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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Post temático: Casamento



O tema desta semana foi casamento e eu fiquei muuuito feliz com isso. Tá bem, eu sei que estas palavras não foram exatamente feministas... rs! Mas a real é que a coisa do casamento tem me feito pensar muito ultimamente e sonhar também. Porque isso é uma coisa que eu e Potô queremos realizar e estamos só aguardando o belo dia em receberemos o piso salarial dos jornalistas, que apesar de não ser enorme corresponde a uma renda considerável para nós dois.

Mas por que eu fiz a piadinha sobre não ser muito feminista logo no início? Porque o casamento foi historicamente construído para aprisionar as mulheres e subjugá-las aos homens. Além disso é imposto para nós como um objetivo de vida desde o início. Sempre nos é colocado como o destino desejado e sempre fomos treinadas para formarmos uma família (hétero) e cumprir nossos sagrados deveres de esposa e mãe. Daí a razão de os brinquedos de menina serem bonecas e utensílios de cozinha, percebe? Apesar de para quem tem uma discussão mínima sobre relações de gênero isso ser óbvio, para a maioria das mulheres não é, principalmente para as crianças que têm esses valores cultivados desde muito cedo.

E hoje eu paro pra pensar na maneira como a minha família age e agia pelo fato de eu ser atrapalhada na cozinha. Eles dizem que meu marido é quem fará as coisas PARA MIM (só eu como e uso roupa limpa?), que minha casa será suja, que a gente só vai comer miojo, etc. Isso porque se a mulher não se enquadra nesse padrão ela é considerada anormal. Sem falar em como as obrigações domésticas são ditadas para as mulheres através de expressões como: "ele te AJUDA em casa?" Assim como o trabalho voltado para o sustento é dito como obrigação do homem, como quando se fala nas relações no campo: "Ela me AJUDA na roça". Porque quando a gente faz algo que não é nossa obrigação, se trata de uma ajuda, um favor.


Mas o pior mesmo é ver mulher ganhando panela como presente de aniversário ou ainda no 08 de março. Artigos assim não são visto como algo de uso comum e sim das mulheres. Tem até alguns homens que eu conheço que acham que não são machistas e que isso tudo é nóia da minha cabeça. Deixa chegar o aniversário deles que eu dou um conjunto de panos de prato pra ver se eles não estranham.


Mas enfim, se isso tudo é tão horrível porque esta feminista quer casar? Porque eu amo uma pessoa nhenda, que me respeita não quer mandar em mim ou me controlar. Além disso respeita minhas idéias e até concorda com um monte delas, mesmo elas contestando um privilégio que a criatura teoricamente tem desde antes do próprio nascimento. Até um dia desses se dizia feminista, mas aí voltou atrás quando soube que várias feministas não concordam que homens possam ser também. Aliás, ele está me devendo um post sobre isso há séculos.


E eu tive a imensa sorte de encontrar e amar alguém assim. O meu amor é um amigo e companheiro antes de tudo e juntos construímos uma relação igualitária e muito gostosa. E ficar longe um do outro nem que seja só por uma noite representa uma tortura muito grande e é por isso que queremos juntar nossas vidas no mesmo teto.


O desenho de hoje fala um pouco disso. Quis representar Potô e eu disputando uma partida de futebol na nossa casa no nosso maravilhoso sofá vermelho que nos aguarda em algum lugar por aí. Aliás, esse cenário também já foi usado numa tela que pintei há alguns meses atrás. Reparem que ainda estamos usando as roupas do casório, então é como se tivéssemos acabado de chegar da cerimônia. Ou seja, é a parte desenhável e publicável da lua-de-mel. E eu sempre penso no quanto será divertido o meu casamento com o Potô. Também penso em tudo o que vamos ter que enfrentar, claro, mas sei que vamos trabalhar juntos para superar.


O casamento para mim precisa ser antes de tudo uma opção, não algo feito simplesmente porque tem que acontecer de qualquer jeito. E precisa ser uma relação de igualdade e amizade apesar de toda relação ser uma disputa de poder.


E eu estou doida pra casar!

E o vestido não será exatamente igual ao do desenho porque vai ser surpresa. Mas eu já fiz o modelo!
E eu quero que gays e lésbicas tenham direito ao casamento!

E eu acho que tô a cara do Michael Jackson no desenho.
E em breve eu coloco os links dos outros participantes. Quem escolhe o próximo tema?


**Atualizando (4 de dezembro):

Até o momento nem todos os outros participantes atualizaram o post temático, apenas a Michele, então ponho os links dos respectivos blogs. Ai gente, atualiza aí que eu tô doida para ver as artes de vocês!

Cintia
Guto
Juliana
Michele

E como sou eu quem escolhe o tema (Cíntia me avisou), então eu sugiro DINHEIRO. Até sexta-feira!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Post temático (da semana passada): Outono

Só posso dizer três palavras: burra, burra, burra!!! Viajei na maionese que o post era sobre outono, mas na verdade esse foi o tema da semana passada! O desta é "medo", mas só fui ver hoje e ontem já tinha preparado desenhos sobre outono. Estou uma semana atrasada, pelo menos. Mas agora eu vou me dedicar ao do próximo tema, que aguardo que meus companheiros de post delimitem.

Sobre o outono, resolvi fazer alguma coisa relacionada a moda, mas também pensei em não fazer um desenho digital. Então fiz dois desenhos a lápis e pintei com lápis de cor aquarelado de uma estudante de moda simpática com quem conversei ontem. Aproveitei para pedir dicas e informações sobre o curso, pois estou pensando em estudar isso depois da graduação no ano que vem. Aliás, um beijo para Eduardo e Bárbara, estudantes fofos que me deixaram sentar à mesa com eles ontem. Belos desenhos por sinal.

Quanto aos meus, vamos lá. Pensei em roupas que protegessem um pouco do vento de outono e tivessem cores relacionadas à estação, como o laranja e marrom, por causa das folhas secas. E como eu acho que verde e roxo combinam muito bem com esses tons, usei para iluminar. A intenção era usar cores bem fechadas, mas o lápis tinha tons vivos, por isso ficou um negócio meio carnaval.
O vestidinho preto com a meia roxa eu pensei para usar à noite, com as meias protegendo um pouco do frio e dando uma iluminada no look. O sapato foi idéia do Eduardo, e fica como homenagem a Coco Chanel.

E as roupas foram super inspiradas no filme Love Story. Eu quero uma saia xadrez amarela e TODAS as meias do filme!

Confiram posts com o mesmo tema em:

E com o tema "medo":

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Questão de Enade

Com que acontecimento recente esta imagem-não-muito-atual pode ser relacionada? Quem acertar primeiro, ganha um semestre totalmente gratuito lá na Uniban!

Mulher tendo o comprimento da saia verificado, pois caso estivesse menor do que o permitido por lei ela seria presa. Capa do excelente documentário do Marcelo Masagão, "Nós que aqui estamos por vós esperamos".
E uma dúvida pessoal: Será que essa Universidade tem assessoria de Comunicação? Se tem, acho que os donos não a escutam...
E eu fico devendo o post temático de hoje sobre anos 80. Por enquanto, curtam os trabalhos dos outros participantes (copiei os links da Cíntia). O meu ainda está em processo de confecção.
PS: Andarilho está de férias

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Post Temático - Balé!

O tema escolhido para o post temático desta semana por mim foi o balé. Tentei fazer num estilo mais desproporcional, parecido com o das ilustrações da revista Atrevida há anos atrás. Os desenhos pareciam feitos de massinha e eram bem divertidos. A meia lilás expressa um desejo subconsciente de usar meias coloridas.

Tentei colocar um efeito de luz, sobre a bailarina como se fosse um holofote, parecido com o que o Guto faz. Usei o efeito "Lentes" no Corel, mas não deu certo, ficou feio. E aí, Guto, cê pode dar a receita?

O post temático funciona assim: toda semana alguém sugere um tema e aí na sexta-feira os participantes postam nos bloguenhos nhendos. Quem quiser participar também, deixa um aviso nos comentários para que possamos linkar a arte, que não precisa ser só desenho.
Confira trabalhos dos outros simpáticos e talentosos participantes sobre o mesmo tema desta semana:


Fiz uma bailarina negra, porque adoro desenhar bailarinas assim. Quase sempre as pessoas estranham, já que por alguma razão o balé é considerado uma coisa meio padronizada como coisa de "branco". Ano passado eu pintei uma tela com uma bailarina assim, e quase todo mundo que via perguntava porque eu tinha feito ela negra. Se fosse branca, ninguém perguntaria por quê, percebe?

Este ano minhas irmãzinhas vieram do interior passar uns dias, e aproveitei e dei o quadro à uma delas que tem 9 anos, adora balé e tem muita vontade de fazer. Ela me disse que tinha adorado, mas que ficaria mais bonito se eu tivesse pintado ela de "cor da pele". Nosso priminho que tem quase a mesma idade que ela concordou. Meu pai, que convive mais com minha irmã do que eu e é negro, apenas riu. Já a mãe dela, que é branca, quando viu o quadro, perguntou porque eu tinha desenhado a bailarina tão "queimada". Onde será que minha irmã aprendeu isso, né? Não estou dizendo que foi com os pais delas, já que há racismo em todos os lugares. Mas os pais, que deveriam desconstruir, ou não dão importância, ou reforçam o preconceito. Afinal, eles também estão no contexto.

Será que meu primo e minha irmã são crianças racistas e más? Claro que não. Elas estavam apenas reproduzindo o que lhes é dito cotidianamente, sem perceber que é preconceito. Aliás, elas provavelmente nem sabem o que é isso. Eu lembro que quando era criança eu e minhas coleguinhas de classe (estudava num colégio só para meninas) também chamávamos o bege de cor da pele e a professora também. Inclusive as negras (professoras e crianças). Se ensinamos às nossas crianças que o bege (ou então rosa claro) é cor da pele, elas vão achar que gente negra tem cor de quê? De qualquer coisa, menos de pele, já que o bege é que é cor da pele. E quando vão pintar seres humanos nas gravuras infantis, vão pintar de que cor? Qual a única opção na caixinha de lápis? Dessa forma o preconceito vai sendo enraizado nas crianças sem que elas percebam, o que é muito cruel. O processo de desconstrução depois acaba sendo muito mais doloroso e complicado.

Nem sempre basta rir do que as crianças falam. Aliás, não deveríamos rir nunca, a não ser de piadas. Temos que levar mais a sério o que elas dizem, respeitá-las, conversar com elas e provocar reflexões nos pequenos. O respeito e senso crítico precisa ser estimulado desde o início. E isso para mim não é roubar a infância das criaturas, porque desde cedo elas se relacionam socialmente com outras crianças. Basta saber conversar e respeitar o contexto delas.
O que eu disse à minha irmã? Disse a ela que existem peles de várias cores, e que o bege não é a única opção. E que a bailarina que fiz para ela não era bege porque era negra, e não deixava de ser bonita por isso. Ela ficou pensativa e depois foi brincar de bailarina. Simples assim.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ninja bailarina toda aberta com olhar lilás malvado sob a lua cheia


Este é meu humilde desenhinho para o post temático desta semana, cujo tema é "ninja". Como sempre, fiz um desenho cabeçudo todo no Corel Draw. O engraçado é que apesar de eu ter ficado muito perdida com o tema escolhido, lembrei imediatamente do Kung Foo Panda, quando a personagem principal arrasa nos espacates. E eu que não completei nem 2 meses de caratê, mas aprendi a abrir gran- de- ka no balé (com certeza não escreve assim), desenhei a ninja fazendo um. Depois acrescentei um olhar malvado, uma lua cheia e dois pedaços de pau, e pronto. Acho que dá para enganar, né? Aliás, abertura perfeita desse jeito acho que só no Corel mesmo. A mulher tá toda têsa!!! rs!!
Fiquei sabendo desse lance de post temático por conta de novas visitas que chegaram por aqui, de pessoinhas que arrasam em arte gráfica. Funciona assim: toda semana alguém sugere um tema e aí na sexta-feira os participantes postam nos bloguenhos nhendos.
Confira desenhos dos outros participantes sobre o mesmo tema aqui, aqui, aqui, aqui e aqui!
Ah, e como a Cíntia disse que é a minha vez de sugerir um tema, escolho o balé, ok? Divirtam-se! Eu me diverti muito durante este primeiro!