sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ô saco...


Hoje estou com uma aura pesada. Muito mau humor, um ânimo sonolento que não combina com esse dia ventilado e cheio de sol em Fortaleza. Se estivesse chovendo, como estava nos últimos dias, eu provavelmente colocaria a culpa no clima, que quando chuvoso pede o kit cama-abraço-lençol-travesseiro-televisão-ventilador-playstation. Tudo muito preguiçoso e quentinho.

No mais, olho em volta e faço cara de nojo para um monte de obrigações da Faculdade que estão me incomodando. Acho que muito também por não ter conseguido finalizar tudo. Hoje estive na biblioteca me armando de títulos para um artigo científico e meu querido e imaginário projeto de monografia. Durante o "passeio" sentimentos de tristeza, saudade e abuso me acometeram.

Tristeza porque estou (teoricamente) terminando a faculdade este ano, e provavelmente vou perder o acesso a uma das poucas coisas boas que a FIC (faculdade do grupo Estácio, aqui no Ceará) oferece: a biblioteca. Com o monte de coisas que tenho para fazer, seria maravilhoso ter uns três dias pelo menos, com a tarde livre para só estudar lá. Eu ia ler com mais calma, anotar as coisas, aproveitar o silêncio e o conforto... Enfim, seria muito produtivo.

Saudade do tempo que eu tinha essa tarde livre porque não tinha outra atividade e podia passar um bom tempo na Faculdade, lendo jornais, revistas e estudando. Como estou estagiando e também já trabalhei (por razões financeiras mesmo), não sei o que é uma tarde livre desde o segundo semestre.

Abuso porque hoje em dia o tempo anda espremido (por isso também o blog anda desatualizado, me desculpem). Quando estou de manhã na Facul, assisto aula e às vezes vou à biblioteca e pego cópias dos textos que preciso ler. Só que não dá muito tempo de estudar mesmo, sabe? À tarde estou no estágio e quando chego à noite em casa, simplesmente não rola estudar. Estou tão cansada física e mentalmente que o máximo que consigo é me alienar com novelas plásticas e enlatados americanos, talvez alugar um filme, e depois... dormir. Às vezes também rola sair com o namoradim ou ir dormir na casa dele. Mas estudar mesmo, quase sempre não rola.

Isso sem falar que no fim de semana tem curso de inglês e às vezes coisas do movimento feminista. Na verdade, do movimento tem quase todo dia, eu é que não consigo acompanhar (e como isso me frustra!).

Também acho que estou na TPM. Aí vem um mau humor in-su-por-tá-vel, e uma preguiça do cão. Vontade de brigar com alguém e de passar na cara do povo machista um monte de coisas que me deixam nervosa nesse sistema imundo e patriarcal (e penso muito nessas coisas durante a TPM).

Enfim, acho que preciso de um cochilo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Celina está melhor!

Passando para contar que estou muito feliz! Minha gatinha Celina está reagindo muito bem e rapidamente ao tratamento. Mal começamos a dar os remédios e ela já está comendo muito (na verdade até demais) e o cocô dela tá começando a endurecer. Já está começando até a criar aquela barriguinha fofa que tinha sumido completamente! Lá em casa estamos todas muito felizes com a melhora dela.

P.S.: No post anterior coloquei que o nome dela era "Selina" com "s", mas na verdade é com "C". A homenagem ainda é à Selina Kyle, mas a grafia é diferenciada.

P.S2: Estou feliz!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Nova gatinha!


Então, em ocasião da morte da minha gatinha Frida (parte 1 e 2) eu prometi novidades mais felizes nos posts seguintes. Isso era porque devido a forte tristeza, minha mãe, irmã e eu decidimos readotar uma das filhinhas dela, que tínhamos dado a outra pessoa. Queríamos ter de volta pelo menos um pedacinho da Frida, não que a gatinha sirva de substituta. Então eu esperava escrever a respeito disso, de ter um novo bichinho em casa.

Não escrevi mais a respeito, porque sinceramente Selina voltou bastante doente de seu antigo lar. E por estarmos ainda muito abaladas com a perda da Frida, eu não tive como escrever a respeito da filhinha dela, pois eu estava preocupada e sinceramente, pouco confiante de que ela sobreviveria.

Essa filhotinha foi uma das mais difíeis de conseguir casa, por causa da cor dela: preta. Eu sei, é nojento que haja racismo até com animais, sem falar na lenda ridícula de que gato preto dá azar. Quanto ao nome dela, eu e minha irmã escolhemos Selina por causa da Mulher-Gato. Tá, eu sei que não é uma das mulheres mais importantes da história, mas...

...voltando ao assunto
Depois de dar vermífugo, antibióticos e hidratá-la com soro caseiro, ela apresentou um pouco de melhora. A diarréia tinha diminuído e ela estava comendo bem. Só que depois de um tempo a diarréia voltou ainda com mais intensidade, apesar de ela ainda estar comendo.

Então a levamos para fazer um hemograma na Universidade Estadual do Ceará, que custa 18 reais. Ontem fui receber o resultado, que acusou infecção, e levei a gatinha para uma consulta. Os veterinários e estudantes desconfiaram que é um bichinho nojento chamado geárdia.

Estamos comprando os remédios e começando o tratamento, e eu agora tenho muito mais esperanças que a gatinha fique bem e engorde de novo. A gente já se apegou muito a ela, porque apesar de não estar tão bonita por causa da doença (magra e desidratada), é uma coisinha muito fofa e carinhosa com a gente.

E falando nisso, várias pessoas meio que se impressionaram porque a gente cria uma gatinha doente e ainda por cima preta. Sinceramente, não compreendo pessoas que tenham coragem de abandonar seus bichinhos doentes e os deixam morrer agonizando. Também tem aquele tipo que acha que só bicho de raça merece ir ao veterinário.

Sobre a questão da cor da gata, acho que nem preciso comentar, né? Tosco.

E desculpem que não haja fotos dela ainda, mas é porque estamos sem câmera. Mas espero ter várias (fotos) em breve.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Trocadilho


Meu namorado tem o cabelo bem cacheadinho, e eu sempre fico triste quando ele raspa. Agora tá bem, bem grandão e até meio black power porque ele quer fazer trancinhas afro e tá há vários meses deixando rolar. Aí, hoje a gente conversando, saca só o que saiu:



- Filho, teu cabelo tá muito lindo! Adoro os cachinhos! Só acho que tá meio com frizz...

- Então a solução é dar calôs pra ele, né?



Só quer ser o Mussum...


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vicky Cristina Barcelona


No fim de semana eu e o namoradim assistimos a um filme que há muito esperávamos que parasse na locadora. Vicky Cristina Barcelona, último filme de Woody Allen é muito bom e cabe perfeitamente às coisas que escrevi no último post, sobre conflitos existenciais e ideologiaXprática.


Vicky e Cristina são grandes amigas e partem numa viagem para Barcelona. As duas são completamente opostas: Vicky é centrada, insegura, está noiva e a viagem é para fazer sua tese de mestrado em cultura catalã. Já Cristina, busca algo relacionado ao amor que não se enquadra nos moldes habituais, mas nem por isso ela sabe explicar o que quer. No filme ela diz: Sei perfeitamente o que NÃO quero. Cristina é aventureira e Vicky busca segurança.


Em Barcelona as duas conhecem um artista plástico que as convida para viajar com ele em seu próprio avião, passear, tomar vinho e depois... fazer amor. Os três juntos. E a partir daí eu não conto mais para não perder a graça. Não sei vocês, mas eu detesto saber o final do filme antes da hora.


Assimilei o filme ao último post porque a narrativa toda remete ao interior das personagens, mais ou menos como em Amélie Poulain. O narrador fala dos sentimentos de uma forma simples e sem rodeios, por mais que eles sejam conflituosos e atormentem as personagens. O tipo de história que faz a gente acreditarque as coisas na verdade são mais simples do que parecem, a gente é quem complica.


No mais, o filme tem arte, tem cor, música... adorei. É o terceiro filme do Allen que assisto, e assim como os outros gostei muito. O interessante é que eu estava sempre me confundindo se Vicky... era do Almodóvar, acho que pela presença da incrível Penélope Cruz. E ela nem é uma das personagens principais, apesar de seu nome constar junto ao da Scarlett Johansson (Cristina) na capa. Marketing total.



Ganhou um milhão de estrelinhas. Assistam!


Mas só se quiserem.