Potô com lábios vinho canela, da Avon. Culpa minha!Entre as muitas coisas que deixei de fazer nas últimas duas semanas porque estava dodói, tinha uma definitivamente especial: aniversário de 3 anos de namoro. O 23 de janeiro caiu este ano num sábado, e nesse dia eu e ele estavamos ocupados. Ele tinha uma reunião e eu fui conferir o
Pena Classic Surf aqui para o blog. Já no domingo, não podíamos sair de casa, então a comemoração ficaria para a semana. Só que
fiquei doente e o resto vocês meio que já sabem.
A nossa intenção este ano era comemorar num jantar especial, mais refinado e romântico, mas ainda não tivemos chance. Então fomos ao menos passear no shopping e pegar um cineminha. Afinal, nos últimos tempos só saímos para o hospital.
O filme que vimos foi incrível: Cisne Negro, com a Natalie

Portman (
V de Vingança). Muito, muito bom. Além de juntar coisas que eu adoro [balé, música, Twaicovsky (desculpe se a escrita estiver errada) e Natalie Portman] e que tornam praticamente qualquer filme incrível para mim, ainda teve um toque de drama e desespero que eu jamais esperava. Falando sério, nunca mais vou assistir O Lago dos Cisnes do mesmo jeito.
Durante o drama que a bailarina vive por não conseguir libertar o Cisne Negro que tem dentro de si, o filme tinha toda a emoção que o balé traz. Como se isso não bastasse, ainda vinham milhares de referências sinistras na minha cabeça:
Carrie, a estranha;
O iluminado; Espelhos do medo, O mago de Orós (por causa dos carcarás)... Enquanto eu curtia o drama confuso, Potô se encolhia ao meu lado e reclamava: "Você disse que era um musical, e isso é terror!"
Acho que muito do sinistro vem por dar características cruéis a algo aparentemente delicado e leve como o balé. Lembra da gangue de
A laranja mecânica tomando leite batizado? Tipo isso. Elementos como assédio sexual, distúrbios de comportamento e a aparência esquelética e doentia da Natalie meio que trazem o que há de podre na busca neurótica pela perfeição. A forma como foi filmado também é interessante. Há muita câmera de mão, seguindo a personagem de perto e em ângulos fechados, como em
Aos treze. Aumentava a sensação de paranóia. Adorei toda a tensão do filme, sem falar que as coreografias, a música, o figurino e maquiagem me deram muita vontade de pôr minhas sapatilhas de ponta e voltar a dançar. Mas sem paranóia, faz favor.
E depois do filme, passeio pelo shopping. Com direito a Potô mandando um
Cantando na Chuva e visitas a lojas de eletrodomésticos (amigos, vão juntando dinheiro para o chá de panela). É que esse povo aqui
não quer ficar só nos três anos não.


