo, por toda a inspiração que representa em minha vida.

A Mirleide Figueiredo, que me proporcionou importantes conhecimentos a respeito de direitos humanos e adolescência.

A Raylka Franklin, que me apresentou o Coletivo de Jovens Feministas do Ceará.

A Alessandra Guerra, militante, lésbica, jovem, amiga, mãe, feminista e vegetariana, por me emprestar várias obras que me ajudaram neste trabalho.

Às maravilhosas mulheres que integram o Coletivo de Jovens Feministas do Ceará, o Fórum Cearense de Mulheres e o LAMCE (Liberdade ao Amor entre Mulheres do Ceará), por todos os momentos de militância feminista e alegria.

À minha sogra, dona Edise Teles, por me receber em sua casa e me permitir utilizar seu computador quando eu não tinha onde escrever.

Ao Rodrigo, por também emprestar o computador.

Ao amado companheiro Potô (Francisco José), por participar, ouvir e respeitar todas as minhas “conversas de mulher” e por construir comigo um relacionamento repleto de companheirismo, igualdade e afeto. Amo.

A quem poderia ter sido companheiro nesta caminhada, mas preferiu apresentar obstáculos, meus sinceros agradecimentos. Vocês me tornaram ainda mais forte e me ajudaram a provar o quanto sou capaz. Sem traumas não há crescimento, afinal.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Valha, eu já tô quase formada!


Pois é, meu povo. Terminei de escrever a minha monografia, e a não ser que a minha orientadora diga que não tem nada que preste ali e me mande alterar mais alguma coisa, depois de sua última revisão é só mandar para a correção ortográfica, imprimir e defender entre os dias 21 e 23 de junho (galera que vai assistir à defesa, se liga)! Agora eu tô com uma sensação de ócio super esquisita, pois não tem mais nada para fazer, a não ser esperar que a orientadora leia e me diga se precisa de alterações. Sábado pela manhã, quando consegui mandar para ela minhas 105 páginas em pdf, eu fiquei meio sem rumo. Como assim, só aguardar agora? Muito estranho! Quero pôr a mão na massa, fazer alguma coisa, adiantar esse babado! Mas não, agora só me resta esperar. Quer dizer, tem ainda umas imagens para arrumar dentro do arquivo, mas acho melhor fazer isso depois de ter escrito absolutamente tudo. Afinal, imagens no Word são chatas demais para arrumar e pôr legendas, e quanto mais se mexe no texto, mais elas “dançam”.

Então acho que vou relaxar um pouco, terminar de ler o Diário de Anne Frank, e... começar a fazer os slides para a defesa! Rs!

E só para compartilhar uns momentos íntimos meus com a mono, aqui tem a foto da caixa TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que eu criei dentro de meu e-mail para salvar cópias de segurança do trabalho, além de outros e-mails de pessoas que me ajudaram dando dicas de bibliografia, por exemplo. Dá pra ter uma noção de passo a passo de processo.



sábado, 8 de maio de 2010

Dando uma rapidinha...

...só para informar que:

  • Eu não morri.
  • O blog continua.
  • Agora sou vegetariana pra valer, não como mais nenhum tipo de carne. E tenho cozinhado coisas ótimas! Devo produzir vários posts no futuro sobre esse assunto.
  • Minha monografia está quaaaase pronta e preciso termina-la nos próximos dias. Por isso o sumiço. Ai, que ansiedade!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Monografia: atualizando

Já há muito tempo não falo nada sobre minha monografia (que era artigo científico mas cresceu). Na verdade, nas últimas vezes em que esse assunto apareceu no blog eu estava bastante aflita e sem rumo. Pois bem, deixa eu atualizar os milhares de leitores sobre essa parte da minha vida, pois sei que vocês devem estar super preocupados comigo.

Estou muito mais no clima de formar este ano. Se por um lado não ter trabalho é um sério problema do ponto de vista financeiro, por outro me deixa com bastante tempo livre para me dedicar à monografia. Ano passado eu me envolvi em coisas demais. Vários estágios e outros projetos. Além disso, estava muito insegura e travada para escrever. Este ano estou muito confiante e certa de que dará tudo certo e em julho estarei com o diploma em mãos. Na verdade estou escrevendo com prazer, aprendendo muito sobre questões de gênero e enriquecendo minhas informações acerca de machismo, patriarcado, mídia e adolescência. Tenho lido muitas coisas importantes sobre esses assuntos e doida para adquirir vários títulos para a futura biblioteca. Ter perdido o medo de não conseguir foi fundamental para o clima em que estou agora. Por isso, caso você esteja passando por essa fase de monografia, tenha calma antes de tudo. Veja se tem coisas demais para concluir e se não seria melhor trancar outras cadeiras para se dedicar somente à bendita no semestre que vem. Na minha opinião, não adianta se meter em mil coisas e depois se frustrar porque todas saíram meia boca. Falo por experiência própria.

Bjo, me liga!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Há quantas anda meu artigo científico


Post feito no domingo. Quando fui postar na lanhouse, o blogspot não estava abrindo.


Tenho adorado as leituras para meu artigo (pois é, ia ser monografia mas não vai dar tempo). Tenho visto muuuita coisa interessante sobre a história das mulheres, história do feminismo e outras análises a respeito de gênero e patriarcado (menos uma(um) autora (or) que conceitue o maledito, alguém me ajuda?). Percebo que gostaria de ter dedicado muito mais tempo à produção de pesquisa durante a graduação, pois é realmente muito interessante. Mas quem sabe durante a pós? Se bem que deixa eu me formar primeiro para depois falar nessas coisas, né?


Outra coisinha que percebi é que eu preciso ler mais. Porque tem muita coisa boa nesse mundo para ler e me deixar louca da vida depois de ter consciência das opressões. Estou fazendo uma listinha de livros para adquirir, tudo sobre feminismo e história das mulheres. Depois compartilho essas referências aqui no blog.


Mas por enquanto, deixo aqui uma espécie de linha do tempo que marca o ano em que as mulheres de cada país conquistaram o direito ao voto. E como gênero, raça e classe são fatores interligados, pode ser que as pobres e negras não tenham tido esse acesso nos respectivos anos.



Estados Unidos (apenas no Estado do Colorado) - 1896
Nova Zelândia - 1893
Austrália do Sul - 1894
Inglaterra - 1928
Brasil - 1934
Índia - 1935
França - 1944
Argentina, Bélgica, Itália, México e Romênia - 1946
Suíça - 1971

Bem tarde, né? Fiquei bastante impressionada com a Suíça ter demorado tanto, já que é um país considerado bastante evoluído e onde inclusive o aborto é legalizado. Pois é, vivendo, lendo, pesquisando, aprendendo e resistindo!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sher com mais tempo livre

Mas será que algum dia as coisas vão ser assim?

Lembra que eu reclamava da correria e falta de tempo e também contei que ficaria bem mais aliviada esta semana? Pois é, realmente fiquei, só que ainda mais do que esperava.

É que além de o estágio na TV Fortaleza ter terminado na sexta-feira, meu outro estágio terminou também, praticamente no mesmo dia. Decidi que não queria mais continuar. Quanto ao que houve, prefiro não entrar em detalhes. Basta dizer que é chegado o momento de seguir novos caminhos.

Mas fiquei contente por ter terminado, sabe? Já estava pensando em me desligar antes e precisava desesperadamente de tempo livre. E agora resolvi não procurar uma nova atividade. Estou há dois meses de me formar com um Trabalho de Conclusão de Curso bastante atrasado e acho que não cabe procurar um novo estágio agora. Prefiro me dedicar aos estudos. E é engraçado que mesmo assim eu tenho muito pouco tempo. Parece que folgas não existem na minha vida.

E como para (sobre)viver é necessário ter dinheiro, decidi voltar a fazer bijouterias. Fazia isso há uns cinco anos para pagar o ônibus do cursinho antes de entrar na faculdade. Conseguia me virar bem e achava divertido. Estava até querendo comprar umas coisinhas para fazer umas peças para mim mesma, mas vou comprar material para vender também. É bom que passo para a frente algumas peças que tenho empancadas. Só que o artesanato vai ter que esperar um pouco, pois minha orientadora me deu prazos bem apertados, então esta semana minha vida será dedicada ao TCC (que era monografia e virou artigo científico).

E no primeiro dia sem ter que sair de casa acabei não resistindo: Comecei a fuçar o computador e uns CD’s antigos. Acabei encontrando o Age of Mytology, um jogo de estratégia muuuito legal e no qual sempre fui viciada! Então joguei uma looonga partida e depois fui fazer posts para o blog. Mas foi só essa vez que eu matei mais o tempo, porque a prioridade é o Trabalho de Conclusão de Curso. E que pena, quer dizer, ainda bem que não tem The Sims 2 lá em casa.

Agora a minha situação em relação à Internet está bem difícil pois não tenho acesso em casa. Talvez as coisas por aqui não fiquem tão atualizadas e também pode ser que eu não consiga responder com boa freqüência aos comentários. Para se ter uma idéia, este post foi preparado segunda-feira, e só hoje consegui tempo para vir à lan house publicá-lo. Desde já vou me desculpando. Mas por favor, não me abandonem! E quem tiver chegando por aqui (notei que há novas visitas), não desista deste bloguinho fofo.


Você não vai embora, vai?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Fim de semana do ócio



Nada de útil. Isso define com perfeição o que foi meu fim de semana. Até li alguns textos da faculdade, só que não escrevi nada (apenas este post e dei uma atualizada no meu diário). Não escrevi uma linha sequer para minha monografia, não li nada da bibliografia. E olha que opção não falta, porque acabo de pegar mais sete livros sobre gênero e feminismo com uma amiga. Além disso, esta semana preciso entregar dois trabalhos e ainda tenho uma prova. Só pode ser um autoboicote inconsciente.


Porque aconteceu de eu simplesmente sentir uma vontade irresistível de dormir, bocejar, me revirar na cama... Daí eu dormia e acordava, e dormia de novo... Fora a imensa sessão de filmes bobos e anti feministas: Legalmente Loira, Legalmente Loira 2 e O Diabo Veste Prada. Ainda bem que desisti de assistir As Patricinhas de Bervely Hills pela 50ª vez, porque quando eu vejo esse tipo de filme começo a sentir uma vontade imensa de ir na manicure e no cabeleireiro. Fazer o que eu não sei, porque meu cabelo tem poucos centímetros e a única coisa que faço é cortar. Mas a preocupação com minha beleza é compensada enquanto escrevo meu nome enlouquecidas vezes na revista da Avon. Ê sisteminha sedutor...

E enquanto eu e minha gata ronronávamos preguiçosas em minha cama, eu me sentia fraca e invejosa. Afinal, até a Reese Whiterspoon se formou em Direito na Universidade de Harvard. Já eu, nesse ritmo, tão cedo não verei meu diploma em Jornalismo.
 

Desculpa aê!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O preço da ciência

Será que o Lázaro Ramos copia uma grana pra mim?

Continuando a correria rumo ao diploma e a-uma-vida-profissional-próspera-e-cheia-de-oportunidades. Como se não bastasse a ruma de dinheiro que estou gastando com transporte e alimentação, ontem levei um belo susto. Minha orientadora levou para a faculdade os livros indicados por ela para eu tirar cópia, e o total foi quase 60 reais de xerox! Quer dizer, olhei na Internet e apenas um dos livros custaria esse valor, então é relativamente barato. Mas tipo assim, ainda é muito apertado! A sorte é que fiz um negócio com o dono da Xerox e ele deixou eu pagar em 2 vezes (alguém aí já parcelou cópias antes?).

Já tinha feito o pedido do livro A Beleza Impossível da Rachel Moreno, no Estante Virtual que vai sair 10 reais mais barato do que se eu o comprasse novo na livraria. Também é um bom negócio, mas fazendo as contas, vou pagar uns 80 reais só de coisas para ler para minha monografia!! Sem falar na nova placa mãe para o meu querido PC, porque pelo jeito vai precisar trocar (de novo). Mais adiante também serão cartuchos novos de tinta para a impressora. E isso tudo vai sair da minha humilde bolsa estágio, de onde sai também o dinheiro para transporte, comida, diversão e arte. Acho que eu deveria ter feito uma poupança só para este semestre.

Mas fora isso, estou animada porque terei muuuito material para ler e mandar ver na monografia durante minhas poucas horas livres. Os livros dos quais tirei cópias parecem ótimos, e já vi referências deles em outras monografias sobre mulher e mídia. Além do mais, peguei também obras sobre imprensa, opinião e manipulação. Ou seja, estudar, estudar e estudar!

Afinal, para que comer, se eu posso morrer de inanição e virar um cadáver sabido?

domingo, 23 de agosto de 2009

E a saga da monografia continua (mas muito lentamente)

Conheci a Lola pessoalmente e foi muito muito massa! E ela nem foi chata ou indiferente como o Ney! Só que hoje não vai dar para escrever sobre isso, porque meu querido sobrinho tá praticamente sentando em cima de mim pra ficar no computador, então vou ficar devendo. Mas só por enquanto.

Então, continuo na luta, correndo de lá pra cá e tentando estudar para a monografia nos raros momentos que tenho vagos. E isso é péssimo, porque como o momento de estudar é AQUELE rola uma pressão e eu mal consigo me concentrar. Sério, é muito, muito péssimo. Sem falar na dificuldade imensa que tenho de escrever "cientificamente", pois me dediquei pouco ou nada à pesquisa no decorrer da graduação. Sempre pensava que isso ia me prejudicar, mas faltou tempo e grana (a Faculdade é particular, e como já tenho bolsa integral, não pude concorrer a uma ajuda de custo ou coisa parecida) para me dedicar à parte de produção acadêmica. Então fiz o máximo de cursos, participei de encontros o máximo que pude e aproveitei diversas oportunidades de estágio. E meu currículo até que não é ruinzinho não. Só que para escrever o Trabalho de Conclusão de Curso agora eu to me f*&¨%$# sem tesão. Leio as coisas que a professora passou, me preocupando em fichá-las, ou seja, interrompendo para anotar. Ou então vou lendo direto, curtindo e tentando me preocupar no que o autor está dizendo. E quando termino percebo que pouca coisa ficou na memória. Tá complicado. Em comunicação eu poderia escolher um outro trabalho como TCC, tipo uma vídeo reportagem, mas sinto que ficaria devendo à sociedade um trabalho acadêmico sobre relações de gênero e padrões impostos. Não que essa seja a única forma de conhecimento válida, mas acho importante ter coisas sistematizadas para contribuir com pesquisas futuras. Pesquisas melhores que a minha, provavelmente. Além disso, conseguir horários no estúdio de TV da Faculdade é um verdadeiro inferno. Nas disciplinas em que precisamos dele teve gente que até contratou serviço particular de edição por causa disso. Enfim, quero muito produzir uma pesquisa, nem que seja só a que preciso para me graduar. Então não vou desistir. Mas que ta difícil, ah isso tá.

Quanto ao estagio que eu ia ficar só um mês... Bem, como a primeira semana foi tudo-de-bom com um acompanhamento super-perfeito, resolvi aceitar ficar os 3 meses que o chefe de reportagem me convidou para ficar. Como vou passar por três fases do telejornalismo (produção, edição e reportagem de rua), um mês apenas significaria poucos dias em cada uma delas. E como o acompanhamento tá sendo muito bom, porque o meu supervisor tá realmente muuuito a fim de me ensinar as coisas, vai valer a pena fazer esse sacrifício. Serão três meses corridos, mas acho que vai me ajudar muito a adquirir experiência para-o-mercado-de-trabalho-me-abrir-portas. E aí a Sheryda não vai mais poder nem se coçar direito.

E oficialmente eu desisti do curso de inglês pelo menos por este semestre, e provavelmente vou ter que fazer o mesmo com o balé. Isso significa um ano parada, pois não pude ir no semestre passado também. Também estou completamente por fora do movimento feminista, não sei de nada que tá rolando. Pois é, e tudo pela ciência. E pelo diploma.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sher tá cansada, mas tá correndo atrás

Sério, ainda são 15h e eu estou completamente moída! É que hoje comecei um novo estágio :) pela manhã. Se trata do estágio supervisionado numa TV daqui de Fortaleza. Tô muito feliz porque apesar de ser só um mês, acho que vai dar para aprender bastante. E é massa porque é numa coisa que eu realmente adoro:telejornalismo. Não que não esteja aprendendo no meu estágio em assessoria, mas entrei na Faculdade sonhando mesmo é com o ritmo de trabalho de produção de notícias. E em 2006 passei um tempo no estúdio de TV da Faculdade e gostei muito de tudo. Principalmente de ter uma equipe comigo, a de técnicos. Eu só não gostava mesmo era de ter que me maquiar sempre e viver preocupada em fazer escova ou chapinha. Mó chatice.

O pessoal desse novo estágio parece muito legal, competente e bem-humorado. Espero aprender bastante. Por exemplo: as pessoas estão super-hiper-mega informadas! Claro que eu sei que jornalista tem que ser assim mesmo, mas eles são demais! Sabem os nomes de todas as fontes, as siglas e dados, tudo de cabeça! Quer dizer, uma coisa é você saber que teve aumento de alguma coisa na economia, e outra é saber a porcentagem, com quem falar e o número do telefone! Já vi que vou ter comer muito arroz com feijão...
Só que tem algumas desvantagens: É num lugar super longe/contramão de qualquer uma das minhas duas casas (a da minha mãe e do meu namorado) e eu tenho que estar lá às 8h. Ou seja, mesmo madrugando, que é uma das coisas que eu não sei fazer muito bem, encarar o Grande Circular 1 no terminal da Messejana (quem mora em Fortaleza deve saber do que estou falando) e conseguir chegar no terminal do Papicu para pegar outro ônibus demora meio assim, por cima, uma hora e meia. E bote mais um tempinho para chegar o ônibus que me leva até a TV, aí temos 2h. E lá vai a Sheryda ter que sair de casa quando tá-escuro-e-ninguém-te-ouve...

Próxima desvantagem: Estágio curricular não é remunerado então vou ter que gastar com transporte e almoço e tirar do meu magro orçamento mesmo. E como lá é super longe do meu segundo estágio, que é longe da Faculdade (para onde vou à noite) com certeza vou gastar bastante com transporte. E entre um estágio e outro não dá tempo de almoçar, então vou viver de açaí com sanduíche em agosto e setembro. Ou seja, meus magros e escassos 50kg vão sumir! Principalmente se eu tiver que andar tanto quanto já andei hoje, pelo menos umas seis enooormes quadras. Tudo para não ter que passar pelo terminal, porque não daria tempo.

E depois é arrumar tempo e ânimo para a monografia. Pelamor-de-deus(com todo respeito ao meu ateísmo), alguém me explica a semiótica. Na monografia que tô lendo, tava adorando o capítulo sobre a história da moda, das revistas femininas e claro, da luta das mulheres, mas quando chegou a parte de semiótica eu só bocejava. Muito cansativo e sacal. Acho que vou pular essa parte chata e ir direto para as figuras. Vamos ver o que minha orientadora acha dessa minha metodologia.

E por último, acho que vai rolar do meu computador voltar a funcionar esta semana. Aêêê!! Espero conseguir ficar acordada para usá-lo...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tensão pré formatura + tensões outras

Inicio este semestre cheia de medos e inseguranças. Terminei o curso de web segunda-feira, mas ainda tenho que estudar muito para dominar os programas para valer. E não tenho tempo nem lugar para isso, já que meu computador não liga e o do namoradim é super requisitado na casa dele. E também preciso de computador para trabalhar na minha monografia (imagine minha cara de pânico e desolação enquanto escrevo isso), sendo que eu ainda nem consegui fechar um tema pra valer, não tenho certeza se a pessoa que eu queria vai me orientar e sinto que sou uma figura ínfima que não representa nenhuma contribuição ao mundo acadêmico.

E somando ao medo de não conseguir terminar o trabalho de conclusão de curso, ainda tem o fato de a pessoa estar apavorada por estar terminando a faculdade. Quer dizer, depois que a gente se forma, o que acontece? Fiz estágios e cursos suficientes? Estou mesmo preparada? Terei emprego? Devo trancar tudo e adiar a formatura? Devo tentar vestibular de novo, fazer outro curso ou estudar jornalismo mais uma vez para revisar as coisas que tenho a sensação de não ter aprendido? O que é mestrado? O que é pós-graduação? (medo medo medo) Tento também não me torturar tanto pois sei que me esforcei bastante durante o curso, mas a sensação de pânico não me larga. Será que é assim com todo mundo?

E a última agonia-impaciência tem a ver com planos que estão impossibilitados no momento por conta de dinheiro. Mas nem posso comentar muito do que se trata porque é segredo. Quem souber do que se trata... Bem, aceitamos doações! :)