quinta-feira, 25 de março de 2010

Tornar-se vegetariana: fase 1 ainda não superada



O programa Troca de Família da Rede Record (que acho que agora é um quadro integrante do programa da Ana Hickman) mostrou no último domingo uma vegetariana militante dos direitos dos animais trocando de lugar com uma esposa de peão de rodeio. O programa estava interessantíssimo, pois mostra como é cruel a cultura dos rodeios e como as pessoas envolvidas parecem realmente não acreditar que os animais sofram naquele espetáculo ridículo. Também deixou clara a quantidade de dinheiro envolvido, já que o peão dono da casa (que muitas vezes se mostra nojento, por sinal) é riquíssimo devido aos prêmios que já ganhou com a prática. E também é mostrado o preconceito que sofre uma vegetariana. As pessoas simplesmente parecem que não conseguem parar de atacar quem resolve ter uma opção diferente de vida, chegando ao cúmulo de tentar convencer a mulher de que a manga que ela comia sofria tanto quanto um boi sendo abatido. Que a "água" que sai dos vegetais quando os cortamos são equivalente ao sangue e às lágrimas . Quer dizer, muita piedade às lágrimas das mangas, mas um boi com um negócio preso nos testículos não dói. Ô lógica. O peão também disse que o fato de as pessoas do movimento pelos animais promoverem castração é crueldade. Pois é, mas a diferença é que os cães e gatos são castrados com anestesia e para que não se reproduzam sem controle, evitando novos animais abandonados. Já os bois são castrados sem anestesia e só para que engordem e sejam abatidos depois. Francamente, parece que nem mesmo as próprias pessoas que diziam essas besteiras estavam acreditando. Parecia só birra e idiotice.

E então, o programa me serviu como um puxão de orelha para me lembrar de escrever sobre algo desparecido por aqui: minha saga para me tornar vegetariana.

Atualizando: Diminuí drasticamente o consumo de carne vermelha da minha dieta, mas ainda estou longe de me tornar vegetariana. A idéia é primeiro salvar vaquinhas para depois ir cortando gradativamente frango e peixe. Mas alguns eventos me fazem cair em tentação, como por exemplo churrasco em família. E o pior é que eu acabo comendo mesmo para evitar explicações porque seria uó dizer para o meu pai que eu não quero comer carne com dó dos bichinhos. Tipo assim, estressante. Claro que um dia ele vai ter engolir (entendeu?), assim como outras pessoas que convivam comigo e de repente se incomodem com minha opção, mas ainda não estou totalmente fortalecida para tais entraves. Por enquanto, vou evitando sempre que dá.

Em minhas refeições tem sido muito comum o consumo de ovos. Além de eu gostar muito, são nutritivos e práticos, mas pego leve senão o colesterol vai para o espaço. Mas acho que tenho comido ao menos umas três vezes por semana e espero que isso não seja demais. Também como muuuito feijão para botar ferro e proteína para dentro. No feijão da sogrinha de vez em quando tem toicinho (bacon) e aí eu tiro os pedaços. Da mesma forma se for rolar uma pizza mista, eu tiro o presunto e por aí vai. Mas a intenção é um dia nem tocar na comida caso tenha algum cadáver na receita.

Um prato que eu sempre adorei foi fígado de boi com cebola e pimentão. É quase impossível de resistir. De vez em quando eu me permito comer um pouco, com um suquinho de acerola ou laranja, que é para adquirir ferro. Como não tive nenhuma consulta com nutricionista, tenho medo de prejudicar a saúde, por isso de vez em quando abro essas exceções. Mas francamente, não me senti fraca nem percebi nada de errado desde que tomei essa decisão há alguns meses. Na verdade, minha dieta até ficou mais leve e saudável, com um pouco menos de gordura e com mais cereais, frutas e verduras. Quando carne é a única opção de “mistura” na refeição, eu compenso com caldinho de feijão, arroz e coloco umas verduras . Assim, acabo comendo até mais e nem fico com fome depois. Massa também é minha vida, até porque com o balé é capaz de eu perder peso demais e desaparecer. Daí tem que repor os carboidratos.

Agora, se tem uma coisa que sumiu totalmente do prato foi a proteína de soja. Engraçado, né? No início Potô e eu fizemos vários testes e até preparamos uma macarronada deliciosa, além de sanduíches. Não sei porque nunca mais tentamos, acho que por preguiça mesmo. E é porque é uma comida bem prática de se preparar. Só que já algum tempo não tiramos para fazer uma receitinha especial, deve ser por isso. Acho que vou sugerir algo com soja na próxima. Tipo uma torta, pizza ou algo assim. Ah, e eu queria muito aprender a fazer farofa de cenoura. É muito gostoso!

Se alguém aí for vegetariano ou está se tornando, compartilha aí nos comentários um pouquinho da experiência. Receitas e dicas também são bem vindas!

E aqui um post interessante sobre vegetarianismo que eu encontrei.

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