segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Assaltada!

Pois é, eu era virgem quando se diz respeito a essa experiência tão comum nos dias de hoje. Nunca tinha sido abordada diretamente e sofrido tal violência. O máximo que aconteceu foi ter a mochila aberta sem perceber no meio de muita gente e muito tempo depois sentir falta de algo. Mas a figura chegar gritando para tomar as coisas mesmo, como ontem, nunca tinha acontecido.
E eu, distraída e preocupada com mil problemas, tinha coisas demais na bolsa, distraída demais, num lugar deserto demais e sozinha. Tudo isso na Leste Oeste, avenida clássica aqui em Fortaleza e para piorar, em pleno carnaval. Ou seja, vacilei.
E como em quase todo testemunho de assalto, o cara saiu sei lá de onde "pedindo" a bolsa, pegou o que queria sem me machucar (não havia arma, tenho certeza), saiu com o companheiro na bicicleta e eu fiquei lá sem ação. Quer dizer, alguns segundos depois me toquei do que havia acontecido e tudo que consegui fazer foi gritar "joga só a agenda!". Mas o cara nem fez isso, saiu na moral montado de ladinho no quadro da bike do amiguenho dele.
Mais tarde recebi um telefonema de alguém que havia encontrado parte das minhas coisas e meu pai foi lá pegar. E recuperei todos os cartões já bloqueados, a (bendita) agenda, carteira de estudante (ufa!), carteira de identidade (ufa!), uma blusa suja (os caras levaram uma calcinha suja!) e alguns cartões de visita. E adeus celular, pen drive, MP4, parte da minha dignidade e sossego, bom humor, bolsa com maquiagens e esmaltes e um pouco mais de um terço da pouca grana que eu tinha.
Mas preferi não reagir porque acho que não vale a pena me arriscar por objetos materiais. E também porque eu estava boquiaberta demais pra fazer qualquer coisa. Mas de ontem pra hoje sonhei que quando os caras me deram as costas eu fui por trás, derrubei os dois da bicicleta, peguei minha bolsa e ainda roubei a bike deles. rs! Em meus sonhos, eu sou mó barra pesada!

Um comentário:

Welton Nogueira disse...

Bem vinda ao mundo real, meu bem.