quarta-feira, 1 de abril de 2009

Como minha Frida morreu - parte 1

A respeito do último post, preciso contar que o fim de semana foi péssimo por causa de uma coisa terrível que aconteceu. A minha gatinha linda e muito amada, a Frida, morreu no domingo.


No fim de semana anterior, havíamos dado os dois filhotinhos dela já que eles praticamente já estavam desmamados e comendo ração. Ela os teve há três meses, portanto já não tinha problema separá-los.

Ela ficou meio tristinha, e acho que isso pode ter contribuído pra que ela ficasse doente. No meio da semana, minha mãe desconfiou que ela havia entrado no cio, já que estava miando e se empinando pela casa (ela ficava tão engraçada no cio). Então minha irmã a levou num pet shop que acabou de abrir perto da minha casa e lá disseram que ela podia tomar um determinado anti concepcional já que o "fenômeno" havia começado há pouco.


Foi dada a tal injeção, e dois dias depois a Frida parou de comer. No sábado pela manhã, já preocupadas, eu, minha mãe e minha irmã estávamos procurando um veterinário para levá-la. De repente ela deu uma convulsão na nossa frente! Ficamos desesperadas (aliás, minha mãe é a última pessoa que quero perto de mim numa emergência já que ela consegue potencializar qualquer estresse) tanto pelo sofrimento dela, quanto por achar que ela morreria ali mesmo.



A convulsão demorou alguns segundos e depois passou. Ela estava muito mole, tadinha. Também miava um pouco, parecia que estava com dor. A levamos na clínica de uma amiga do meu namorado e ela deu vários remedinhos e soro na veia, já que ela estava sem comer. Depois ela deu Gardenal para controlar as convulsões. Inclusive, eu fiquei impressionada em saber que bichinhos podem tomar vários remédios de gente. Claro que o veterinário é quem receita, tudo em doses menores e muitas vezes sendo a versão pediátrica do medicamento.


Só que aí ela teve mais convulsões e foi necessário aumentar a dose do Gardenal. A gata ficou muito mais mole, tadinha, mas o problema dos ataques parecia ter cessado. A levamos para casa com muito remedinhos para dar e com a esperança de que o apetite dela voltasse. A veterinária achou que ela podia ter epilepsia, e que isso era genético e talvez ela precisasse tomar Gardenal para o resto da vida.

Outra possibilidade seria a Frida ter levado uma queda e batido a cabeça, daí as convulsões. E por último, dela ter sido envenenada. Essa eu duvidava, já que ela nunca saía de casa. Mesmo quando acabou saindo foi muito rápido e já estava meio doente. Ainda assim, a veterinária passou antídoto e antitoxico.

Sobre o anticoncepcional, a veterinária disse que a marca que aplicamos (esqueci o nome mas depois procuro) não poderia ter sido dada durante o cio apesar de ser de uma marca muito boa. Só que ela duvidava que o problema tivesse sido em relação à injeção, pois anticoncepcionais poderiam dar problemas a longo prazo, e não assim, tão rapidamente. A pele da Frida, sob o pêlo, estava azulada. A veterinária achou que podia ser da injeção do anticoncepcional e que com os dias ia passar. Também podia ser anemia e queda das plaquetas no sangue.

Depois que levamos Frida para casa, no sábado à tarde, ela continuou sem comer. Estava muito mole e ficava pior depois que eu dava o Gardenal, que evitava que ela tivesse novas convulsões. Conversei a manhã de domingo toda com a Mecila (a veterinária), que me dava instruções do que fazer. Quando a Frida vomitou, ela ligou para um hospital veterinário perto da minha casa e disse que eu iria pra lá. Já adiantou para a doutora de lá qual seria o medicamento e quanto eu pagaria (a gente tinha pouca grana, e estava em desespero).



No hospital, a doutora Miriam achou que ela tinha infecção no útero por causa do parto, e com a injeção de anticoncepcional dada, havia desencandeado a doença. Apesar de tudo estar muito ruim, eu tinha esperança de que ela se salvasse e a gente fosse levar para fazer exames, ou até cirurgia para a retirada do útero. Só que algumas horas depois, tomando remédio aquecido (a temperatura dela estava baixando muito), ela não resistiu e morreu.

Foi um dos piores momentos da minha vida. Eu já estava chorando muito desde o sábado, mas ali a dor era tanta que tudo aumentou. Eu não acreditava que tudo podia ter acontecido tão depressa, que a minha gatinha, tão linda, carinhosa e saudável havia acabado de morrer. Foi realmente muito triste.

2 comentários:

Alessandra Guerra disse...

Sinto muito sher...
perdas nunca são fáceis, por mais que tentamos espiritualiza-las.
mas é o ciclo da vida, né?

grande beijo.
a gente se vê no fds

Sheryda Lopes disse...

Pois é. Ainda mais quando são repentinas.

Brigada pelo comentário!
Bjão!