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terça-feira, 12 de julho de 2011

Guia do Mochileiro das Galáxias


Há algum tempo comentei a respeito da 1ª compra que fiz no Estante Virtual, que é uma rede de sebos na Internet. O livro que comprei foi o Julie & Julia, que primeiro era blog, depois virou livro e depois filme. Este último já está na minha lista de prediletos, e já assisti um monte de vezes (Leia as partes 1, 2 e 3 da crítica que escrevi). O livro era um desejo antigo.

O namoradinho está aqui do lado palpitando enquanto escrevo e reinvidicando, com razão, o crédito pelo filme, já que foi ele quem me deu de presente. E de surpresa. Também pudera: Pedi para que ele alugasse o filme umas cinco vezes, então acho que percebeu que sairia mais barato comprar logo o DVD. rs. Thanks, love!

Mas enfim. Assim como comprei o Julie & Julia no Estante, e por sinal adorei a compra, também experimentei usar outro site: O Submarino.

Resolvi presentear o namoradim com o Guia do Mochileiro das Galáxias, e vi que estava na promoção, então efetuei a compra. São cinco livros, e todo o box saiu por 50 reais. 10 reais cada livro, achei que estava bom. Ah, e também teve o frete.

Mas ao contrário do Estante, a entrega pelo Submarino não foi tranquila: O atendimento deles é muito impessoal, feito boa parte por essas mensagens automáticas. E quando meu pedido ficou retido por causa do ICMS, isso ocasionou maior demora no recebimento e as respostas continuaram estranhas. Fiquei insegura, achando que não receberia o livro.

Os cinco livros são fininhos, por volta de 200 a 300 páginas cada um. A capa deles é fininha, molinha e sem aquelas orelhas que falam do autor e da obra. Cheguei a pensar que se tratava de uma edição condensada, mas não, é isso mesmo. Confesso que fiquei um pouco de decepcionada pela qualidade, esperava edições de capa mais resistente, com mais informações e num formato maior. Então me toquei que no site do Submarino não tem grandes descrições do livro, então a gente simplesmente imagina uma coisa e na verdade é outra.

Outra coisa, pelo menos uma das edições veio com defeitos: um erro de impressão e recorte em uma das páginas e um amassado na contra capa. Mas todas vieram cobertas com papel filme.

Como o boy está lendo outras coisas da nossa biblioteca, resolvi ler o Guia. Já terminei o primeiro e recomendo. É divertido, de um jeito extremamente descarado e cara de pau. Muito maluco o livro, muito doido mesmo. Pena que estou num ritmo em que a leitura é feita meio às pressas, muitas vezes passo dias sem pegar na obra. Até por isso não publiquei a crítica de Julie & Julia aqui, porque acho que não li o livro do jeito certo. Aliás, acho uma certa falta de respeito ler livros às pressas. Parece falta de consideração com eles.






terça-feira, 14 de junho de 2011

Livro novo: Julie & Julia



Dia desses publiquei a crítica do filme Julie & Julia (parte 1, 2 e 3) e estou muito feliz, porque finalmente adquiri o livro que deu origem a filme. O bom é que comprei pela Estante Virtual, que é uma rede de sebos na Internet, então saiu a menos da metade do preço da livraria, incluindo o frete. Lá é um ótimo lugar para encontrar livros raros, então vale a pena dar uma conferida. Outro detalhe: a capa é a original do livro da Julie Powell, uma cozinheira de roupa xadrez vermelha com uma tigela. Odeio essa onda de colocarem fotos dos filmes nas capas dos livros nos quais foram baseados. O filme é que deveria ter capa do livro no pôster, não o contrário.

E tem gente que mesmo gostando de leitura tem preconceito com sebos, mas a verdade é que o meu Julie & Julia chegou novinho pra mim. Sério, nem parece que alguém o leu. Não tem amassados, apenas os cantinhos um pouco arredondados. As páginas não estão amareladas e não há cheiro de mofo. Sinceramente, acho que o livro é novo.

Eu já estou curtindo muito, porque a linguagem é super fluida, já que o livro existe a partir de um blog. Ele já está passeando comigo na bolsa para ler em todo momento que der. Detalhe: a bonitinha aqui precisa estudar para as provas finais de inglês, mas espero terminar Julie & Julia tão rápido que nem vai dar tempo de prejudicar os estudos.





Será que o Sherviajando vira livro um dia, hein? ;P

domingo, 29 de maio de 2011

Livros novos: Sergio Vilas Boas e Alberto Perdigão



Logo que cheguei ao Encontro ontem, vi uma mesa com o livro "Comunicação Pública e TV Digital", do ex-apresentador da TV Verdes Mares, filiada da Rede Globo aqui no Ceará, Alberto Perdigão. Fiquei bem interessada porque não sei muito a respeito de TV Digital, então o livro poderia ser uma fonte interesante sobre o tema.

Conversei com o autor na hora e ele explicou que o livro defende que é possível uma importante mudança em prol da democracia caso a TV Pública utilize os recursos da TV Digital. Fiquei curiosa porque sempre ouço que o modelo adotado pelo Brasil se limita apenas à qualidade de imagem e áudio, e que democratização mesmo não tem. Mas ele afirmou que é possível sim, a partir da evolução tecnológica do modelo adotado no Brasil. Adquiri o livro na mesma hora, por 30 reais, e estou curiosa por começar a lê-lo.


E outro que entrou para a biblioteca, já há algum tempo, é o "Perfis e como escrevê-los", do Sergio Vilas Boas. Esse adquiri durante uma palestra realizada na UFC, pelo próprio autor, a respeito de jornalismo literário. Fiquei tão encantada com a palestra que acabei escolhendo um livro dele na saída. Esse fala sobre a técnica e a importância de escrever perfis. Pode ser de uma pessoa ou até mesmo de uma instituição. Acho que custou 35 reais.


Apesar de já ter começado a ler o Perfis há algum tempo e ainda não ter terminado (ao contrário da Saga Crepúsculo e do Marley e Eu, que foi rapidinho rsrsrs), me dá muito prazer ler, trabalhar e conversar sobre comunicação. Posso até não ficar ricah, mas que minha vocação é para isso, não tenho dúvidas.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma estagiária, uma diretora, uma adolescente e um short curto demais (parte 2)

Leia aqui a parte 1.

Não eram gritos de desespero, que fizessem com que todos fossem em busca de acudir alguém. Eram broncas severas, cheias de agressividade, lições de moral e ofensas. E todos reconhecemos que a voz que gritava era a da diretora. Já a voz miúda, que tentava se justificar, era da estudante que havia chegado para a reunião do jornal.

Depois de alguns minutos constrangedores, o silêncio veio juntamente com a diretora. Ela veio nos explicar que a estudante voltara para casa porque chegou à escola com um short curto demais, e por isso sua entrada não foi permitida. E começou a falar alto mais uma vez, como se a estudante pudesse ouvi-la do outro lado da rua, ou talvez para outras que, como ela, não soubesse se vestir de forma “decente” e um dia ousassem chegar ao colégio em tais trajes.

A reunião não aconteceu porque a menina estava com todo o material que precisávamos e sequer foi permitida de adentrar o colégio para nos cumprimentar ou entregar sua pasta. Eu voltei desolada, revoltada com o que houvera e por um motivo tão banal ter perdido a chance de realizar uma reunião com estudantes que queriam muito realizar o projeto, mas estavam com dificuldades. O prejuízo pela perda da reunião era muito maior do que qualquer lição de boas condutas que a diretora talvez quisesse, de forma tão violenta, ter passado à aluna.

Fiquei desolada pela forma como a diretora falou com a adolescente, tão estupidamente humilhante, gritada para que todos os seus colegas e outros funcionários ouvissem. Algo que poderia ter sido feito de forma muito mais respeitosa, na sala da direção. Que poderia ter sido perdoado só daquela vez, para que a menina participasse da atividade e não viesse vestida daquela forma de novo. Ou que ela pelo menos não tivesse sido ofendida pela diretora, que a chamou de “vulgar”, “umazinha qualquer”, entre outros adjetivos nada dignos de saírem da boca de uma gestora de educação para uma adolescente de 13 anos.

Conversando com a assistente social que coordenava o projeto, ela me ofereceu vários pontos de vista. Em primeiro lugar, ela condenou veementemente a atitude da diretora. Destacou que aquela não era a forma de falar com ninguém, imagine com uma adolescente. Uma das coisas que me chamou a atenção é que a diretora disse à menina “você com certeza não tem só esse short!”, ao que a coordenadora do projeto me contestou: "como ela pode saber? Como ela pode ter certeza disso, que a menina não tinha só aquela roupa para ir à reunião?" E isso me deixou um tanto chocada, porque aí eu percebi que esse tipo de coisa realmente pode existir, e muitas vezes por estarmos numa condição confortável o suficiente, não nos damos conta.

Por outro lado, disse a coordenadora, imagine a pressão que essa diretora sofre naquela escola. Sem amparo público o suficiente, vendo adolescentes engravidarem e outras indo para as drogas e crime. Sendo ofendida por estudantes e pais de alunos, algumas vezes até ameaçada e saindo do trabalho, localizado numa periferia carente, estressada e com medo. Que condições essa profissional têm de fazer as coisas tal como ela deveria ter aprendido na universidade? Quanto ela ganha? Em quantas outras escolas não deve trabalhar para sustentar a família? Há quanto tempo ela não participa de uma discussão pedagógica para aperfeiçoar seus métodos?

E aí a coordenadora do projeto em que eu atuava comentou todas as diversas facetas envolvidas naquele incidente. Porque os pais da menina dificultavam que ela participasse plenamente do projeto? Será que eles tinham condições de perceber o quanto aquela experiência seria importante para a filha deles?

Porque a menina usaria aquele short para ir à escola ou a qualquer outro lugar? Será que ela tinha condições de perceber questões como a banalização do corpo das mulheres?

E esse episódio ficou marcado para sempre em minha memória, pois foi uma das primeiras vezes em que percebi o quanto nosso contexto é complexo, e que não dá para colocar a culpa em uma só personagem. Porque na maioria das vezes a culpa não é só da adolescente, do short ou da diretora.

Ou mesmo da estagiária, que por mais revoltada que estivesse, não fez nada diante da situação.


Uma estagiária, uma diretora, uma adolescente e um short curto demais (parte 1)


Algo marcante na minha vida foi ter começado a estagiar numa ONG, lá pelo 3º semestre do curso de jornalismo. No estágio eu cumpria a função de assessora pedagógica, ajudando os estudantes de algumas escolas públicas a fazerem seus jornais estudantis. Nessa época tive a oportunidade de trabalhar com educadores e assistentes sociais, o que me ajudou a abrir minha visão de mundo. A principal dessas mudanças foi perceber que nossa sociedade é tida em contexto. Um contexto cheio de aspectos, pessoas e situações. Milhares possíveis, com muitas facetas e possibilidades (ou impossibilidades).

Por exemplo: em determinada situação estive visitando uma escola para uma reunião com os estudantes, num horário oposto ao das aulas deles. Uma das meninas que ia participar da reunião sempre tinha muito interesse em contribuir com as coisas do jornal, mas tinha muitas dificuldades. Sendo a filha mais velha, ela cuidava dos irmãos menores, fazia todas as tarefas domésticas e mal tinha tempo para fazer os deveres de casa que os professores passavam. Participar do jornal da escola, então, era praticamente impossível. Para os pais dela, mais que isso: era besteira.

Pois eis que um dia o pai da menina a deixou ir à reunião, mas só depois que ela terminasse algumas tarefas da casa. Ela se esforçou para fazer tudo, avisou pelos outros participantes que ia chegar depois, mas que levaria todo o material que havia preparado.

Eu já tinha chegado para a reunião e resolvi dar uma tolerância de mais meia hora para que a garota não perdesse muita coisa. Enquanto isso, conversava com os outros estudantes sobre dificuldades que eles estavam enfrentando para concluir o jornal.

De repente, gritos na entrada da escola calaram todos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Comprinhas de fim de semana


Não lembro qual autor li durante a graduação em jornalismo, mas ele levantava a teoria que existe uma vaidade dentro de nós que nos dá vontade de compartilhar coisas de nossas vidas para desconhecidos, e a mídia é o ambiente perfeito para isso. Daí o status meio privilegiado de quem de alguma forma recebe a atenção da mídia, a vontade de divulgar para todo mundo se você é citado em algum veículo, etc.

Pois para satisfazer essa vaidade, vou compartilhar por aqui algumas coisas que comprei no fim de semana. :P

A primeira delas é o livro Marley e Eu, que depois de muito tempo eu finalmente adquiri. Tive muita vontade de ler a obra que deu origem ao filme por alguns pontos: o livro é sobre amor aos animais de estimação, o autor é um jornalista, e a história é baseada na coluna que ele escrevia em jornal. Acho que adoro filmes baseados em colunas e blogs porque me dão esperança de ser uma jornalista/escritora de xuxesso no futuro. hehehe Comecei a ler no mesmo dia em que comprei, e estou adorando. Engraçado como é muito mais fácil, e em alguns casos mais prazeroso, ler best-sellers que clássicos da literatura. Talvez por a linguagem ser mais contemporânea, não sei. Não é querendo desvalorizar os clássicos não, mas enquanto estou devorando "Marley e Eu", para ler "O retrato de Dorian Gray" foi um parto normal com fórceps. Será que devo me preocupar com isso, ou o importante é ler?


Nas primeiras páginas, algumas fotinhas com o Marley de verdade e sua família. Fofo.


Também comprei uma mochila jeans na feira livre do Antonio Bezerra. Nada de especial, apenas tava sem mochila e elas são úteis principalmente quando você quer sair de tênis e só tem bolsas mais formais. Consegui pechinchar 3 reais (de 15 saiu por 12)! Agora estou ricah!


E a outra aquisição foi uma bonequinha de biscuit que comprei para enfeitar minha mesa no trabalho. Comprei na feira do Antonio Bezerra, após adquirir as frutas da semana. Consegui pechinchar 1 real e ainda encomendei uma skatistazinha e uma bailarina negra. Quero enfofurar minha mesa. O mais legal que achei na bonequinha foi o cabelo dela que é muito macio, parece de verdade. Também gostei da cor, misturinha de preto com marrom. Um artesanato bacana.

A outra compra foi de um acessório bastante útil para quem está a fim de andar de skate, e que custou só 9 reais na mesma feira livre. Fico devendo a foto, porque está difícil conseguir modelos. Povo tímido.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Critica – Julie&Julia (parte 3)


Confira as partes 1 e 2.

Um brinde à igualdade!


Claro que sei que cozinhar e servir o marido é um papel instituído para as mulheres. Acho que é o mais clichê deles, inclusive. Mas o filme trata de algo para muito além disso. Julie e Julia se casaram com homens incríveis, absolutamente maravilhosos. Eles as apoiaram em todos os momentos e não se sentiram nem um pouco ameaçados diante do brilhantismo das esposas. Eram verdadeiros companheiros, não apenas maridos.

A história de Julia Child é mostrada de forma muito perfeita, porque tem um pouco do que seria a Julia que Julie Powell imagina. Por isso, não é retratado nenhum momento de conflito entre ela e Paul, o marido. Uma das cenas prediletas da diretora Nora Ephron (assisti com comentários também), é o momento em que Julia Child diz ao marido que vai aprender a fazer chapéus. Primeiro ele faz uma cara de quem pensa "que que tem a ver", mas em seguida resolve deixar a esposa curtir e diz: "Você gosta de chapéus". Tudo que ele queria era que ela fosse feliz, e às vezes isso é raro numa união, um homem querer ver sua esposa feliz. Principalmente se a felicidade dela depender de uma boa dose de autonomia.


Já Julie é muito mais humana e vulnerável. Ela faz drama quando a comida queima, é obcecada, teimosa e um pouco individualista. Inclusive nesse momento a interpretação de Amy Adams (Encantada) é perfeita, porque ela é aquela coisa linda e pequenininha com cara de chata. Dá vontade de dar um beijinho no nariz dela só para ver ela irritada. Num momento de conflito, ela e o marido brigam e ele chega a sair de casa. Mas a briga não tem fundo machista.

Em todo o filme as mulheres são protagonistas. Tudo é sobre as personagens principais. Tem até um momento em que Julie comenta que não gosta das amigas e a amiga dela, Sarah, diz que isso é absolutamente normal. Daí o marido de Julie diz "Os homens gostam dos maridos". Ao que Sarah responde: "E quem aqui está falando dos homens? Ningém está falando de homens aqui." Acho que foi uma alfinetada da roteirista.

O filme mostra dois exemplos do que acredito ser um casamento perfeito: uma relação onde as duas pessoas (ou mais, dependendo da situação) se ajudam mutuamente a crescer, sem disputar o domínio sobre a outra. Vale ressaltar que são dois casais sem filhos, então não sei como seria se houvessem crianças. Em Marley e eu, por exemplo, A personagem de Jennifer Aniston abre mão da própria carreira para cuidar dos filhos. Não que o marido a tenha obrigado a isso. Já em De pernas para o ar, recente longa brasileiro, o marido de Ingrid Guimarães pede divórcio devido à obsessão da esposa pela própria carreira. E será que alguém notou que em Sr e Sra Smith, a Angelina Jolie parece uma viciada em trabalho neurótica? Como se só assim ela pudesse se tornar uma espiã assassina competente, embora eu adore o filme e muitos traços da personagem interpretada por ela.

Óbvio que é difícil que uma relação sobreviva quando um dos dois é um workaholic. Só que no cinema há muito mais personagens masculinos e bem sucedidos do que mulheres. E quando elas são as bem sucedidas, geralmente o cinema as ilustra como mal amadas, insensíveis e anormais. A clássica megera. Enquanto isso, existem vários personagens homens bem sucedidos profissionalmente e felizes na família. Eu poderia citar muitos exemplos aqui, mas prefiro indicar um ótimo post que a Lola escreveu sobre a imagem das mulheres no cinema, baseado num instituto fundado pela Geena Davis, de Thelma e Louise.

Para a representação das personagens, o elenco demonstrou uma química incrível. Fora que tinha pelo menos duas figuras que eu adoro e ainda por cima nos papéis principais. Amy Adams e Meryl Streep foram sensacionais. E é incrível a versatilidade da Meryl. Basta contrastar A Julia Child com a Miranda Priestley, de o Diabo Veste Prada. A mulher é uma camaleoa!

Foram três posts bem robustos para falar de Julie & Julia, e talvez até surjam outros no futuro. Mas por enquanto desejo que tenham gostado da minha trilogia póstica e se interessado pelo filme. Será que os outros posts sobre filmes do meu coração serão grandes assim?

Bon appetit!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Critica – Julie&Julia (parte 2)

Na semana passada comecei a contar porque amo o filme Julie & Julia. Agora, continuando.

De encher os olhos.


É um filme sobre comida. Eu sou uma pessoa que come muito (já to pegando até má fama na agência) e adoro cozinhar. Então filmes sobre culinária estão na minha lista dos prediletos. E se é sobre comida, então prepare-se para a fotografia, porque provavelmente é maravilhosa.

No caso de Julie e Julia, o cuidado da produção e a absoluta exigência da diretora Nora Ephron são evidentes. Tudo é colorido, real e apetitoso. Quase é possível sentir o cheiro do que é preparado e ficar com fome é inevitável. Até porque a diretora fez questão que a comida fosse ótima e os atores comessem de verdade durante as filmagens.

Em relação à parte gastronômica, só posso reclamar de algumas cenas nada vegetarianas, como o momento em que Julie vai preparar lagostas e as escalda vivas. Apesar de a cena ser cômica, é ruim imaginar o sofrimento dos bichinhos, e me incomoda o humor sádico de algumas cenas. Além disso, tem muita exibição de carne crua e carcaças de animais. Bem desagradável, mas é preciso entender que se trata da culinária francesa, então fica difícil ser de outro modo. Não gosto menos do filme por isso.

Além da quantidade de carne nas comidas, a quantidade absurda de gordura (quase tudo leva muita manteiga), também me surpreendeu. Como os franceses podem ser tão magros? Achei que tudo era no vapor e a base de vegetais, mas na verdade é manteiga e carne até a tampa. Isso é outra coisa: por ser baseado em livros de pessoas que realmente entendem de comida, tem muita informação interessante. A lição de "não aglomerar os cogumelos, senão eles não douram", me deixa com água na boca. Sou louca por cogumelos.

E tem coisas no filme que só quem ama comer e cozinhar compreende. O prazer de escolher ingredientes frescos, sentir o cheiro e observar suas cores, por exemplo. Claro que para uma pessoa não vegetariana esse prazer talvez não seja tão intenso, afinal eu geralmente compro vegetais, que são coloridos e cheirosos. #ironiafeelings

Em uma cena, Julia Child escreve para sua melhor amiga: “Creio que sou a única americana em Paris que acha mais divertido comprar comida do que vestidos”. Já Julie Powell gasta quase metade do próprio salário comprando ingredientes para uma das receitas. Há um momento em que ela pega um ramo de vegetais e cheira. Toda vez que vejo isso me dá vontade de sair e comprar uma porção de espinafre para um bom creme com batatas.

Potô e eu passamos pelo processo de compra de ingredientes sempre que resolvemos preparar alguma receita interessante. E é muito divertido fazer feira juntos, numa feira mesmo, com barracas e vendedores recitando preços. Já até fiz um pequeno ensaio fotográfico, porque, na minha opinião, não existem cores mais bonitas do que as de uma feira popular.

Além do prazer de comprar ingredientes, o filme também ilustra a sensação maravilhosa que é preparar um bom prato com carinho e compartilhar com quem se ama. Também ilustra como uma pessoa mais humana e menos fada do que Julia Child pode ficar enlouquecida caso algo queime ou desande.

E como Julie e Julia cozinharam muito e serviram os maridos, que adoravam toda a comida, talvez alguém ache que é um filme machista. Mas no próximo post direi porque considero Julie e Julia um filme feminista.

Bon appetit!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Colar de borboleta da @ararapink


No meu novo trabalho me sobram colegas cheios de criatividade e estilo. Uma dessas pessoas é a fofa Carolys, uma estudante de publicidade VEGETARIANA (ponto p ela!!) que monta bijuterias bacanas e vende pela Internet através de seu Facebook. Ao conferir as peças me encantei por várias. Mas se encantar não é se apaixonar, né? Pois é, me apaixonei pelo colar com pingente de borboleta, que segundo ela fazia tempo que estava à venda e ninguém comprava. Tipo o Marley, saca? Cãozinho de liquidação. rs

Pois é, mas a razão pela qual me encantei meeesmo pelo colar é porque ele é idêntico ao da Alice, do livro Para sempre Alice, que eu já li umas 10 vezes. O colar é uma relíquia herdada pela personagem principal, deixado pela mãe dela. O livro a descreve de uma forma tão legal que eu sempre quis um similar. O colar é representado por uma borboleta na capa, já que o pingente é uma borboleta azul feita de resina.



Não é parecido? E quando gosto de uma obra ou me identifico com a personalidade de algum personagem quase sempre quero obter alguma peça de seu figurino, ou de alguma forma me inspiro com seu estilo. Até porque o trabalho dos figurinistas não é aleatório. Eles escolhem elementos que reflitam a personalidade das personagens que estão criando e é um trabalho que exige muita sensibilidade e pesquisa. Já até cheguei a fazer uma oficina sobre isso no ano passado, e gostaria muito de estudar mais a respeito do tema.

E quem estiver a fim de conhecer as coisas fofas da Carolys é só seguir @ararapink no Twitter e dar uma olhadinha lá pelo Facebook. #propagandadosamigos



terça-feira, 29 de março de 2011

Crítica – Julie&Julia (parte 1)


Sou uma pessoa apegada. E isso vale para amigos (o que já me rendeu várias decepções), idéias e objetos. Também sou apegada a livros e filmes, e quando gosto de uma dessas obras me apego a ela de tal forma a ser capaz de reler ou rever muitas vezes. Pois percebi que das críticas que escrevi aqui no blog, pouquíssimas ou nenhuma são a respeito de filmes que adoro e já assisti dezenas de vezes, até porque os tenho em casa. Pois muito bem: vou pagar esta dívida para com o blog, seus milhões de leitores, os filmes que me conquistaram e claro, comigo mesma.


Hoje falarei de Julie e Julia. E francamente, não sei nem por onde começar. Há tanto a se falar de Julie e Julia! Primeiro que é um filme de muitos sabores. Hora salgado, hora picante, algumas vezes até indigesto para uma vegetariana. Mas sempre, sempre doce, delicado e sutil.

Trata-se de uma história adaptada de um blog que virou livro, assim como Bruna Surfistinha. A blogueira da vez? Julie Powell, uma americana que prestes a completar 30 anos e vivendo na periferia de Nova Iorque no período pós 11 de setembro, encontra-se perdida, frustrada profissionalmente e quase em depressão. E eis que encontra a alegria de viver na culinária e na escrita.

Já Julia Child viveu 40 anos antes de Julie Powell. Para ser mais precisa, ela e o marido, ambos americanos, viviam em Paris durante o período pós Segunda Guerra. Os dois eram funcionários do governo dos Estados Unidos, mas Julia não queria mais esse caminho. Ela ansiava por uma carreira em alguma área que lhe desse prazer. E por amar comer, amar Paris e a culinária francesa, se matriculou no Le Cordon Bleu, um dos mais importantes institutos de gastronomia do mundo. E ao final do curso, juntamente com Simone Beck e Louisette Bertholle, escreveu uma das obras de culinária mais importantes: Dominando a arte da culinária francesa.

De que maneira Julie e Julia se encontram? Não há qualquer máquina do tempo ou grandes efeitos especiais no filme, garanto. As duas se encontram através da obra de Julia Child e também por suas semelhanças. Ambas são funcionárias do governo, são casadas com homens maravilhosos e companheiros, viveram em períodos políticos deprimentes, procuraram um sentido na própria existência, e claro, amavam comer e cozinhar.

Escritora frustrada e sem direção, Julie se propõe um desafio: Cozinhar todas as receitas do livro de Julia Child no prazo de 1 ano e registrar a jornada num blog. E aí o filme alterna entre as histórias das duas, numa sinfonia de romance, cores e sabores. Enquanto a história de Julie é baseada no blog/livro The Julie & Julia Project, a história de Julia Child é baseada na autobiografia My life in France. E o terceiro livro usado na obra é, claro, Dominando a arte da culinária francesa.

Está claro que me encantei por esse filme, já que me rasguei em elogios. Mas vou começar a ser mais objetiva quanto às razões para amá-lo tanto. Porém farei isso em próximos posts, que este aqui já está muito grande.

Bon appetit!

terça-feira, 15 de março de 2011

Crítica de filme e de público - Bruna Surfistinha

Uau! Que post enorme!


Há alguns dias comentei por aqui que assisti ao filme “Bruna Surfistinha” e gostei. Pois bem, dias depois do ocorrido, tentarei lembrar porque gostei tanto do filme apesar de tê-lo visto numa sessão terrivelmente barulhenta.


Em primeiro lugar, o filme me interessou por ser baseado num blog que virou livro. Não que existam reais pretensões em ver este bloguinho em prateleiras da Saraiva. É que me fascina a idéia de que pessoas comuns, dos mais variados tipos tenham idéias incríveis e escrevam bem ao ponto de serem publicadas. Acho isso muito legal, ainda mais no contexto brasileiro, que tem uma média de leitura tão baixa.


Em segundo lugar, o filme fala da trajetória de Rachel Pacheco, que aos 16 anos resolveu se tornar garota de programa. Outro tema que me interessa: prostituição.


Lembro da época em que o livro de Rachel, chamado “O doce veneno do escorpião” se tornou muito popular, justamente por ser polêmico. Eu nunca o li, numa tendência um tanto preconceituosa de recusar quase tudo que fosse pop e aparentemente instantâneo (pois é, mudei um pouco e hoje em dia leio até biografia da Lady Gaga. Brincadeira.) Outra razão para me afastar foi o filme pornô de Bruna Surfistinha, que foi lançado na época. Mas ainda tenho curiosidade em ler “O doce veneno…”, e vou esperar até que a onda do filme passe um pouco. O livro deve estar caro no momento.


Mas vamos ao filme. Roteiro muito bem amarrado, fotografia bacana, trilha sonora muito boa. Prostituta viciada em cocaína, abandonada pelos amigos, com saudade da família, triste e na chuva? Toca Radiohead!


Outra coisa: a versatilidade da Deborah Secco. Não em relação à atuação, que eu acho que ela sempre interpreta a mesma coisa, mas à idade. Tantos anos depois e ela ainda consegue parecer a molequinha de Confissões de Adolescente (saudade!) numa cena e virar um mulherão em outra. Há momentos em que ela está numa sala de aula com outros adolescentes e realmente consegue se misturar. Lembra do Murilo Benício interpretando seu clone adolescente? Não era daquele jeito.


Já as cenas de sexo ficaram muito bonitas. Elas são vulgares e divertidas (algumas), mas ao mesmo tempo não são pornográficas, entende? É que é a história de uma prostituta que trabalha num “privê” barato, com clientes dos mais variados tipos e taras. Tinha que ter uma crueza. Mas foram feitas com inteligência e bom gosto, sem parecer tanto com pornochanchada. Mesmo a cena em que Bruna realiza a fantasia de um cliente e urina sobre ele foi feita de forma inteligente e interessante. Talvez aí eu deva um elogio à atuação de Deborah, que parece ter pesquisado muito e dado a devida importância e respeito ao papel.


E mesmo não sendo pornográficas, as cenas ainda causam gritos de euforia nos taradinhos de plantão, e olha que nem todas as cenas de sexo são passíveis de riso. Algumas são violentas, constrangedoras. Alguns colegas de sessão chegavam a “torcer”em algumas partes. Só não me pergunte pra quem torciam. Mesmo em cenas que não eram de sexo, mas eram bastante dramáticas houve que risse e gritasse. Haja paciência.


O primeiro programa que Bruna faz é sofrido, doloroso. Ela só não chora para provar a si mesma que não é criança e que não voltará correndo pra casa. Mas me deu vontade de chorar. Deu nojo também. E me deu muita vontade de sair gritando dentro do cinema com todos aqueles idiotas que faziam piadinhas.


Por que o sofrimento de Rachel Pacheco merece ser banalizado? Talvez porque ela não tenha se tornado Bruna Surfistinha por razões financeiras. Rachel foi adotada por uma família de classe média alta e vivia em condições mais que razoáveis. Estudava em bom colégio e era amada pelos pais adotivos. O que mais uma menina sem família poderia sonhar?


Porém, de acordo com o filme, Rachel se sentia feia, perdida e sem identidade. Sofria bullying na escola e era humilhada pelo irmão mais velho. Uma característica: amava ler e escrever.


Um dia, é seduzida por um colega de classe e quase transa com ele. O garoto fotografa esse “quase“e publica no orkut, gabando-se. No dia seguinte a menina é perseguida na escola, como se a violência do colega já não fosse suficientemente ultrajante.


O episódio cai como uma cereja no bolo. Sentindo-se sozinha e rejeitada, apesar do carinho dos pais, Rachel arruma a mochila e vai se tornar garota de programa, numa tentativa de provar a si mesma que pode ser bonita e dona de si. E aí vale a reflexão sobre a posse de nosso corpo. Até que ponto Bruna Surfistinha é dona de si, e até que ponto não? Mulheres, reflitam!


Mas o contexto de Rachel Pacheco na adolescência pode parecer bobagem aos olhos de alguns. Quer dizer, não merece sensibilidade de ninguém, tem mais é que sofrer mesmo? O que justifica o riso diante de um “quase-estupro”?


Só porque foi fotografada fazendo sexo oral, sem permissão e colocaram foto na Internet vai virar puta? Estupra! Estupra!


Saiu de casa para uma faculdade de respeito usando um vestido curto demais? Estupra! Estupra!


Virou travesti e agora está com medo de pegar HIV? Estupra! Estupra!


Falando sério, para entender essa mentalidade talvez fosse preciso assistir ao filme de novo, bem escondidinha e com total silêncio. Ler o livro, conversar com a própria Rachel, com os doentes e gritadores, com sociólogos, fazer terapia, teses de mestrado, doutorado, pilates...



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Saldo 2010 – Leitura

Tenho mania de listas de fim de ano, dessas de promessas para o ano que vem e retrospectivas do que está acabando. Me ajuda um pouco a fazer um levantamento das coisas que desejo realizar, no que agi bem, no que agi mal, etc. Olhando a do ano passado, percebi que só faltou mesmo postar um pouquinho mais por aqui.

E aí, resolvi publicar algumas listas deste ano aqui no blog, começando pelos livros que li. durante o ano. Fiquei agoniada porque são só 10, mas na verdade li bem mais que isso para a monografia. Só que resolvi não colocar, até porque para fazer trabalho científico não necessariamente precisamos ler tooooda a obra. Podemos usar apenas trechos mais relevantes ou um ou outro artigo, no caso das coletâneas. Mas com certeza li muito, e os livros abaixo foram mesmo com o intuito de relaxar (embora eu tenha acabado usando O Diário de Anne Frank no trabalho).

Algumas dos livros abaixo já li várias vezes, como é o caso do “Para Sempre Alice”, que com certeza foi uma das melhores obras contemporâneas que Potô e eu compramos. Uma emocionante história sobre Alice, uma mulher que descobre aos 50 anos de idade que sofre do mal de Alzheimer. Uma história linda, baseada em fatos reais e que me fez chorar horrores.

E abaixo, a lista completa:

1. Crepúsculo
2. Eclipse
3. Amanhecer
4. O Diário de Anne Frank
5. O Diabo veste Prada
6. Jornalismo Freelance – Empreendedorismo na comunicação
7. Ninguém é de ninguém
8. O retrato de Dorian Gray
9. Para sempre Alice
10. Harry Potter e a Pedra Filosofal

Segundo esta matéria do Estadão, uma pesquisa realizada em 2009 mostrou que o brasileiro lê, em média, 1,3 livros por ano. E você, quantos livros leu em 2010?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Projetos



Após ler mais dois livros (O Diabo Veste Prada e Jornalista Freelance) e receber minha carteira de trabalho com o registro de Jornalista Profissional :), vieram maior inspiração e vontade de:


Trabalhar em alguma revista, site, rádio, TV ou produtora, mesmo que seja como jornalista freelance (mas será que existe isso em Fortaleza?);


Comprar mais livros de comunicação com o Potô;



Voltar para o inglês;



Fazer pós graduação;



Escrever um livro.



Não necessariamente nessa ordem.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Marley e eu


Fui semana passada assistir Marley e eu com o namoradim. Amei! O filme é todo lindo e super engraçado. Ainda mais para quem tem bichichos de estimação como eu, que amo minha gatinha Frida. Me surpreendi com o ator principal, que eu só tinha visto em comédias como Um é bom, três é demais. Marley é muito engraçado, mas também é emocionante e substancioso na história. Já estava a fim de ler o livro, depois do filme a vontade aumentou (e eu não costumo ver o filme primeiro). Tô com muita vontade de comprá-lo, mas quando tiver mais barato, porque best-seller-filme costuma ser uma facada nas grandes livrarias. De vez em quando tem ele baratinho na Avon, vou ficar atenta.

Recomendo o filme, mas atenção: há muito tempo não via tanta gente saindo chorando da sala. Acho que a última foi em Titanic (sim, eu vi no cinema).